trinta

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BRUNO MOSSA REZENDE

- Por que você ta falando essas coisas? - Lucarelli disse tomando o celular da minha mão e finalizou a chamada.

- Porque ela tinha que ouvir. - respondo e coloco um travesseiro no rosto. - Ela é otaria!

- Não é porque a Maria Luiza terminou com você e foi te deixou na merda que você precisa afundar ela também. - Falou e eu acabei tirando o travesseiro do rosto.

- Você quer que eu faça o que? Fique aqui esperando ela de braços abertos? - pergunto e ele nega.

- Não é legal você falar pra pessoa que gosta que vai colocar outra pessoa no lugar dela. - disse baixo. - Quando ela voltar, vocês vão conversar e descobrir o que fez tudo da errado.

- Ela fez dá errado! - murmuro, levantei e fui pro closet procurando a mala que tinha feito hoje cedo. - Vamo, a gente tem que ganhar. - voltei falando, ele assentiu e levantou também.

Descemos e o Neymar estava chegando lá na garagem.

- Bom dia, gatinhos. - Falou empolgado.

- Malu me chamava assim.. - falei baixo e eles riram. - Vocês gostam da desgraça dos outros. Dirigi Ney. - joguei a chave pra ele e entrei no banco de passageiro.

- Como vocês fizeram para contar que estavam gostando das meninas? - Lucarelli perguntou todo pensativo.

- Pra você fazer com a Mariana? - pergunto e ele confirmou.

- Nem precisa, ta na cara de vocês dois que tá rolando sentimento. - Neymar disse rindo.

- Mas eu quero fazer. - Disse afirmando sério.

- A gente discute isso depois do jogo. - falo.

***
dia seguinte

Coloquei os fones no ouvido enquanto tirava o tênis, todo mundo tava estressado ou se lamentando.

Era nossa segunda derrota consecutiva, com certeza amanhã ou hoje ainda ia ser o assunto da mídia esportiva.

Não ia ficar aqui gritando e culpando os outros por isso, porque eu também tinha parcela de culpa. Eu estava desconcentrado e as vezes viajava durante o jogo, pra onde ?

Pra Malu, sempre a Malu.

Quando cheguei em casa pela manhã, minha mãe estavam tomando café, eles vinham pra cuidar da giugiu

- Chegou para você. - Falou e mostrou um buquê de rosas pretas com um bilhete.

Quem ia me enviar rosas pretas?

Peguei o bilhete que estava entre o buquê e sentei no sofá, abri o envelope e li.

"por favor, não cometa os mesmo erros que eu.Não consigo dormir quando você se perde no jogo.
ass
Maria Luiza Leblanc."

Coloquei o papel de volta no meio das rosas e subi as escadas, tomei banho e fui pro quarto da giu que estava olhando pro nada.

- Que foi, papai? - pego ela no colo e a mesma deitou a cabeça no meu ombro.

- Eu sei que não brinco igual ela, filha.. Você devia ajudar o papai, mas não você fica sentindo falta dela também, sua sapeca.. - Ela prestou atenção e começou a rir. - Vamo assistir ela na TV? - pergunto e ela ri. - Isso deve ser um sim.

Desci para a sala, liguei a TV e procurei o canal que tinha assinado só para ver o programa. Deitei no sofá com a giu que prestava atenção em tudo, até que apareceu a Malu falando e ela ficou toda eufórica.

- Calma aí, não dá pra pegar as pessoas da televisão não. - falo rindo e ela me olhou fechando a cara. - Não adianta fechar a cara.. - continuei e ela fechou os olhos como se fosse chorar. - Tô brigando com você não, dramática. - comecei a rir e ela ficou olhando.

Olhei pra televisão e a pequena nos meus braços fez o mesmo, ficamos lá assistindo, eu não ia pra um negócio desses ficar sobre pressão nunca.

- Malu.. Malu... - Falou o jurado se aproximando dela, a mesma riu. - O que você trouxe hoje?

- Hoje.... - Ela começou a falar, a giu olhou para a minha cara e bateu palma, sorri fraco e voltei o olhar pra TV. - com molho de morango.

- Se ele falar que tá ruim, a gente quebra ele na porrada. - falo pra giu que não entendeu obviamente.

- Está maravilhoso, Helena! Parabéns.

Pelo menos a vida dela tava dando certo, a minha tava tudo dando errado. Senti o celular vibrar e peguei, vendo o nome da Mariana.

- fala, chifrudinha... - falo ao atender.

- Fala, chorão... - Disse rindo.

- Fala logo, Mariana.. - giu pegou o celular da minha mão e começou a falar várias coisas que ninguém entendia nada.

- Sério giugiu? - Mariana perguntou e eu sorri. - Você tá cuidando do papai pra mim? - escutei a Malu falar.

A pequena soltou um grito e riu, peguei o celular e fiquei rindo.

- Viu, ela ja tá falando, Mariana. - Falei, tomara que o celular esteja com a Mariana.

- Te liguei porque a Malu queria falar.. - Disse, fiquei esperando ela dizer algo. - Bruno?

- hum... - Foi a única coisa que eu disse quando a voz da Malu saiu.

- Vou gravar a final amanhã, depois vou pro Brasil. Deixa a giu lá em casa depois de amanhã? - perguntou toda fofa, a voz dela era fofa.

- A gente vai sair.. - falo do nada, a linha então ficou em silêncio.

- Ah desculpa... Vou devolver pra Mariana. - Disse baixo, e eu fechei os olhos lembrando de uma conversa que tinha tido com o Lucarelli.

- Um dia vocês se encontrar, pelo amor, vocês tem amigos em comum e vao conversar querendo ou não. - Falou sério. - O quanto antes voltarem a se falar melhor vai ser.

- Bruno? Pra onde vocês vão? Eu posso esperar vocês voltarem? - sai do transe escutando ela.

- Eu deixo ela lá, sem problemas.. - resmungo.

- Obrigada!!! Você é demais!! - falou empolgada. - Tchau..

- Tchau..

- Pega Mariana... - Escutei ela dizer. - Tchau Bruno, até depois de amanhã.

- Até chifrudinha..- falei rindo.

Joguei o celular no outro sofá e ajeitei a giu nos meus braços.

- Pronto, agora você vai ficar com ela um dia inteiro. - Falei sério e ela começou a rir como se tivesse entendido. - Você é demais!!


***
oie
tudo bem?

vou ter prova quase agora então não garanto que vou conseguir postar

beijos
dani🙃

𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora