Ginny bocejou. Ela estava certa; o dia nem havia começado e ela já estava exausta. O calor que irradiava da lareira da sala comunal enquanto ela se sentava no sofá esperando Dean aparecer também não estava ajudando.
Isso é o que eu ganho, ela se repreendeu de brincadeira, por ter um pesadelo e vagar pelos corredores em horas horríveis conversando com o diretor.
─ Ginny? ─ Assustada, ela olhou para cima. Dean estava sobre ela, carregando um casaco de inverno pesado. Seu corpo havia começado a ceder ao calor sedutor do fogo e ela nem mesmo o ouviu se aproximar. ─ Você está bem?
─ Tudo bem, ─ ela respondeu, piscando rapidamente e esfregando os olhos, tentando acordar completamente. ─ Apenas um pouco cansada.
─ O vento e a neve vão te acordar. Está uivando lá fora.
─ Oh. Devemos ficar aqui, então?
Dean sorriu.
─ Acho que não ─ disse ele. ─ Tenho um grande dia planejado para nós.
Ele abriu a porta do buraco do retrato, e então se virou para Ginny, sua mão estendida para ajudá-la a passar.
─ Obrigada ─ disse ela com um sorriso fixo, aceitando a ajuda oferecida.
Ela odiava quando ele fazia isso.
No Salão Principal, Dean conversou agradavelmente durante o café da manhã com Seamus, Neville, Lilá e Parvati, sem notar as pálpebras caídas de Ginny, nem seu queixo caindo perigosamente perto de seus ovos e aveia. Foi só depois de sua terceira xícara de café que ela começou a se sentir, mesmo remotamente, como ela mesma.
─ Divirtam-se, vocês dois! ─ Lilá disse enquanto ela, Seamus e Neville saíam para o saguão de entrada.
─ Tente o seu melhor, de qualquer maneira ─ Parvati murmurou baixinho para Ginny, olhando para a mesa antes de seguir os outros. Com a caneca de café levantada a meio caminho dos lábios, Ginny olhou para a mesa da Grifinória na direção do olhar de Parvati, mas os únicos que restaram foram Harry, Ron e Hermione, agrupados em seu grupo excludente de sempre. Em seu cérebro privado de sono, ela não conseguia nem começar a entender o que Parvati estava insinuando.
Ver Harry, no entanto, empurrou outra memória.
─ Pronta para ir? ─ perguntou Dean.
─ Um segundo, ─ Ginny respondeu. ─ Eu só tenho que dar algo a Harry.
─ Harry? Agora? ─ Mas ela já estava de pé e descendo a mesa em direção ao irmão e seus dois amigos.
─ Seríamos melhores amigos se eles não continuassem tentando me matar, ─ ela ouviu Harry dizer enquanto se aproximava. Ron riu e Hermione parecia divertida, apesar de si mesma; distraidamente, Ginny se perguntou se algum outro grupo de alunos brincou sobre quantas vezes eles se encontravam perto da morte do que esses três.
─ Ei, Harry, ─ ela disse quando ele percebeu que ela se aproximava, ─ eu devo te dar isso.
Ela entregou a ele o pergaminho que Dumbledore havia dado a ela.
─ Obrigado, Ginny ─ ele respondeu, desenrolando-o. Ginny sentiu apenas uma leve pontada de culpa por ter lido, mas ela rapidamente empurrou isso de lado. O diretor, ela lembrou a si mesma, praticamente insistiu que ela fizesse isso (embora sem realmente dizer isso), por razões desconhecidas ─ É a próxima lição de Dumbledore! ─ Disse Harry. ─ Segunda à noite! Quer se juntar a nós em Hogsmeade, Ginny?
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𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚
Teen FictionA história de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, mas contada do ponto de vista de Ginny Weasley. Tradução da história escrita originalmente em inglês no fanfiction da autora @/RRFang