vinte e sete

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- Vamos caralho!!! - gritei encarando Marcelo que não tinha sacado a porra da bola.

Estávamos jogando vôlei, eu e Mariana × Jade e Marcelo.

- Calma Malu... - Ele respondeu rindo. - Eu não sei jogar igual você.

Eu sempre quis ser jogadora de vôlei, mas minha mãe mudou meus planos na adolescência, agora não dava mais tempo também e eu usava o esporte para fazer meu dia mais atrativo.

- GANHAMOS! - Mariana disse ao marcamos o último ponto do set.

- Você não fez quase nada, Malu que salvou seu time. - Marcelo disse rindo.

- PAPAI! O Marcelo está me colocando pra baixo. - minha irmã disse fazendo cara de choro.

- Se manca, Mariana! - falei rindo e corri até meu pai.

- Cansaram? Vamos almoçar? - papai perguntou assim que todos nós estávamos sentados com ele na mesa perto da piscina.

- sim! - falamos em um coro, o que arrancou risadas.

- Como vai o trabalho, Jade? - Mari perguntou.

- Vai legal sabe, tô pensando em abrir uma marca própria. - Jade era estilista, me ajudou muito na gravidez escondida, porque ela escolhia tudo e assim minha barriga mesmo grande não ficava a mostra.

- Que legal! A gente podia montar uma marca nossa sabe. - Falei empolgada e elas sorriram

- Marcelo podia desfilar pra gente, lembra que você amava desfilar quando criança? - Mama disse, e ele assentiu. - Vamos ver isso depois.

- Um dia lindo desse, merecia uma boa comida da vovó. - vovó Maihba disse chegando com uma travessa, logo atrás vinham papai e vovô com outras comidas.

- Nossa, que cheiro maravilhoso! - Jade disse sorrindo, e nós concordamos.

- Cadê o Bruno, Malu? - meu avô perguntou enquanto comíamos.
Só lembrei naquele momento que nem tinha enviado nada para ele hoje.

- Ih.. Nem falei com ele hoje. - resmunguei baixo.

- Brigaram? - meu pai perguntou me olhando

- Ontem ele ficou esquisito porque briguei com a Mariana, de madrugada a gente conversou pelo celular e estava tudo ok... - contei recebendo o olhar de todos na mesa.

- Se está tudo bem, porque você não enviou mais nada? - Marcelo, perguntou bebendo um pouco de suco.

- Eu me senti sozinha ontem sabe... Eu erro as vezes, e pra mim ele deveria me mostrar o certo e depois me apoiar, não acho que aconteceu isso. - respondi dando de ombros.

Realmente fiquei com uma sensação ruim sobre o acontecimento, sei que tenho que conversar com ele sobre isso, mas no momento eu quero pensar em mim.

- Se você não se sente bem tem que tirar um tempo pra você! - Minha avó disse e eu assenti. - Vamos mudar de assunto..

Comecei a rir do meu avô contando uma história da infância do meu pai, enquanto pensava nas palavras da vovô. Quando terminamos fui lavar a louça sozinha, preferi, estava de boa, até o Marcelo entrar na cozinha correndo.

- Maria Luiza!!! - Virei rápido e encontrei ele eufórico. - O abrigo deu permissão para eu e a Jade irmos pegar a Maria Alice pra passar a tarde aqui.

Abri um sorriso a grande, Maria Alice era a criança que eles estavam tentando adotar, Marcelo era estéril e não podia ter filhos, foi bem esquisito quando descobrimos porque ninguém da família era.

𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora