seis

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Maria Luiza chegou em casa e ja foi logo adentrando no lugar nervosa, quando colocou os pés na sala de estar só viu Zuleica pegando cacos de vidro no chão. A casa estava completamente em silêncio!

— Quer ajuda, Zuzu? — perguntou a loira, era assim que ela chamava Zuleica carinhosamente.

A mulher negou e sorriu fraco para a menina.

— O que aconteceu? Pode me dizer... — Zuleica abriu a boca e Malu interrompeu a mesma, sabia que ela ia negar falar. — Fala a verdade pra mim, Zuzu.

A mulher encarou a loira e fez uma cara de triste, ela no fundo sabia que o assunto tinha a ver com ela.

— Seu pai queria te dá um colar da sua bisavó e uma viagem no meio do ano de presente. Sua mãe não concordou e falou que a viagem de férias ela que iria escolher. O resto você pode imaginar né? Seu pai só queria presentiar você. — Zuleica falou calmamente e Luiza prestou bastante atenção.

Toda vez que o assunto se tratava dela acabava em confusão, diferente de Marcelo ou Mariana, a irmã do meio, que a mãe fazia exatamente o que eles queriam.

A vontade de fugir com Bryan se deu no momento em que a mãe só brigava com Maria e nunca compreendia a filha mais nova.

— Que bom que você chegou, Malu! Sua mãe está arrasada no quarto. Marcelo está lá com ela. — falou a ruiva alisando a barriga.

— Meu pai está aí? — perguntou Malu olhando para Jade.

— Não, Ele deve ter ido para o hospital. — Jade disse sentando no sofá.

Maria pegou a bolsa que havia colocado no sofá e a chave do carro.

— Ótimo, vou ir falar com ele. — Virou e foi saindo para a porta.

— E a sua mãe? — perguntou a ruiva que estava no sofá.

— Tá' com o Marcelo. — saiu de casa e foi para o carro.

O caminho até o hospital foi super rápido, e assim que chegou ela foi direto para o último andar onde ficava a direção.

Havia poucas pessoas ali, com certeza era a área do hospital que menos pessoas trabalhavam.

A senhora Mirtes que trabalha lá a anos, conheceu Maria Luiza ainda pequenina e logo sorriu ao ver a menina sair do elevador.

— Heleninha, Você por aqui? — perguntou a mulher sorrindo.

— Vim ver meu pai, posso? — A loira disse apontando para a porta da sala onde o pai ficava.

— Claro que pode, ele tá meio bravo. — Mirtes falou alertando Malu.

— É, Eu sei! — Ela abriu a porta e passou o olhar até a cadeira na mesa onde o pai olhava para a janela de vidro virado de costas para a porta.

— Entra Maria Luiza... — Antonie falou virando a cadeira e sorriu para a loira que entrou e fechou a porta.

— Como sabia que era eu? — Ela deixou a bolsa num sofazinho que havia na sala e sentou numa cadeira de frente para o pai.

— Só você tem um cheiro de rosas com uma pitada de menta e canela. — A loira sorriu para o pai.

— Eu soube do que houve lá em casa. — sorriu fraco. — Você sabe que pra mim tanto faz ou não ganhar uma viagem de presente..

Ela nao fazia questão mesmo, sempre nas viagens em família sua mãe gastava um dinheirão em lojas de grifes e eles nem se divertiam como uma família de verdade.

— É o seu direito ganhar uma viagem, igual ao seu irmão. — disse Antonie lembrando que em outubro eles tinham ido para o México comemorar o aniversário do filho mais velho. — Sua mãe é meio dura com você, Malu ... Ela é assim desde que você ainda estava na barriga.

𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora