a pogue brasileira || jj maybank

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*pov s/n* (capítulo longo com hot!)

Um dia de treino de boxe com o JJ. Tinha coisa melhor do que desviar dos socos fracos que ele tentava me dar? Ou não dava, por pura pena.

– É um sufoco treinar com você – confessou, jogando as luvas de boxe na bolsa surrada que trouxemos. – Nunca mais.

– Não acredito que você treinou sério – deixo minha garrafa de água no chão, subindo novamente no ringue. – Aqueles socos fracos não foram os mesmos de todas as vezes que eu te vi brigar.

– Eu não te acertaria nem se eu quisesse, gata – resmungou, puxando meu corpo para sua frente. Minha respiração bate contra seu peito, e eu sinto o aroma de loção pós barba quando JJ abaixa a cabeça, para me encarar. – Tenho pena, você é rápida, e... mesmo com essas luvas cor de rosa que você usa, eu tenho medo de você.

– Não deveria – equilibro meu corpo na ponta do pé, na intenção de deixar um selinho estalado em sua boca. Mas, quando seus lábios macios se abrem e sua língua me invade, ele aperta a minha cintura com força.

E eu, faço forças para continuar em pé. A vontade de ir em frente me invade toda vez que ele agarra meu pescoço de levinho, enquanto fazia questão de grudar nossos corpos. Quero dar pela primeira vez na porra de um ringue.

Todos os meus pensamentos são desfeitos quando a falta de ar chega para ambos. Até nisso temos sincronia.

– Temos que ir – molho os lábios, enquanto JJ entende o recado e se abaixa para pegar a bolsa.

– Antes que a gente foda em pleno ringue – sussurra, exatamente o que eu pensei, com um sorriso malicioso nos lábios.

– Seus comentários são tão inapropriados – JJ gira o meu corpo para frente, e me guia até a porta de saída da academia, com as mãos em meu quadril. – Não acredito que a minha mãe acha que você é um príncipe.

– O tal príncipe vai te levar pra casa hoje – o loiro murmura, roçando os lábios no lóbulo da minha orelha, de provocação. – Na verdade, vamos pra minha. Sei que te prometi carona até a casa da Kie, mas você perdeu o horário, preferindo me descer de porrada.

Concordo com a cabeça, depois de pensar um pouco. JJ vem comentando que seu pai está fora de casa por um tempo indeterminado. Não sou louca de negar privacidade nessa altura do campeonato.

O loiro chega ao lado da caminhonete preta, e abre a porta para mim. Quando não estamos andando nesse carro do seu pai, estamos na kombi do John B.

Passo o cinto pelo meu corpo, esperando JJ se sentar no banco do motorista. Ele gira a chave e liga o carro, apertando as mãos no volante com força. Por que isso é tão atraente?

– To curtindo demais esses dias – Corta o silêncio, tirando o veículo da vaga. – Nunca fui tão feliz, mesmo levando porrada de uma brasileira marrenta – Seu comentário me provoca um riso gostoso. Amo quando ele me faz rir.

– Posso dizer o mesmo? – pergunto, com um sorriso ladino. – Você, os pogues, estão sendo praticamente uma família pra mim. Sempre vi filmes e séries de adolescentes curtindo a vida, mas nunca imaginei que iria sentir isso na pele.

– O segredo é fazer cada dia valer á pena – JJ apoia a mão em minha coxa.
Eu engulo um suspiro surpreso quando seus dedos sobem por toda extensão da minha pele lisa; não coberta pelo short de malha que eu visto para treinar.  – Não tem mistério nenhum pra saber curtir direito, gata.

Com certeza não.

*quebra de tempo.

Um longo banho era tudo que eu precisava. JJ disse que eu podia "relaxar", apenas prestando atenção nos choques do chuveiro. Quando termino, sem levar nenhum choque, desligo o registro e saio com uma toalha amarrada ao redor do meu corpo.