cinquenta e um

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Dezembro é o mês que a maioria das famílias entram em festa, seja pelo motivo que vão passar um tempo juntas ou os trabalhadores que tiraram alguns dias de folgas pelo fim de ano.

Comigo não era diferente, eu torcia para poder fazer cookies, bolos e me deliciar na ceia que meus pais davam nessa época. Claro, tudo tinha mudado esse ano.

Meus pais estavam separados e isso não me dava certeza de quem haveria nossa confraternização; Minha mãe sempre planeja tudo e com aquele jeito perfeccionista um simples jantar virava um evento.

Esse ano, ela estava em New York trabalhando lá na img models empresa da qual ela é sócia, pelo que tínhamos conversado a mesma iria para França, mas expressivamente em Marselha, lá morava meus avós maternos.

Queria muito passar esse tempo junto com minha família inteira, mas também sei que a separação foi o melhor para todos. Eu particularmente queria fazer uma festa pela minha giugiu.

Minha bolinha tinha acabado de fazer 10 meses, cada dia mais inteligente e geniosa, Bruno dizia que ela tinha puxado isso da mãe, eu duvidava porque ele mesmo era um genioso.

— Atenção senhorita Maria Luiza, Bruno pede sua volta de Marte para a Terra. — Meu namorado, que lindo falar isso, disse e estralou os dedos na frente do meu rosto chamando minha atenção.

— Aí Desculpa! Tava em Marte mesmo. — conto e sorrio fraco afastando meus pensamentos.

— Eu estava falando que minhas férias só vão ser depois do fim do brasileirão, em fevereiro, então acho que vamos ficar por aqui no fim de ano. — explicou, eu apenas assenti.

— Tudo bem! O que você acha de uma festa para comemorar o primeiro ano da gi. — pergunto sorrindo, fazia alguns dias que eu queria tocar nesse assunto.

Claro, esse dia pode ser considerado o pior da minha vida! Mas mesmo assim, eu pretendia fazer pela minha filha de coração  tudo ao meu alcance para ser um grande dia.

— Eu acho ótimo! Você quer planejar? Minha mãe te ajuda. — comentou e eu concordei explicando minhas ideias .

*
alguns dias depois

Aperto a caneta entre meus dedos lendo o contrato atentamente, estava no apartamento que minha mãe tinha aqui no Rio. A mesma veio pessoalmente só me trazer um documento para assinar?

— Como vai seu pai, Malu? — perguntou meio baixo, parecia está com vergonha de falar aquilo. Dou um sorriso doce e tiro meus olhos do papel.

— Ele estar bem, seguindo a vida da melhor maneira possível. — digo de uma forma sutil não magoa-lá.

— Ele tem saido com mulheres ? — perguntou em seguida, neguei.

— Não. Talvez ele esteja de desapegando de uma francesa que o conquistou na adolescência. — conto me referindo a história dos dois.

Ela ficou em silêncio por longos minutos, assinei o papel e a mesma nem percebeu.

— Não sei como mudei tanto! Na minha adolescência eu era igual a você e a Mariana. Bonita, simpática e gentil! Aos poucos fiquei amarga. — segredou.

— Por que não procura ele para conversar? — pergunto seria.

— Porque estamos melhor separados, e você não ouse dizer que eu estou no Rio. Seus avós me odeiam! — pediu e eu assenti..

— Quando você vai embora ? — faço outra pergunta em seguida.

— Amanhã de manhã. — respondeu, sorri fraco.

𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora