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*pov JJ*

Sinceramente, eu não me arrependo de porra nenhuma. Já fiz muita merda na vida, e mesmo assim, continuo posturado. Ter protegido a minha garota não vai ser o motivo do meu maior arrependimento.

Agora, se me avisassem que eu dormiria na cela com o Rafe Cameron de acompanhante... Puta merda. Eu não tinha nem saído de casa com a gata.

Meus pulsos quase gritaram de alívio quando a algema apertada foi retirada. A cela tem um tamanho normal, eu sou acostumado. Mas, com esse cara do meu lado, to me sentindo claustrofóbico.

– Vocês são liberados se algum responsável vier amanhã  – Shoupe avisou. To fodido. – Não quero ouvir nenhum barulho essa noite. Se tiver, esqueçam da saída.

Rafe Cameron balança a cabeça. Tinha que ser um fingido de merda.

– Não te prometo nada, Shoupe – resmunguei, me encostando na parede. – Ainda mais com um moleque desses do meu lado.

– Podem se matar ai dentro – o policial deu ombros. – Só não façam barulho.

Virou de costas, sem mais e nem menos.
Como eu odeio esse velho, e todos os policiais dessa ilha.

Também não posso esquecer do riquinho que está me encarando agora.

– Se perdeu na beleza dos meus olhos? – estou realmente curioso, ele não para de me encarar. Sustento o olhar, assistindo a irritação transparecida em seu rosto. De longe, tudo que eu mais me amarro em fazer, é provocar. Nem que seja com os olhos.

– O que a S/n viu em você? – perguntou, enojado.

– Sei lá, cara – dei ombros, me sentando. – O meu pau?

– Ela deveria ter me conhecido primeiro – murmurou. – Você tem sorte que eu era um completo babaca.

– Continua sendo – afirmo, sorrindo ladino. – Tá achando que me engana?

– Não preciso enganar ninguém, seu merda – explodiu. Agora eu estou oficialmente livre e com ainda mais razão para xingar ele.

– Então por que está aqui? – revidei. – Não precisava ter tirado a porra da arma da cintura – continuo, metralhando tudo que eu quero falar. – Eu estava lá. Já era o suficiente.

– Não quis pagar pra ver – respondeu na cara de pau. – Se você não confia em mim, eu não confio muito menos em você. Só queria ajudar ela.

– Não sei como você ainda tem coragem de falar isso – soco a parede com força. Constantemente, faço coisas sem pensar. – Ela não precisa da sua ajuda.

– Eu aconselhei ela à esclarecer as coisas com você naquele dia – jogou na minha cara. – Você que precisou da minha ajuda.

Fico em silêncio. Se não, vou acabar matando ele aqui dentro desse inferno. Não posso fazer isso. Tenho a S/n lá fora.

– Seja sincerão – Rafe continuou. Nessas horas que a chata da Emma deveria estar aqui para mandar ele calar a boca. – O que você acha que eu quero?

– Ménage? – respondo, espumando ódio. – Ficar no meio de nós dois, tanto faz. Eu não dúvido de nada vindo de você.

– Calma ai, filho da puta – O Cameron me repreende.

– Não xinga a minha mãe – Foda-se, me levantei. Estou indo para cima dele, furioso. Já entreguei para Deus.

Ele me barra, empurrando meu corpo para trás. O maluco é bem maior do que eu. Sou mais gostoso, mas levando a nossa força em consideração, gera um questionamento meio duvidoso. Seria uma boa briga.

a pogue brasileira || jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora