1.1

1.4K 176 113
                                    


Uma perda pode trazer uma doença na alma, mas não há o que Deus não possa curar!
- Anônimo.
_________♡__________

- Ela... ela...

- Ela o que, Kate? - grito bravo com a enrolação.

Minha irmã aperta bem os olhos, deixando lágrimas rolarem.

- Me segue - ela sai correndo até o castelo.

[...]

O preto era uma cor linda, mas não para um velório. Era interessante como cada um demonstrava sentimentos, eu só preferia guardar o meu, ou demonstrar que não me importava e que nada na minha  vida iria mudar mesmo. De fato nada iria mudar, é só mais uma morte. A morte da minha avó. Creio que já ouvesse imaginado. Ela já estava de muita idade, era a hora dela ir embora!

Vejo o padre do reino vindo em minha direção, resmungo mas não é como se fosse mudar alguma coisa.

- Meus pêsames pela rainha Maria, que Deus o console! - dou meu melhor sorriso falso.

- Amém, padre. Agradeço! - suspiro fundo.

Comprimento mais algumas pessoa. Mas quando vejo estou no mesmo lugar aonde encontrei um cadáver. No quarto da minha avó.

- É tão estranho - comento em voz alta.

- O que é estranho? - Madalena aparece atrás de mim.

A olho assustado mas depois volto a minha postura normal.

- Minha avó não tinha nenhum problema cardíaco - ela pareceu pensativa.

O silêncio se concretizou no local deixando os dois pensativos.

- Licença, Vossa Majestade!

Um moço um tanto alto chegou e me comprimentou. O Comprimentei com a cabeça.

- Quem seria o senhor? - perguntei sério.

- Sou o detetive forense - assinto com a cabeça e ele se vira para Madalena a cumprimentando com um beijo na mão - Princesa.

Ela o comprimenta também e eu nem sei explicar mas sinto uma pontada no meu coração. Tipo ciúmes? Raiva? Inveja? Não sei, mas sinto uma pontada no coração.

O detetive coloca uma luva de borracha e vai até o lugar. Ele começa a mecher nas coisas na expectativa de achar alguma coisa.  Josh aparece atrás da gente.

- Achou alguma coisa moço? - a preocupação do meu primo me intrigava.

- Calma Josh, o moço acabou de começar a mecher nas coisas - Madalena comenta.

O detetive se levanta e vem até mim depois de pegar um copo na mão.

- Na verdade sei muito bem o que aconteceu com sua avó - falo pra que ele prossiga - poderia pegar um copo de champanhe?

Vai até a estante de bebidas e eu assinto com a cabeça. Não posso negar uma bebida para meu convidado. O detetive examina a garrafa de vidro e logo após coloca um pouco no copo.

- Olha senhor, se me permite estamos em local aonde foi encontrado um corpo então é... - eu interrompo João, meu guarda.

- Deixe-o fazer o que tem de fazer - mantenho minha pose.

Vejo o detetive examinar os dois copos. Estava apreensivo, ele não bebeu nem um gole do champanhe mas os examinou.

- Se me permite Majestade, esse vinho não está vencido - fala do champanhe que ele tinha posto no copo agora - bem mas esse está mais que vencido, está envenenado - fala do copo da minha avó.

O Jugo Dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora