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"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine.Ainda que eu tenha o dom de profecia, saiba todos os mistérios e todo o conhecimento e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei.Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá." (Deus é o maior exemplo de amor)

–1 Coríntios 13. 1-3
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— James? — reconheci aquela voz de longe.

— Carolinne? — viro para vê-la.

Péssima escolha virar. Ela estava linda, seu vestido verde destacava seus olhos. Admiro a menina por segundos, mas desvio o olhar.

— Está comendo sorvete escondido? — ela estreita os olhos.

— Não, não só criança faz isso, eu já sou um adulto faço o que me der na telha — vejo a menina contorcer o rosto para rir.

— Eu acredito em você, mas sua boca está suja de sorvete, será que eu poderia me juntar a você? — ela sorri meiga.

Limpo minha boca com um guardanapo que estava ali perto.

— Por favor — estendo minhas mãos para a cadeira ao meu lado.

Ela vem até perto. Puxo a cadeira para que ela se sente, assim que ela se senta arrumo a cadeira.

Coloco sorvete em uma taça para ela.

— James? — a olho entregando a taça — Agradeço, mas por que está me mimando?

— Não estou te mimando, eu só sou cavalheiro — ela faz uma careta.

— Ta bem, desculpe a pergunta — ela sorri.

Continuo comendo meu sorvete em silêncio, subo em cima da bancada, como quando era criança. E fico admirando a menina a minha frente comer sorvete.

— Você se lembra daquela carta? Do seu trisavô? — concordo com a cabeça — Então, eu descobri porque a briga entre os dois reinos começou — a olho curioso.

— Por quê?

— Por causa de status, era por quem tinha o melhor e o maior reino. É deplorável como nossos trisavôs amavam status, de que importa ter tanto poder? O livro falou que: quem vencesse a guerra, seria o maior e o reino mais poderoso — suspiro fundo.

— Do que adianta ter tanto se no final acabamos sem nada? — comento.

— De fato, a Bíblia diz que podemos ter tudo, mas se não tivermos a Deus nada temos — ela sorri e coloca uma colher de sorvete na boca logo fazendo careta.

— Seu cérebro congelou? — assim que ela assente sinto meus lábios se curvarem em um sorriso.

— Não ria, isso não tem graça!

Mordo meus lábios tentando segurar a vontade de rir, mas assim que vejo Madalena negar com a cabeça não me aguento. Começo a rir.

Minha barriga doia de tanto rir, fazia tanto tempo que isso não acontecia. Fazia tanto tempo que eu não ria assim.
[...]

Estava na minha cadeira como sempre sozinho. Ou talvez nem tão sozinho. Não sei explicar, desde semana passada tenho sentido como se tivesse algo me seguindo ou me guardando. Aquele sentimento era bizarro!

Acho que estava viajando quando escuto uma voz no telefone.

— Majestade? Esta conseguindo me ouvir? — João pergunta — Licença, tem alguém que quer ver o senhor!

O Jugo Dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora