Era a manhã dos testes de quadribol da Grifinória, duas semanas desde o início das aulas, e nesse curto espaço de tempo Ginny percebeu que eles não estavam apenas inventando: o quinto ano foi significativamente mais difícil do que o quarto ano tinha sido. Se ela ouvisse a palavra NOMs mais uma vez ... Ela passava muito do seu tempo quando não estava na aula estudando, e todo o tempo livre que tinha desde então ela se dedicou a passar com Dean, tentando o máximo que podia para fazer o relacionamento dar certo . Ela estivera tão ocupada que mal conseguira pensar duas vezes na Amortentia, e conseguiu adiar a volta ao banheiro do segundo andar sem se sentir muito mal com isso. Ela ficou emocionada porque os testes finalmente chegaram, para dizer o mínimo. Ela não encontrou nada mais calmante ou relaxante do que subir em uma vassoura, dar o pontapé inicial,
Era seguro dizer que Demelza não concordava exatamente com ela. Ginny desceu para a sala comunal na manhã dos testes para encontrar a garota mais jovem pálida e olhando para a lareira vazia, segurando sua vassoura. Ginny e Dean conseguiram arrastá-la para o café da manhã, onde se sentaram com Seamus, todos os quatro indo para o campo para os testes, Demelza se recusando a comer qualquer coisa.
─ Isso é um erro ─ ela repetia. ─ Isso é um erro. Eu não deveria estar fazendo isso.
─ Bobagem, ─ disse Ginny. ─ Você é uma excelente voadora. Agora coma um pouco de mingau. ─ Ginny colocou uma tigela de mingau na frente de sua amiga, junto com os outros seis ou sete itens de comida que ela havia depositado lá. Demelza fez pouco além de mordiscar uma ponta de torrada seca.
Demelza balançou a cabeça.
─ Não ... não, acho que não, Ginny. Vou voltar para os dormitórios.
─ Não seja boba… ─ Dean começou, olhando interrogativamente para Ginny.
─ Demelza, ─ Ginny murmurou ajudando-o. Seu namorado não era muito bom com nomes.
─ … Demelza! ─ Dean continuou. ─ É melhor ir lá. Você vai se arrepender se nem tentar.
─ Ouça, ouça ─ interrompeu Seamus, colocando mais bacon em seu prato.
─ Com certeza, ─ concordou Ginny, comendo sua terceira porção de ovos. ─ Qual é o pior que poderia acontecer?
─ Gin, onde você coloca tudo isso? ─ Dean ficou maravilhado com sua namorada enquanto ela comia um café da manhã tipicamente saudável.
─ Eu sou uma Weasley, Dean ─ ela explicou. ─ Temos um compartimento secreto extra para isso.
─ O pior que poderia acontecer … ─ Demelza repetiu. ─ Vamos ver ... eu não consegui entrar no time.
─ Claro, isso é um risco.
─ Eu poderia cair de cabeça da minha vassoura no campo.
─ Eu realmente duvido ...
─ Eu poderia perder o controle e voar direto para as arquibancadas ou para um professor. Eu poderia acidentalmente cortar as pernas de um grupo do primeiro ano. Eu poderia ser atingida no rosto por um balaço e acabar me escondendo atrás do meu suéter o ano todo como aquela menina Marietta Edgecombe, eu poderia ...
Aparentemente, ela havia pensado um pouco nisso.
Enquanto Demelza falava de todas as maneiras que esse dia poderia ser um desastre horrível, a atenção de Ginny vagou. Mastigando preguiçosamente um pedaço de torrada, seu olhar vagou vários metros abaixo da mesa, onde Harry, Ron e Hermione estavam conversando baixinho e conspiratoriamente, seu método usual de conversa. Ron e Harry haviam recebido pacotes por correio de coruja, e parecia ser suas novas cópias de Preparação Avançada de Poções.
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𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚
Teen FictionA história de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, mas contada do ponto de vista de Ginny Weasley. Tradução da história escrita originalmente em inglês no fanfiction da autora @/RRFang