BRUNO MOSSA REZENDE
Me joguei na cama enquanto o Ricardo falava altas e mais coisas, atrás dele tinha a Mariana e depois vinha Ney.
Todo mundo querendo saber o por que da Malu ter saído do jantar, o que eu tinha a ver?
— Eu falei pra ela que tava gostando da Clara. — falo e eles me olharam todos de olhos arregalados. — Pronto! Tô feliz? Não. To me sentindo um lixo de tá por aí mentindo, mas na vez dela ninguém foi lá falar um monte pra ela.
— Foi diferente... — Mariana disse e eu interrompi .
— Não foi diferente! Doeu em mim e eu acho bom ela tá sofrendo agora. Agora ela vai ficar lembrando da gente, igual a mim. — conclui.
— Tô com ele. — Ney resmungou.
— Já falei o que acho sobre isso. — Luca disse.
— A Malu não colocou ninguém no seu lugar e veio passar na sua cara. — Mariana disse. — Eu até entendo o seu ponto, mas dizer que gosta de outra pessoa e envolver ela na história é errado! — saiu do quarto.
— Minha vez de falar? — Lucarelli perguntou.
Neguei e virei enfiando meu rosto no travesseiro, escutei passos e pensei que eles tinham ido embora quando virei Ricardo ainda estava lá, sentou na ponta da cama.
— Eu sei que foi errado... — falo e ele ficou escutando. — Mas a Clara sabe da Malu, então ela não tá sendo uma tampa buraco. E se ela quis continuar é porque ela quer.
— Ela sabe que você gosta de outra pessoa? — assenti. — Vai continuar? — neguei. — Vai dizer a verdade pra Malu?
— Não! — falo firme. — Se a Maria Luiza me querer, ela vai ter que entrar na história, e eu não vou pedir desculpas por nada.
— Ela vai achar que você ta com outra pessoa, e vai desistir. — O jogador disse afirmando.
— Você desmente por mim. — dei um sorriso e ele riu.
— Ah cara, não queria me envolver nisso. — Disse rindo. — Eu falo com ela.
Esperei ele sair do quarto, procurei o celular e fui no número da Clara, eu sei que é errado ficar envolvendo outras pessoas numa história complicada.
Não foi difícil de falar porque ela já sabia exatamente tudo sobre a Maria Luiza, nunca rolou nada a mais, até porque a gente só tinha saído uma vez.
Encerrei a ligação e apaguei o número, deixei no celular na cama e fui tomar banho, depois caminhei pro quarto da Giulia e deitei na poltrona que tinha lá, fiquei observando ela dormir quietinha.
**
Maria Luiza Leblancchuta, bate, desvia, bate,chuta e desvia...
Repetia tudo no minha cabeça enquanto treinava boxe,normalmente eu fazia isso nas segundas feiras, mas hoje já tava tudo errado mesmo, aproveita pra mudar.
Não tinha ninguém acordado em casa, acho que chegaram tarde do jantar. Só estava eu e o Fernando que era professor do que eu estava treinando.
— Ótimo Maria Luiza! — Ele disse sorrindo. — Agora eu tenho ir pra próxima aula. — continuou guardando as coisas dele.
— Tudo bem! Obrigada pela aula, e eu já fiz a transferência bancária no valor dela. — dei um sorriso e ele foi saindo.
Esperei ele sumir do meu campo de visão, fui até a casa e peguei a chave do carro junto com a bolsa.
Não tinha nada pra fazer mesmo, eu ia fazer o Bruno me escutar.
Desci do carro, e guardei a chave enquanto toquei a campainha. Não demorou muito e ele veio abrir vestido com o uniforme de viagem do Brasil.
— Não sabia que ia vir aqui. — falou me olhando.
— Não vai me convidar pra entrar? — Ele assentiu e deu espaço. — Senta aí. — sentei no sofá e fiquei esperando ele fazer o mesmo.
— Luli, ontem.. — interrompi ele, e comecei a falar.
— Ontem você foi um completo idiota, e se igualou a mim na nossa história! — falo e ele abaixou a cabeça. — Eu tava respeitando o seu tempo, eu estava disposta a esperar.
— Você que entendeu errado! — falou e levantou a cabeça. — Que bom, agora estamos igual dois idiotas.
— Você só piorou a nossa situação.. — falo, e ele me interrompe.
— Tem como piorar o que já está horrível? — perguntou.
— Tem! Agora você vai continuar me ignorando por ter te deixado, e eu não vou querer papo com voce por causa de ontem. — explico.
— E por que está aqui falando comigo? — rebateu, olhei pra ele frustrada.
— Pra entender a sua cabeça.. Péssima ideia. — resmungou.
— Ontem era a segunda vez que ia sair com ela.. — Disse baixo. — A gente nem teve nada, e ela sabia de você, eu só quis sair por cima e deixar você pra baixo.
— Conseguiu! — afirmo.
— O que acontece agora? — perguntou, olhando pra mim.
— Tempo, a gente espera um tempo e depois conversamos mais. — falo. — Você ainda tem que repensar sobre mim, e eu vou esperar isso.
— Você também tem que repensar sobre mim. — afirmou, concordei e peguei minha bolsa.
— É isso... A gente espera pra ver! — levanto e ele faz o mesmo. — Bom jogos fora de casa!
Ele caminhou comigo até a porta, e deu um sorriso fraco.
— Malu, desculpa! — disse baixo.
— Desculpa,Bruno! — Falei de volta. — Por tudo!
Acenei e fui pro meu carro dando partida de volta pra casa.
Esperar é uma arte do tempo.
Só restava isso, esperar os dias passarem até que ele ou eu estivéssemos prontos para debater tudo de novo. Eu tinha uma vida inteira pela frente, e por enquanto não existia nada melhor do que a nossa única opção.
**
oie
tudo bem?mais um aqui pra vocess
beijos
dani🤍
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉ
Fanfiction> onde o choro de um bebê deu a bruno a chance de amar outro alguém adaptação do livro baby da @solftlua todo mérito e créditos são reservados a ela :)