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*pov s/n* (capítulo longo!)

Acordo sozinha em uma cama imensa. Estou enrolada na coberta, ainda sentindo o final do álcool nas minhas veias.

– Porra, maior dor de cabeça – falo comigo mesma. Tenho essa mania quando estou bebada.

Vou até a beirada da cama e me assusto. Rafe Cameron está dormindo pesado no chão. Na verdade, estava.

Acabo caindo em cima dele, pelo susto. Não tenho controle do meu corpo nesse momento.

– Você tá maluca? – o maior reclama.

– Eu me assustei – disse, sem pensar. – Bebi muito, não lembro de nada – continuei, sem forças para sair do seu colo.

Estou no colo de Rafe Cameron. Trocando olhares com ele.

E a culpa é minha – ele se levanta, comigo no colo. Deixa meu corpo na cama com total facilidade e delicadeza. – Vimos um filme, enchemos a cara, você não quis dormir sozinha e eu acabei dormindo aqui – toda vez que Rafe fala, fecha os olhos rapidamente. Sei que está tentando lembrar do que aconteceu, por talvez ter bebido muito.

– Me conta mais – peço, deitando na cama. – Eu só consigo lembrar assim.

– Não aconteceu nada demais, eu controlei tudo. – ele me assegura o suficiente. – Max capotou no outro quarto e eu fiquei do seu lado até você dormir – o Cameron aponta para o chão. – Sim, nesse chão frio do caralho.

Eu o encaro, desconfiada.

– Tá bom, eu dormi na cama. Mas, relaxa, eu fiquei afastado de você. – Rafe confessa, sem graça. Como um homem desse tamanho consegue ficar sem graça? – Só aconteceu umas paradas e eu fui pro chão, sem problemas.

Tinha que ter isso.

Que paradas? – pergunto, e fico sem resposta. – Senta aqui e me conta, agora.

– Você só bebeu e falou muita coisa.

Os flashes rápidos aparecem. Rafe me cobria na cama, enquanto ria de alguma piada idiota minha.
Essa piada NÃO pode ser sobre o quão o corpo dele é bem estruturado. Ele parece uma geladeira, daquelas altas e chiques.

E agora eu tenho certeza que foi sobre o corpo dele.

– Eu já passei por isso inúmeras vezes – Rafe ri, se sentando na cama. – E pra te despreocupar, não aconteceu absolutamente nada. Como eu disse, consegui controlar tudo. Literalmente tudo.

Não posso pensar que esse "literalmente tudo" foi na segunda intenção. O foda é que eu já estou pensando.

– Então, obrigada por ser meu babá? – brinco, tentando esquecer meus próprios pensamentos.

– Era o mínimo – sorrindo, ele se levanta. – O máximo foi você ter me arrancado varias risadas.

– Não vou compartilhar meus truques – ironizo, o acompanhando. – Parece que a tempestade acabou – comentei, olhando a janela.

– Já acabou, mas ainda tá frio e bem cedo – ele afirma. – Avisei minha irmã que você está aqui. Se ela me ignorar, eu te levo mais tarde.

Ouvimos alguém abrir a porta. Na realidade, todos os meus amigos estavam ali, nos encarando.

– Por que caralhos você está em um quarto sozinho com ela? – John B é o primeiro à gritar.

Minha cabeça gira e eu me sento na cama. Isso não tá acontecendo.

a pogue brasileira || jj maybankOnde histórias criam vida. Descubra agora