─ Mas e se eu for para a Sonserina?
Ginny ergueu as sobrancelhas em leve surpresa com a seriedade com que seu filho sussurrou sua preocupação. James o vinha provocando por semanas, durante todo o verão, na verdade; ela nunca tinha tomado isso como algo mais do que uma brincadeira fraternal, algo que ela conhecia um pouco. Mas para Al expressar isso com tanta urgência, tão baixinho, pouco antes de entrar no trem, ela sabia que devia ser uma preocupação real para ele.
Ela também sabia que essa pergunta não era para ela, mas para Harry.
Ela se virou, certificando-se de que Hermione e Ron estavam fora do alcance da voz e fingindo não ouvir, acenou para Demelza e Natalie do outro lado da plataforma, ambas deixando seus próprios filhos no primeiro e segundo anos, respectivamente.
─ Albus Severus Potter ─ Harry disse atrás dela, agachado perto de seu filho, ─ você foi nomeado em homenagem a dois diretores de Hogwarts. Um era um sonserino e provavelmente o homem mais corajoso que eu já conheci.
─ Mas apenas diga-
─ - então a Casa Sonserina terá um excelente aluno, não é? ─ Harry disse gentilmente, mas com firmeza. ─ Não importa, Al. Mas se for importante para você, você poderá escolher a Grifinória em vez da Sonserina. O Chapéu Seletor leva sua escolha em consideração.
Ela ouviu o espanto na voz de Al quando ele respondeu.
─ Mesmo?
─ Sim, funcionou para mim ─ Harry o assegurou.
Ginny sorriu; ela sempre gostou dessa história. Apesar de todas as suas preocupações sobre destino e outras coisas, ela tomou isso como prova de que Harry sempre esteve no controle de sua vida.
Ele havia escolhido seu caminho. Ele escolheu ser um Grifinório.
Agora os trens estavam sendo carregados e as chamadas finais de embarque soavam. Ginny deu outro abraço rápido e um beijo em Albus e fez o mesmo com Rose; ambas as crianças se limparam como todas as boas crianças deveriam. Ela fechou a porta atrás de Al e enxugou um pouco de umidade do canto do olho; ela não tinha tendência a chorar nesses momentos, mas era uma coisa agridoce, mandar seu segundo filho agora para começar a crescer de verdade.
Rose e Albus rapidamente se juntaram à multidão de alunos pendurados nas janelas, muitos dos quais estavam com as cabeças voltadas para Harry. Harry mal percebeu; ele havia afiado seu esquecimento das reações dos outros em relação a ele até quase a perfeição neste ponto de sua vida.
Albus não.
─ Por que todos eles estão olhando? ─ ele exigiu irritado.
─ Não se preocupe ─ disse Ron. ─ Sou eu. Sou extremamente famoso.
O trem começou a se mover. Harry caminhou ao lado dele, longe do resto deles, seus olhos fixos no par idêntico de Albus Potter.
O Expresso de Hogwarts há muito havia desaparecido na curva da pista antes de Ginny caminhar em silêncio até o marido no final da plataforma, a mão dele ainda levantada em despedida, e colocar a mão em seu ombro.
─ Ele vai ficar bem ─ ela murmurou suavemente.
Harry se virou e sorriu para ela, sua mão acariciando distraidamente sua cicatriz em forma de raio enquanto a abaixava.
─ Eu sei que ele vai ─ disse ele. Ginny sorriu calorosamente para ele, e ela estava interiormente maravilhada pela enésima vez em como os olhos dele nos dela ainda podiam fazer seu estômago tremer. Nem sempre, não o tempo todo ... mas em alguns momentos.

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𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚
Teen FictionA história de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, mas contada do ponto de vista de Ginny Weasley. Tradução da história escrita originalmente em inglês no fanfiction da autora @/RRFang