O Jugo Dos Reinos

0.9

É necessário que Ele cresça e que eu diminua.
João 3:30
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- James, achei uma coisa, você não vai acreditar!

Olho para menina a minha frente, ela estava falando e eu não entendia uma palavra sequer do que ela dizia, talvez pelo simples fato de eu estar prestando atenção em suas mãos que se movimentavam como a luz em uma velocidade absurda!

- Você entendeu? - ela termina.

Como eu iria falar que não entendi absolutamente nada?

-Quer que eu seja franco? - ela assente - eu não consegui prestar atenção. Desculpe!

- Homens! - ela faz uma careta e se senta na cadeira arrumando sua postura.

Me arrumo na cadeira e vejo Madalena respirar fundo para começar a falar tudo novamente.

- Descobri um fato muito interessante, acho que poderia colocar no seu pronunciamento na segunda-feira...

- Como sabe do meu pronunciamento na próxima semana? - eu a corto.

- Todos sabem, o reino todo. Quero dizer, eu acho que você autorizou que saisse essa notícia, não é? - ela me olha curiosa.

- Não, pedi para que Josh preparasse um pronunciamento mas não era para divulgar ainda! - olho para ela.

- Tem algo de estranho pois lí nesse jornal que você faria na segunda seu pronunciamento! - pego o jornal da mão da menina.

- Como assim? Josh ainda não preparou o enunciado, como essa notícia saiu tão rápido? Isso é impossível, só se... - ela me interrompe.

- Alguém tiver invadido o Castelo, e está nos espionando! Não, não, não! Deus, nos proteja dessas pessoas más! - reviro os olhos.

- Madalena, não adianta orar para esse seu Deus. Não é como se ele realmemte estivesse aqui é fosse fazer alguma coisa. - a menina a minha frente parece pensativa.

- Você não sabe o que está falando James. Deus, muitas vezes me livrou de certas coisas e eu creio que se não fosse Ele eu estaria morta, como da vez em que um inimigo de nosso reino tentou me matar. Deus, com sua mão forte, trouxe um vento e o moço caiu no chão antes que a espada me acertasse - ela fala calmamente.

Acho que não havia expressão para explicar a minha!

[...]

Estava olhando o céu, era cerca de uma da manhã como indicava meu relógio, o céu estava espetacular e tudo estava silencioso. Para mim, isso era paz!

- James - uma voz estridente e forte como um trovão me chama.

Me levanto depressa, rodando meus olhos pelo lugar mas não vejo ninguém. Confuso - sim, eu estava confuso. Quem estaria acordado me chamando a essa hora da madrugada? E quem teria uma voz tão linda e ao mesmo tempo tão estridente assim? - afasto esses pensamentos chacoalhando minha cabeça.

Respiro fundo, e me lembro da minha infância, a maioria das minhas memórias da infância eram ruins, e por que? Porque quando eu era criança meus pais não ligavam pra mim e meus colegas não gostavam de mim. Eu era diferente, talvez muito reto. Desde pequeno sempre gostei de estar no meio de adultos e da conversa deles, era interessante, eles não falavam só de coisas como correr e de brincar, ou só de um assunto, eles comentavam sobre tudo! E isso era interessante pra mim, parecia que eu ficava mais sábio, e que criança não quer ser mais inteligente que todos?

Volto a me deitar no chão e volto a refletir sobre as coisas da vida.

- James - a voz me chama de novo me deixando confuso.