Sua guerra não é contra mim, e nunca será, a sua guerra vai ser contra o meu Deus, que está nos céus e vê tudo!
- Anônimo.
_______°_______- Um lembrete, para mim mesmo, rei Henrique. E para meus netos que com toda certeza acharam essa cabana assim como eu. Mas, se não...essa carta eu escrevo pra mim mesmo e para Deus! Você é o seu próprio traídor! {...} Dias atrás eu anúnciei uma guerra entre reinos que já começou, foi a minha pior decisão! Nós cometemos muitos erros, mas o meu erro fez com que muitos fossem afetados. Por causa dos nossos erros pessoas levam o fardo que não deveriam. Quantas noites sem dormir eu só súplico pela misericórdia de um Deus que eu nem acreditava a dias atrás, o mais interessante é como eu fui tão estúpido ao não acreditar em um Deus tão maravilhoso. Eu era um incrédulo. A incredulidade vai matar pessoas e não físicamente mas sim pisicologicamete e, se não morrer pisicologicamente, vai te matar no inferno. O evangelho é simples, e Deus é extraordinário, os incrédulos sempre vão perder a chance de passar a eternidade com Cristo! Hoje recebi uma das notícias mais tristes: minha vida está por um triz, bom é que meu filho vai assumir o trono assim que eu falecer. De nada adianta tanto trabalho, para no final não ter feito nada e nem aproveitado a vida! Uma guerra entre dois reinos que eu mesmo proclamei, entre meu reino e o reino de Barcan - olho para meus pais e volto a ler a carta - Isso é uma despedida. Mesmo não demonstrando sempre amei a todos da minha família, até os que não conhecia, deveria ter demonstrado compaixão para com todos desde o começo! De: Rei Henrique. Para: Quem ler essa carta. - ela me olha surpresa.
Essa carta não tem nexo nenhum!- penso comigo mesmo.
Ela olha para o chão como se quisesse descobrir algo além do que deveriamos. Eu ainda estava confuso, me lembrava de ter estudado sobre o rei Henrique, mas não foi essa história que eu ouvi.
- É, eu estou surpreso jamais imaginei que houvesse uma carta tão antiga - ela me olha e assente com a cabeça.
- Sim, já faz anos que a guerra começou. Faz quase um século! Quem foi rei Henrique? Eu não me lembro de aprender sobre ele.
- Foi meu trisavô, não me lembro nada do que falam ou falavam sobre ele. Nunca tive interesse em aprender sobre meus antepassados. Infelizmente - olho para baixo, pensando o por que de eu não saber dos meus parentescos antigos.
- Compreendo, mas seria bom você saber agora por esses motivos - concordo, pela primeira vez, com ela.
- Discordo de você - minto - mas sei quem deve saber disso.
- Quem seria essa pessoa?
Ela me olha confusa, e eu pego em sua mão bruscamente a levando para fora da casa de madeira e a levando em direção ao castelo.
- James, por favor, ande mais devagar - ela pede com uma tonalidade de mandamento.
- O problema não é meu se você anda devagar, e suas pernas são pequenas- ela para e eu também paro a olhando.
Ela solta a sua mão da minha mão, e passa na minha frente andando meio chateada. Dou de ombros, e ando do lado dela. Uma sensação diferente me invade, meu coração começou a queimar, minha barriga embrulhou, e eu olhei para trás e depois para frente, comecei a sentir como se alguma coisa estivesse conosco. Um vento calmo começou a bater em meu rosto, me fazendo de alguma forma fechar os olhos e respirar fundo. Quando abro os olhos de novo eu vejo que chegamos no jardim do castelo branco com algumas partes pintadas em dourado.
- Agora me fale, quem devemos procurar para saber sobre rei Henrique - respiro fundo indo até um criado.
- Licença - o criado se vira e faz uma reverência - sabe aonde está a rainha? - ele parece pensativo.
- Acho que ela saiu com o rei, mas a Senhora Maria está na biblioteca - olho para Madalena, agradeço ao criado e vou embora.
Vou até a porta do castelo e chamo Madalena com minha mão. Ela vem até mim meio desconfiado e eu bufo.
Como vamos nos casar sendo que nem confiamos um no outro?
- Está bufando porque? - Julhs me assusta.
- Nada, você não tem mais nada pra fazer não?
- Se eu tivesse, eu estaria aqui? - viro meu rosto pensando.
- Sim? Não? Talvez?
- Meu Deus, é o fim dos tempos mesmo - ela tocou no meu ombro - Madalena - elas se cumprimentam com a cabeça.
- Julhs - ela soa gentil me fazendo olha-lá.
- Vamos acabar logo com isso princesa - olho no fundo dos olhos de Madalena e Julhs nos olha confusa.
- Impressionante, vocês dois se dando bem. Acho isso legal - Madalena sorri e levanta as sobrancelhas com a fala de Julhs já eu, solto um suspiro sarcástico.
- Até Julhs - me viro e vou em direção a biblioteca.
- Esquece ele, até logo - Madalena fala antes de vir até mim - se eu não for muito invasiva... - a olho e a corto.
- Não - ela me olha confusa - você vai ser! Não é se você for, você vai ser muito invasiva, me desculpe.
Deixo claro e continuo meu percurso até a biblioteca.
{...}
- Então, quer dizer que vamos ter que achar o livro, porque a senhora não se lembra aonde está? - ela sorri e concorda com a cabeça.
Bufo e olho pro lado aonde tem uma estante cheia de livros.
- Sim, meu neto, quero que não se preocupe, assim sendo aqui só tem 50 estantes de livros, vocês acharão rapidinho o livro e podem aproveitar a oportunidade para que se conheçam um pouco mais - olho para minha vó e sorrio.
Nossa, conhecer a princesa Madalena era o meu maior desejo nesse momento.
- A Senhora tem certeza? - a menina ao meu lado parecia inconformada.
- Boa sorte - ela sussurra para nós - fiquem com Deus, chegou a hora do meu descanso crianças - ela fala e sai da sala.
- Amém, fique com Deus, Senhora Maria- minha avó fala e eu olho a menina ao meu lado bravo.
Eu não vou aguentar! Já imagino, todo dia ter que alguentar uma pessoa com uma ideia e uma religião totalmente diferente da minha? Eu quero dizer que vou ter que alguentar ela professar o fé dela todo dia, sem poder falar nada por respeito. Uma dica, entre você ter a escolha de poder escolher uma pessoa com as mesmas ideias que a sua, e, a, pessoa que tem ideias diferentes da sua, escolha a que tem as mesmas ideias, porque vocês sempre vão se dar bem.
- O que aconteceu? - olho para o lado e vou mechendo nos livros suspirando fundo - Ah sim, não me lembrava que você era ateu - olho para trás.
- Não sou ateu, só não acredito no que eu não vejo - ele me olha meio que sem ter o que falar.
- Tá bom, só não me diga que a terra é plana - olho nos fundos dos seus olhos azuis, que agora estavam mais para o verde.
- Ai, eu mereço! É claro que a terra é redonda. E eu tenho provas - ela sorri.
- Eu estava brincando, James. Mas gostaria de saber...
Sabia que a pergunta dela, não iria fazer muita diferença na minha vida, então só decidi ouvir e falar só quando necessário.
- Por que não acredita em Deus? - me viro e volto a mecher nos livros com algumas imagens - Eu já te falei o porquê de eu acreditar nEle, mas você nunca me disse o seu motivo. Poderia me falar?
Paro para pensar por milésimos segundos. Desde pequeno nunca aprendi sobre Deus e nada do tipo, sempre acreditei na ciência, ela sempre esteve certa na minha opinião, sempre que ouvia de Deus, sempre foi que Ele era ruim, ou que nada tinha a acrescentar em minha vida porque era só uma ilusão. Olho para o lado e penso mais um pouco.
- Er, eu não acredito em Deus porquê...- começo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
O Jugo Dos Reinos
SpiritualJames um príncipe sarcástico e ateu."Para ser Rei é necessário sacrifícios" assim como ele mesmo diz, terá que cumprir com sua palavra e deverá se casar com alguém que nem se quer viu na vida antes, a desconhecida princesa Madalena. Madalena, uma...