Capitulo 32

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Acordo ouvindo o barulho insuportável do meu despertador tocando em meu ouvido, ainda com os olhos fechados procuro meu celular no criado mudo mas algo me impedia de esticar o braço, percebo que Diego mantinha uma perna em volta das minhas e segurava firme a minha cintura.

- Desliga logo isso aí, quero dormir. — Ele resmunga afundando o rosto sob minhas costas.

- Não podemos faltar hoje, mal começamos o período escolar, e não quero nem sei pai e nem o meu enchendo o saco. — Falo me desvencilhando e pulando da cama.

Desligo o ar que havia ligado durante a noite e dou uma boa espreguiçada, alongo as costas e braços soltando um fôlego para começar o dia novamente. Abro as janelas do quarto deixando os raios de sol clarearem o que quarto, Fernanda tampa o rosto com o travesseiro na tentativa de dormir novamente mas puxo de sua cara.

- Qual é?. — Fala ela levantando e se dando por vencida.

- Vamos, se arrumem, ainda vamos passar na casa de vocês para trocarem de roupa. — Falo indo ao banheiro e olhando minha cara pelo espelho.

Meu cabelo, que estava branco meio puxado para um azul pastel, estava totalmente emaranhado, algumas olheiras nada perceptível, sinto a orelha doer e me lembro dos piercings que havia colocado.

- Amiga abre essa segunda gaveta e pega uma pomada cicatrizante por favor. — Falo ainda no banheiro avaliando meu estado, me arrumo o mais depressa possível, e em alguns minutos descemos as escadas. Papai estava na cozinha ajeitando o café da manhã e pelo que me parecia hoje ele estaria trabalhando em homeoffice.

- Vai ficar em casa hoje? — Pergunto abrindo a geladeira e tirando uma caixa de leite e uma jarra de suco.

- Bom dia primeiramente, e sim, hoje vou estar em casa, vou levar vocês hoje até a escola, precisam de algo? — Pergunta ele virando para o balcão com uma frigideira de ovos mexidos onde Diego e Fernanda se sentavam nas cadeiras.

- Bom dia senhor. — Dizem eles juntos ao meu pai que ria e ia em direção à mesa, colocando os ovos mexidos em um prato separado.

- Bem eles precisam trocar de roupa, então vamos passar na casa deles e depois vamos direto pra escola. — Papai observa cada um deles e apenas acena com a cabeça.

Tomamos café tranquilamente e conversávamos sobre a festa, meu pai era do tipo liberal mas com moderação, eles riam a cada comentário besta que Diego fazia, mas quando mencionaram meu nome olhei seriamente para Fernanda que entendeu o recado e mudou o assunto, assim que terminamos pegamos nossas coisas e fomos até a garagem. Seguimos o caminho em silêncio e só se ouvia o rádio do carro, a previsão do tempo hoje seria forte chuva no período da tarde, e já olho para o Sr. Motorista que entendeu o que eu pensava, rapidamente passamos na casa dos dois e logo estávamos na frente da escola.

- Bom pessoal chegamos, tenham uma ótima aula, e você se comporte. — Olha ele seriamente pra mim.

- Nunca fui de aprontar, e você sabe. — Digo rindo e descendo do carro.

Logo atrás de mim os dois vinham em meu encalço, entramos pelos corredores e olhamos a grade de aula que teríamos hoje e para meu azar o primeiro horário seria educação física.

- Podemos matar o primeiro tempo?. — Pergunto de modo engraçado.

- Jamais, vamos pedir pra não participar da aula e ficar apenas sentados ok?. — Fernanda sempre tinha uma solução na ponta da língua pra todo tipo de problema que eu arrumava.

Diferente de mim Livro I - Vivências Onde histórias criam vida. Descubra agora