02: Algo Floral

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O sol já estava alto no céu quando Ginny acordou na manhã seguinte. Parecia que todas as suas pisadas noturnas tinham consumido muito mais dela do que ela pensava. Ainda meio adormecida, ela escorregou para fora da cama em seus chinelos, fora do quarto de Percy e para o corredor. Ela percebeu que a porta do quarto de Fred e George do outro lado do corredor estava fechada. Por um momento, isso pareceu estranho, já que ela se lembrava meio grogue de tê-la deixado aberta na noite anterior, mas o pensamento escapou de sua cabeça antes que ela pudesse decidir se era importante e ela desceu as escadas para a cozinha.

A mãe de Ginny estava limpando a sujeira do café da manhã enquanto Ron, Hermione e Fleur estavam sentados ao redor da mesa. Hermione estava lendo o Profeta Diário enquanto Fleur e Ron conversavam; na verdade, Fleur estava falando e Ron estava contribuindo com um fluxo contínuo de observações iluminadas ao longo das linhas de, "Uh-huh" e "Não! Sério?" e "Certíssima!!"

─ Bom dia, ─ murmurou Ginny enquanto se sentava ao lado de Hermione.

Ron se afastou de Fleur.

─ Dia? ─ ele perguntou. ─ Você pode querer verificar o relógio, Gin.

─ Eu tentei, ─ ela bocejou. ─ Mas o único que temos continua dizendo que é 'Perigo Mortal' horas.

─ Bom dia, mocinha ─ disse a mãe severamente. ─ Suponho que você se cansou de ficar pisando de um lado pro outro no quarto dos gêmeos ontem à noite como uma criança?

─ Foi você? ─ gritou uma Fleur encantada. ─ Eu pensei que fosse o vampiro no sótão!

─ Um erro comum, ─ observou Ron.

Hermione e Ginny olharam feio para ele. Nenhum deles gostou muito dele ficar do lado de Fleur. Fleur não pareceu notar, enquanto ela continuava levianamente.

─ Era uma bagunça, ─ disse ela. ─ Eu mal conseguia ouvir Bill resmungando em meu ouvido, e ele estava deitado bem ao meu lado!

─ Contanto que você esteja confortável, ─ murmurou Ginny enquanto sua mãe colocava um prato de ovos na frente dela. ─ Obrigado, mãe. ─ Ginny começou a comer, mas como ela ainda estava meio adormecida, foi um processo lento. Hermione a observou com cautela enquanto ela duas vezes ameaçava cair de cara no prato.

─ Er... talvez um pouco de café também, Ginny? ─ perguntou Hermione. Ginny assentiu e bocejou novamente.

Da sala de estar, a lareira de repente ganhou vida com um rugido. A cabeça de todos viraram quando o som de alguém saindo do Flu foi imediatamente seguido pela voz do pai de Ginny e Ron.

─ Alguém em casa?

Arthur Weasley entrou na cozinha. Ele parecia, como sempre, bastante atormentado, mas isso não era incomum para os funcionários do Ministério da Magia nos dias de hoje, lidando como estavam com o ressurgimento "oficial" de Voldemort. A aparição de seu pai na Toca tão cedo injetou uma boa quantidade de tensão na sala, assim como qualquer coisa um pouco fora do comum hoje em dia.

─ O que está errado? ─ sua mãe perguntou rapidamente, e Ginny percebeu em sua voz que ela antecipou o pior.

─ Nada, nada, ─ Arthur Weasley assegurou a sua esposa. ─ Só aqui para um pouco de Negócios Oficiais do Ministério. ─ Com isso, ele riu. Ele se virou para Ginny, Ron e Hermione. ─ Mafalda Hopkirk, do Escritório do Uso Indevido da Magia, apareceu para me ver hoje cedo, ─ começou seu pai, tentando parecer sério. ─ Aparentemente, houve um caso de uso de magia por menores na Toca na noite passada. Algum de vocês três fez magia aqui ontem? Ou devo ir e perguntar ao suspeito de sempre lá em cima?

𝙂𝙞𝙣𝙣𝙮 𝙒𝙚𝙖𝙨𝙡𝙚𝙮 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙃𝙖𝙡𝙛-𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora