O Jugo Dos Reinos

0.6

Você é o seu próprio traidor!
- Anônimo
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- É uma notícia maravilhosa...e se eu contar, vocês podem nem acreditar! 

- O que houve mãe? Não nos deixe mais curiosos - meu pai parecia eufórico.

- Richard, esse Deus é incrível! Ontem sua filha - ele a interrompe.... 

-A Kate ? - minha avó assente. 

- Madalena foi ver a Kate ontem, e orou pela menina e hoje a Kate acordou bem! Esse Jesus é maravilhoso! Ele curou sua filha- olhei para meus pais, eles me pareciam maravilhados - Kate está feliz e bem, graças a esse Deus da Madalena e do povo dela - olhei para meu prato. 

- Sim vó, o Deus deles é maravilhoso e Ele pode ser o nosso Deus também - Pierre começa. 

- Nos conte mais Pierre - os três ao meu lado falam em uníssono.

- Não, perderam a razão? - interfiro - nós não acreditamos nisto - murmuro bravo. 

Saio daquela sala meio alterado, sem dar muitas chances para que eles falassem algo. 

- Ignore-o, Pierre... Prossiga por favor, como esse Deus tão grande e maravilhoso pode ser o nosso Deus também - essas foram as únicas palavras que escutei antes de sair do castelo.

Eu não poderia admitir isso, já iria ter uma pessoa louca ao meu lado, mas a minha família era demais.O Cristianismo é como uma doença grave, que passa para todos. Queria eu saber como acabar com isso! 

Quando cheguei na parte das árvores, que era um pouco mais distante do castelo. Comecei a andar, já havia esquecido como era a parte da floresta. Pensamentos de quando éramos crianças invadiram minha mente. 

<...>
-  James, James - Josh gritava meu nome - que tal uma corrida até a cachoeira? - assinto com a cabeça. 

  Cada passo rápido que meu pé instalava no chão era uma surpresa. O vento batia em meu rosto. Aquilo estava tão bom, nem parecia que eu e Josh estávamos fugindo da nossa governanta. Quando cheguei na cachoeira e parei pra respirar, olhei para Josh que vinha como um terremoto e me empurrou para o grande lago. Sinto meu corpo sendo chocado contra a água. Tento me estabilizar e consigo. Por sorte aquele lago não era tão fundo. 

-  Josh, isso é injusto - exclamo logo depois de sair do lago para algumas rochas alí perto. 

- Injusto, é a Margarita nos obrigar a estudar, isso é injusto - ele pisca lá de cima antes de alguém jogar ele pra baixo. 

- Perdão Josh, acabei esbarrando em você não é? - Pierre se faz de cínico.

- De onde você saiu? Não estava no seu quarto? - pergunto ao menino que havia pulado no lago e vinha em minha direção juntamente com seu irmão gêmeo. 

- Eu vi vocês fugindo, então decidi vir junto. E vocês vão levar uma enorme bronca - ele exclama como se fosse óbvio. 

- Ah não me diga, você não escapa dessa vez também - Josh fala para o irmão. 

- É mesmo, dessa vez não - empurro os dois novamente pro lago.
<...> 

Tinha saudades daquele tempo, era tão esplêndido, e ao mesmo tempo tão calmo, mal sabíamos nós, como seria bom continuar nos preocupando com coisas tão banais. 

Comecei a caminhar para o outro lado, nunca havia visto aquela parte, ou talvez nunca andei tão longe assim do castelo. De longe encontrei um labirinto. Comecei a andar por aquele local, pelo que me lembre nunca havia andado por aquele lugar, era um lugar simples, e não era tão bem cuidado como o jardim do castelo, continuei seguindo até escutar uma coisa atrás de mim. Me virei assustado, talvez fosse um animal ou uma cobra. Ou será um inimigo ou até mesmo alguém que quer me matar?