Capitulo 2

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Quando acordo percebo um ruído do lado de fora, me levanto devagar retirando meu irmão de meu peito e vou até a janela, vejo meu pai abrir o portão da garagem e entrar com o carro fechando a garagem e entrando em casa. Olho em volta para ver se não havia algo fora do lugar, mas está tudo em ordem sento ao lado de meu irmão pondo sua cabeça em meu colo acariciando seu cabelo macio, ligo a tv e ponho no canal onde passa sempre as 18hrs minha série que estou obcecado, pois Fernanda me sugeriu assisti-la eu estava na 2 temporada, meu pai entra olha para mim e retribuo seu gesto.

- Como foi a manhã na escola? — Pergunta meu pai tirando seu terno e o colocando no braço do sofá.

- Foi bem, nada demais. — Digo e abaixo a cabeça olhando para lukas, era reconfortante vê-lo dormir tranquilo.

- Bom, vou subir para tomar um banho. — Fala e sai em seguida com seu terno na mão e sua maleta.

Foco na TV e alguns minutos depois meu pai desce e se dirige a escrivaninha perto de uma estante de livros, o que significava que teria que organizar contratos com os mercadores. Assim que o episódio acaba luke acorda, se levanta de meu colo e passa a mão em seus olhos, vai até papai que lhe dá um beijo e o coloca sentado em sua coxa envolvendo-o com seus braços, vendo que não tinha mais interesse em assistir subo para meu quarto mas antes vou até a cozinha e deixo o prato feito para meu pai dentro do microondas. Subo as escadas e fecho a porta deixando-a entreaberta, ligo o abajur que fica em cima do criado mudo, me jogo na cama e encaro o teto, pego minha mochila e procuro nas matérias a de português, vejo que havia algumas questões a serem respondidas e rapidamente pego minhas canetas, lapiseira e borracha e começo a faze-lo para me distrair, não era muito difícil apenas contar as sílabas poéticas, e seu estilo de composição. Em cerca de vinte minutos estava terminado, jogo minha cabeça em meu travesseiro e pego meu celular vendo que eram sete horas da noite resolvo conversar com alguém ( Nanda), mas porém esquecerá que estava com sua mãe, então apenas pego meus fones e vou até a escrivaninha no canto que dava visão á fora, abro uma das gavetas e pego algumas folhas em branco e uma caixa de lápis. Sei que é esquisito um garoto de desesseis anos desenhar, mas não era somente isso era uma forma que eu tinha para expressar minhas emoções. Faço um esboço de uma clareira sob o luar e um céu estrelado, tudo em mínimos detalhes, percebo a porta abrir e vejo lukas adentrar em meu quarto.

- Papai pediu para você descer. — Diz meu irmão, apenas guardo tudo de volta na gaveta e desço com ele.

Ao chegar no penúltimo degrau me reparo com um homem vestido em um jaleco branco, o que significava que trabalhava em algum hospital, olho para meu pai que me dá um sorriso e fico meio confuso.

- Gustavo esse é Matheus, um amigo da sua mãe, ele se mudou a pouco tempo para cá. —Olho para o homem que estava em frente a mim e lhe estendo a mão em comprimento.

- Muito prazer Dr.Matheus. — Digo a ele e o vejo sorri. O encaro com um semblante de duvida ainda mais confuso. Alguns fleshs vieram em minha cabeça e me sinto tonto apenas me apoiando no sofá.

- Você praticamente deve ter se esquecido de mim, mas meu filho e você foram amigos de infância. — Dou um leve sorriso me recompondo e me pondo erecto e indo até a geladeira beber um copo d'água. Ao sair, vejo o Dr pegar lukas no colo e lhe abraçar, bebo um pouco de água e me viro por de trás do balcão da cozinha ouvindo o que Matheus falava.

- Ele cresceu bastante, nem parece mais aquele Gustavo de oito anos. — Verdade seja dita eu mudei muito e não foi pouco, fiquei ali escutando a conversa entre eles e lulas sentado no colo de meu pai.

Diferente de mim Livro I - Vivências Onde histórias criam vida. Descubra agora