Lentamente
Era assim que estavam passando cada horário de aula que se passava. Já havíamos conhecido praticamente todos os professores, e dado início aos conteúdos de cada matéria.
Do meu lado, meu ouvido implorava por misericórdia devido às tantas reclamações de Diego, e as altas risadas de Fernanda por trás, ainda me pergunto se eu havia apedrejado a cruz para merecer tal situação.
Enquanto eu reclamava meu sofrimento mentalmente, ainda tínhamos que copiar quatro quadros inteiros sobre a mutualização na cadeia alimentar, meus dedos doíam, porém era obrigatório de acordo com nossa professora.- Ei,psiu!! — Ouço Fernanda me chamar.
- O que foi?. — Tento falar baixo sem chamar a atenção da professora.
- Tira foto do quadro e manda no grupo da nossa sala!. — Exclamou ela.
Rapidamente pego meu telefone coloco na câmera, posicionando bem para tirar a foto do quadro, assim que faço mando todas no grupo da sala.
- Turma como falta apenas alguns minutos para irem para o intervalo, podem sair aqueles que já tiverem copiado. — Falou.
De imediato toda a sala se via em uma algazarra, todos colocam as coisas de qualquer jeito em suas mochilas e saiam da sala.
- Vamos sair logo antes que ela queira ver nossos cadernos. — Alertou Diego.
Ri de seu comentário e sai junto com ele e Fernanda até o refeitório da escola, alguns alunos já estavam pelos corredores então fomos direto a tenda de lanches.
- Cara eu to doendo de fome aqui. — Falei após minha barriga proclamar por comida.
- Nossa, eu também, espero que tenha empadão. — Falou Diego.
Fernanda e eu rimos e logo fomos pedindo nossos lanches, esperamos cada um pegar e irmos para os bancos.
Assim que sentamos o sinal toca, e um grande alvoroço toma conta do refeitório.
Jogávamos conversa fora enquanto comíamos, rimos das palhaçadas que Diego fazia comendo.- Gente vou ali no bebedouro. — Digo deixando minhas coisas encima da mesa e saindo pelo corredor.
Vários alunos em seus grupos de colegas sentados e amultuados em cantos diferentes, assim que chego ao bebedouro pego um copo descartável e ligo a torneira.
- Oi. — Fala alguém ao meu lado.
- Ah oi, como foi a aula?. — Pergunto ao ver que era Felipe.
- Bem tranquila, vou ficar o último horário vago, então vou ficar na biblioteca, te encontro lá na saída?. — Pergunta ele me encarando de forma formal.
- Sim, claro. Até depois. — Falo assim que bebo a água.
E ele sai, mas antes me dando uma piscada de canto me deixando sem graça, volto para o refeitório e me sento ao lado de Diego.
- Aí, a água tava morna?. — Questionou ele olhando meu rosto.
- Como assim?. — Pergunto sem entender nada e olho para Fernanda.
- Amigo, seu rosto, tá completamente vermelho. — Me alertou entregando-me um pequeno espelhões sua mochila.
- Meu Deus!. — Falo surpreso ao ver meu rosto. - Não sei o que houve.
- Estranho. — Diz Diego desconfiado.
- Não deve ser nada. — Salvo pela Fernanda, assim encerrando os comentários.
Conversamos mais um pouco até que tocasse o sinal para voltarmos à aula.
- Encontro você na sala depois. — Diz Diego se levantando e saindo do refeitório.
- Acho que vou indo pra sala, quero pegar um lugar no fundo. — Falo pegando minhas coisas.
- Tudo bem, te vejo depois. — Se pronuncia.
Vou andando até encontrar a sala, que estava no outro quarteirão do colégio, e entro na sala que estava vazia, me sinto aliviado e me ponho ao fundo da sala. Pego meu celular e vou entrando nas redes sociais, tiro uma foto com efeito e ponho nos stories do Instagram, mas logo que termino sou interrompido com o sinal para o fim do intervalo.
- Opa, alguém aqui gosta de ser pontual. — Falau um professor entrando pela porta.
Ele aparentava ser da idade do meu pai,ou pelo menos um pouco menos, tinha uma pegada puxada para o modo juvenil.
- Ah, pois é, gosto de pegar os melhores lugares da sala. — Falo gentilmente.
- Já que os outros ainda nao chegaram, se importa de ir até a sala dos professores e pegar uma pochete que está encima da mesa?. — Acabei esquecendo-me de pega-lá.
- Sem problemas. — Digo, e vou saindo vendo todos os alunos entrarem pela sala.
Assim que chego até a sala procuro por um pochete. Logo vou até ela e a pego.
- Matando aula rapaz?. — Ouço uma voz atrás de mim.
- Meu Jesus amado, nunca mas faça isso. — Ordeno enquanto regulava meus batimentos descompassados.
- Não é pra tanto esse susto, não gostou de me ver?. — Falou ele ironicamente.
- Sim e não. — Respondo me recompondo do susto.
- Que bom. — Diz ele olhando para os lados e me puxando para a parede.
E antes que eu pudesse negar ele já havia me pego em um beijo tão sedutor, que eu me via em total descontrole quando senti suas mãos em meu quadril.
- Melhor ir, mais tarde eu vou poder provar sem me segurar. — Me disse ofegante enquanto me levava até a saída da sala.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Diferente de mim Livro I - Vivências
RomanceUma vida destinada à muitas reviravoltas e problemas, após um amor correspondido ter sido apenas uma ilusão, a confiança destruída poderia ser recuperada? Uma grande mudança está por vir, muitos acontecimentos inesperados e novas descobertas. Será q...