"Did she lie in wait?
Was I bait to pull you in?
The thrill of the kill
You feel, is a sin.
I lay with wolves, alone it seems.
I thought I was part of you."
David Guetta ft. Sia, She Wolf (Falling To Pieces)
Os lutadores da galáxia do Norte estavam junto ao tatami, na posição semelhante à que haviam ocupado da primeira vez que ali tinham estado. Número 17 não perdeu muito tempo a conferir o lugar de cada um. A diferença eram os farrapos do príncipe e de Son Goku, o entusiasmo deslocado dos dois fedelhos e o facto de ele ainda ter consigo a pequena bola de vidro que Ozilia lhe tinha dado. Estava agora no bolso das calças. O berlinde era, provavelmente, importante demais para ser guardado de uma forma tão displicente, mas seria melhor estar no bolso das calças do que fechado na sua mão, onde o poderia perder e tinha a certeza que não o poderia perder. Espreitou Ozilia que se mantinha orgulhosa e fria, no posto que definira para ela própria. Teve dúvidas se realmente os ajudava, pois dúvidas não tinha que se descartaria deles assim que conseguisse os seus propósitos, já que ela era uma deusa e procedia como todos os outros deuses.
Contudo, o palco, que à primeira vista parecia idêntico, apresentava diferenças relativamente à encenação anterior, apesar de se pretender representar a mesma farsa a que davam o pomposo nome de torneio.
A bancada estava desoladamente desocupada e mortalmente calada.
No lado oposto, o bando de escravos aguardava excitado, aos guinchos e aos pios, num burburinho enervante e inédito. Estavam a perder a disciplina ou já se tinham apercebido que, ao serem escolhidos, significava o seu desaparecimento e prezavam as suas miseráveis vidas.
Duas subtilezas que não seriam de ignorar.
O balcão continuava vazio, sem indício de que aquele trono magnífico iria ser, alguma vez, usado pelo seu esquivo dono.
O mestre-de-cerimónias gordo ocupou o seu lugar no púlpito, ajeitou a gordurosa carcaça coberta pelas suas vestimentas garridas e pregueadas, virou a cabeça para o grupo dos lutadores da galáxia do Norte.
Reinício e número 17 espevitou os sentidos.
Son Goku interpelou os dois fedelhos.
- Rapazes, é a vossa vez de entrarem em ação.
- Hai – responderam em coro.
- Lembrem-se, não se demorem demasiado no vosso combate e não se preocupem com a escolha do adversário – avisou o namekusei-jin. – Qualquer que seja, não apresentará dificuldades, pelo que têm a obrigação de acabarem depressa a vossa prestação. Compreendido?
- Hai – novamente em coro.
- E... podemos escolher dois, não é assim? – Perguntou o fedelho dos cabelos lilases mostrando dois dedos a ilustrar, inequivocamente, o número que dissera.
- Hai – respondeu Goku coçando a cabeça. – Acho que sim... As regras não diziam nada sobre isso e, mesmo que dissessem, nós já começámos a quebrar as regras.
- Eu escolho primeiro, Trunks-kun.
- Só se me deixares começar a lutar primeiro, Goten-kun.
- Combinado.
Os dois fedelhos subiram para o tatami mantendo aquele estúpido entusiasmo que estava a enervar número 17. Algo lhe dizia que nem tudo era o que aparentava ser. Número 18, que funcionava da mesma forma lógica e organizada que ele, segredou-lhe:
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Deuses e Diamantes
FanfictionDurante uma caçada na floresta, para onde se exilara, alguns anos depois da derrota de Majin Bu, o androide número 17 encontra uma estranha criatura ferida. Quando decide não a salvar, desencadeia uma série de acontecimentos que o levará até um mund...