25: Relíquias da Morte¹

1.7K 84 138
                                    

─ Mas por que eu não posso ir? ─ Ginny disse com raiva para o pai.

─ Pela última vez, Ginny, porque você é menor de idade! ─ respondeu Arthur Weasley, falando baixo o suficiente para que nenhum dos quatorze bruxos e bruxas dentro da casa pudesse ouvi-los.

─ Eu estou quase na maioridade, e Ron e Hermione… 

─ Você sabe tão bem quanto eu que não temos chance de manter Ron e Hermione longe disso ─ Arthur disse brevemente. ─ Se eu tivesse escolha, eles não iriam, nem Fleur.

─ Ou Mundungo ─ Ginny disse secamente.

─ Isso não é muito legal, Ginny ─ seu pai avisou. ─ Mundungo tem seus defeitos, é claro, mas Olho-Tonto o atesta bem o suficiente, e Dumbledore confiava nele ...

─ E nós vimos o quão longe isso o levou com Snape, não vimos?

Arthur olhou para ela.

─ Isso é o suficiente de você, mocinha. Você vai ficar aqui com sua mãe e ponto final.

Enquanto ele falava, o resto da Ordem da Fênix e seus diversos aliados começaram a emergir de dentro da Toca, indo para suas vassouras e testrálios e (em um caso muito grande) motocicletas encantadas. Olho-Tonto estava latindo instruções de última hora e Bill e o Professor Lupin estavam lançando Feitiços de Desilusão. Hermione e Ron foram os dois últimos a sair da Toca e olharam para ela com simpatia ao passarem.

─ Se você está tão desesperada para arriscar sua vida, não se preocupe ─ acrescentou seu pai enquanto se afastava para se juntar ao grupo de acompanhantes. ─ Tenho certeza de que todos teremos nossas chances para isso em breve.


Era horrível e difícil de olhar, mas Ginny se forçou a ser forte, tanto por sua mãe quanto por George. O sangramento havia parado, de qualquer maneira, e ela tinha certeza que com o tempo todos eles se acostumariam a vê-lo com apenas uma orelha ...

─ Como ele está?

Ginny olhou para trás para ver Harry entrando na sala de estar vindo da cozinha. 

─ Eu não posso fazer crescer de novo ─ sua mãe disse a ele, sua voz ecoando com firmeza forçada, ─ não quando foi removido por magia negra. Mas poderia ter sido muito pior ... Ele está vivo.

─ Sim ─ disse Harry, embora soasse para Ginny como se não estivesse convencido de que toda essa missão poderia ter sido pior do que antes. ─ Graças a Deus.

─ Eu ouvi alguém no quintal? ─ Ginny perguntou, virando-se para encará-lo.

─ Hermione e Kingsley ─ disse ele.

Ela exalou um pouco.

─ Graças a Deus ─ ela sussurrou. Seus olhos se encontraram, permaneceram um no outro, e Ginny teve que lutar contra a vontade repentina de abraçá-lo, para firmar os dois, para se segurar. De repente, ela não se importou nem um pouco se sua mãe ou qualquer outra pessoa na casa soubesse o que eles tinham sido um para o outro nas últimas semanas em Hogwarts.

O momento foi quebrado, porém, por um grande estrondo da cozinha, e seu pai berrando:

─ Vou provar quem eu sou, Kingsley, depois de ver meu filho, agora saia da minha frente se você sabe o que é bom para você! 

Seu pai correu para a sala, suando e com os óculos tortos, Fred logo atrás dele.

─ Arthur! ─ soluçou sua mãe, liberando toda a sua tensão reprimida e abraçando-o. ─ Oh, graças a Merlin!

𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora