Capitulo 15

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Fiquei sentado em um banco meio alto e deixei que ele assumisse as pontas dali, queria ver como ele se saia na cozinha e se não precisaria de ajuda depois, enquanto ele bagunçava toda extensão do espaço que tinha eu apenas ria sem dizer nada.

- Que tal um pulo no mercado? — Me perguntou.

- Claro, vou ver se tem algo fácil de preparar. — Rio — Você não tem muito jeito comesse tipo de coisas não é ?. — Indago já sabendo a resposta.

- Tá tão na cara assim? — Diz ele chegando perto de mim segurando meu queixo fazendo com que olhasse para ele.

- Um pouco, mas nada que uma ajuda não resolva. —Digo me levantando.

- Let's go então. — Diz empolgado pegando a chave do carro.

Saímos e fomos até um mercado próximo que havia perto de um ponto de fastfood, uns 15 minutos dali, estacionamos e seguimos para o mercado, peguei uma cesta já que não seria necessário levar muita coisa, enquanto andava ao meu lado ele ia revistando as prateleiras e colocando alguns enlatados, milho, ervilha essas coisas, então penso no que seria bom fazer.

- Que tal uma bela macarronada? — Pergunto atento.

- Ótima ideia. — Falou passando o braço sobre meu ombro e me levando até a sessão.

Pego um pacote de macarrão, uma lata de extrato de tomate, faltava apenas alguns ingredientes, pedi para que ele buscasse enquanto eu ia ao caixa, não demorou dois minutos e fomos logo ao caixa. Assim que ele pagou saímos do mercado.

- Isso deve ser bem fácil pra você não é?. — Me pergunta abrindo a porta traseira do carro e colocando as compras.

- Bom, acho que é costume de sempre inventar oq comer. — Digo entrando no carro e colocando o cinto de segurança.

- Acho que vou precisar de algumas aulas então. — Diz rindo.

Saímos do estacionamento e voltamos para a casa dele mas antes de entrarmos no carro um rapaz para ao nosso lado e o cumprimenta.

- Fala aí bró, sumiu ein. — Exclamou o rapaz diante de nós, sem entender nada olhei para Felipe.

- Pode ir na frente, te encontro no carro. — Pediu ele com um sorriso torto, não questionei nada, apenas saí dali.

Assim que cheguei ao carro me encostei na porta e os observei de longe, eles conversavam gesticuladamente logo depois o rapaz aponta em minha direção e meu corpo se sente estranho com essa situação. Passado 5 minutos Felipe caminha em minha direção.

- Vamos? — Pergunta ele com a respiração um pouco ofegante.

- Quem era aquele lá?. — Pergunto curiosamente, meus sentindos apitavam alguma coisa de estranho naquele cara.

- Aquele é o Robert, um amigo filho de um conhecido dos meus pais. — Falou ele entrando no carro.

- Ah sim, são muito chegados?. — Pergunto olhando a rua após sairmos do estacionamento.

- Não muito, digamos que nossas virtudes em amizade não batem muito bem, geralmente à gente briga por besteira,mas sempre voltamos a nos falar. — Diz ele olhando pra mim e sorrindo.

- Então ele é tipo seu irmão, ele é mais velho que você? — Pergunto confuso.

- Hahaha sim, quatro anos mais velho que eu, porém a maturidade dele se deixa a enganar. — Diz ele negando com a cabeça em sinal de reprovação.

Não falei mais nada durante o resto do caminho, não demorou muito para chegarmos, adentramos a rua da residência e assim que chegamos no portão da casa meu celular toca.

Chamada de pai.
- Oi filho, só ligando pra saber se está tudo bem por aí. — Me pergunta atento. — Olho de canto para Felipe que descansa a mão em minha perna apertando de leve.

- Tudo ótimo, e por aí, como estão o ninho de cobras, digo, o pessoal aí. — Exclamo corrigindo minhas palavras ouvindo meu pai rir no outro lado d linha.

- Está tudo em ordem, perguntaram porque não veio, mas apenas falei que você estava cansado e ia ficar dormindo. — Diz ele.

- Amanhã ligo para o senhor pode ser? Vou ajeitar umas coisas aqui na casa do Felipe. — Falo tentando não ser muito apressado.

- Se cuide por aí rapaz, aproveite aí. — Se despede ele logo desligando.

Entramos na garagem e tiramos as coisas que compramos, e levamos para dentro, tirei-os das sacolas colocando encima da pia.

- Mi cozinha, su cozinha, o que precisar pode pegar nos armários, vou buscar uma coisa lá encima.— Disse ele dando um beijo rápido e saindo escada acima.

Começo os preparativos, valou até o armário mais próximo e pego uma panela média colocando um pouco de água e levando até o fogão para ferver, abro o pacote de macarrão e coloco um porção significativa para duas pessoas, adiciono duas colheres de óleo e uma colher de sal, e deixo fervendo por alguns minutos, assim que me volto para a bancada de mármore que tinha na cozinha Felipe aparece com uma bolinha na mão.

- O que é isso?. — Pergunto sem saber o que era aquilo.

- Uma caixinha de som, Alexa. — Diz ele ligando o aparelho que exibe um pequeno toque. — Conecta uma música que você goste de ouvir aí.

Pego meu celular e ligo o bluetooth, assim que conecto à caixinha abro meu spotify e seleciono uma playlist aleatória. Não escutava muito as músicas online então não estava por dentro das novidades, assim que começa a música tento ouvir o toque, vejo o título Wap feat. Card B.

Vadias nesta casa
Tem umas vadias nesta casa
Tem umas vadias nesta casa
Tem umas vadias nesta casa (espere)
Eu disse pervertida certificada, sete dias por semana
Buceta bem molhadinha, eu faço a brincadeira de tirar e botar perder a graça (ah)
[Cardi B]
É, é, é, é
Sim, você está fodendo com uma buceta bem molhadinha
Traga um balde e um esfregão para essa buceta bem molhadinha
Me dê tudo que você tem pra essa buceta bem molhadinha

Fiquei espantado com o quanto essa música era explícita, na tentativa de ver se somente eu estava assim me deparo com Felipe me olhando maliciosamente.

- Nem me olhe assim. — Falo andando até a pia pegando uma cebola e ameaçando jogar em sua direção, porém ele vem dançando para perto de mim com aquele sorriso provocador, me encurralando com seus braços sobre a pia.

Aí senhor,ajudar-me a não cair em tentação.

Perto da minha orelha ele sussurra palavras que tiraram as forças das minhas pernas

- Sei que vamos jantar,mas séria ótimo ter você na sobremesa. — Diz ele mordendo meu pescoço de leve e se sentando no banco que havia na bancada

Diferente de mim Livro I - Vivências Onde histórias criam vida. Descubra agora