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Eu não entendia o amor, até conhecer a Jesus!
Anónimo
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— Então, como está? Pensei que precisasse conversar, aconteceu tanta coisa essa semana e hoje é seu depoimento, precisa da minha ajuda em algo? — Madalena enche-me de perguntas.

— Er... eu estou bem, estou ótimo, bem consegui fazer tudo o que tive de fazer, mas agradeço, se precisar de ajuda procuro-lhe — olho nos seus lindos olhos que estava agora verde-claro.

Ela abaixou a cabeça. Desviando o olhar do meu.

— Algo mais? — arqueio as minhas sobrancelhas.

— Não, nada mais! — ela vira-se para ir embora.

— Senhorita Carolinne? — a chamo — Que tal um passeio pelo jardim? Amanhã? — ela parece pensativa.

— Eu tenho muito a arrumar pro casamento amanhã — tento não demonstrar tristeza — mas marque na sua agenda, eu estarei lhe esperando no banco — ela sorri tímida.

Um sorriso bem pequeno se forma nos meus lábios.

— Claro, princesa — provoco.

Antes era insuportável ficar perto dela e ver aquele sorriso dava-me ânsia, hoje em dia não consigo nem ficar perto dela, perco totalmente a minha postura. Aquele sorriso dela deixa-me totalmente bobo. O que ela fez comigo? O que a Princesa Madalena fez comigo? Que raiva!

Ouvimos um barulho e olhamos pro lado, era Edgard, ele olhava para nós.

— Desculpa, eu só estava a passear por aqui, eu nem ouvi nada, prometo — ele sorri, mas meio nervoso.

Olho para Madalena que ri a negar com a cabeça e nós reverencia saindo. Reviro os olhos entrando na minha sala com Edgard me seguindo.

— James? Eu achei uma coisa! — Edgard entra na sala e fala bem explícito, me deixando curioso.

— O que achou?

Sento na minha mesa olhando para ele.

— Aqui, a carta do Pierre, não deve ter pegado — coloca na mesa.

— Agradeço, Edgard.

Vejo ele se virar para ir embora, mas ele para e vira o calcanhar.

— Você viu o jornal de hoje? Todos estão a falar sobre você! — engulo a seco.

— Sério mesmo? Oh! O que eu posso fazer? — olho para ele sarcástico.

— Não dá para falar sério com você, James — ele revira os olhos — Boa sorte no discurso hoje! — ele vai em direção a porta.

— Não preciso de sorte já vou-me sair muito bem — olho para o papel de carta.

— Convencido — ele bate a porta.
[...]

Medo. Eu odiava ter medo, mas não é como se eu pudesse controlar. A raiva, o medo e a vontade de socar alguém dominavam-me. Bem, mas a vontade de socar alguém era minha rotina do dia a dia. Eu sempre queria socar alguém e sempre tinha raiva. Sem contar o meu sarcasmo. Mas eu falava do meu medo. Eu tinha medo, medo de decepcionar os meus pais. Eles apostaram tudo em mim e eu não queria fracassar e ver eles magoados por isso, eu já era uma perda total, mas me tornaria mais ainda se decepcionasse eles. Sem contar que eu era exemplo para os meus irmãos, e não poderia dar mau exemplo a eles fracassando.

— Um dia tudo isso será seu meu menino, está ansioso por esse dia? — o meu avô olhava-me.

— Claramente sim, vovô! — respondo neutro.

— Não gosto muito de você, para ser realista prefiro o Pierre. Mas tem se saído melhor na escola, então saberei que o meu trono ficara bem nas suas mãos, e tem capacidade, mesmo que pouca — sorri.

O Jugo Dos ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora