dezenove

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BRUNO REZENDE

Hoje fazia dois dias que a Malu tinha se "hospedado" aqui em casa, isso porque ela chegou do nada com as malas e disse que precisava ficar aqui.

Nem deu tempo de resmungar nada, quando percebi ela ja estava arrumando as coisas dela, nesse exato momento nós dois estávamos discutindo quem ia lavar a louça do almoço.

— Eu não gosto de lavar nada, só gosto de cozinhar. — Ela disse fazendo uma carinha de pobre coitada.

— Não adianta fazer essa cara, quem sujou, lava. — Falei e fui saindo da cozinha.

Escutei ela resmungar algo e fiquei rindo sozinho no corredor, essa era uma das melhores coisas de ter ela por perto, a mesma sempre ficava falando coisas sozinha e eu achava aquilo maravilhoso.

Na verdade, estava sendo ótimo por enquanto ter ela aqui em casa, depois que nós resolvemos com o Marcelo e da mãe dela falar coisas horríveis, eu me sentia inútil em deixá-la sozinha naquela casa.

— Vida,acho que vou no mercado comprar umas coisas.. — Malu disse sentando junto comigo no sofá.

— Já falei que você não precisa ta fazendo as coisas aqui de casa, você deveria estar estudando ou trabalhando. — respondi, não queria que ela ficasse fazendo as coisas daqui por obrigação.

— Eu quero cuidar de você, não é por obrigação.  — Ela disse dando selinhos no meu rosto. — Eu sei consolidar minhas coisas e cuidar de uma casa super bem.

— A gente decidi isso direitinho. — puxei ela para mais perto e fiquei fazendo carinho nos fios de cabelo loiros dela.

Ficamos um bom tempo assistindo um jogo que passava na TV, até que a porta abriu de repente e várias vozes invadiram a sala.

Olhamos para a porta assustados, mas era só a turma do barulho que chegava do passeio com a Giu.

— Vocês não sabem chegar sem fazer escândalo? — Helena perguntou e eu assenti concordando.

— Lucarelli me derrubou de uma árvore, eu tô toda arranhada. — Mariana disse e mostrou os arranhões pelo corpo, comecei a ri.

— Eu estava ajudando você a descer. — Lucarelli disse se defendendo.

— Pior foi o Ney que acertou a bola na cabeça de uma idosa. — Lud disse rindo e sentou no sofá.

— Foi sem querer, eu peguei mal na bola. — Ney disse e entregou a Giu para a Maria.

— Nunca mais minha afilhada sai de casa para passear com vocês. — Falei sério e eles começaram a resmungar várias coisas.

Eu e Malu ficamos segurando o riso, da cara deles, até que não aguentamos e começamos a rir.

— Ninguém fala da parte que o Lucarelli quase bateu o carro com a gente dentro. — Mariana disse depois que todo mundo se calou.

Eu e Luiza paramos na hora de rir, logo ela começou a falar.

— Vocês são loucos? Tinha uma criança no carro, como voces fazem isso? — A loira do meu lado falou.

𝘽𝙖𝙗𝙮- ᵇʳᵘⁿᵒ ʳᵉᶻᵉⁿᵈᵉOnde histórias criam vida. Descubra agora