quatro

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Deixo o telefone de lado após pedir algumas coisas para as meninas e eu comermos e então me joguei na cama de solteiro, a dividindo com a Fe

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Deixo o telefone de lado após pedir algumas coisas para as meninas e eu comermos e então me joguei na cama de solteiro, a dividindo com a Fe.

Dali a alguns minutos os meninos entrariam na quadra e dariam início à participação do Brasil no vôlei masculino. Todas nós optamos por assistir no quarto, já que tínhamos que nos concentrar para o nosso jogo no dia seguinte e ir até o ginásio poderia não ser uma boa ideia.

Havia até mandado uma mensagem para Bruno, desejando boa sorte. Ele não me respondeu e eu já esperava por isso, pois o conhecia o suficiente para saber que o levantador ao menos olhava o celular antes das partidas.

Ainda assim, achei que seria legal mandar algo.

— Pergunta: quem é o mais bonito do time brasileiro? — Brait perguntou assim que a câmera começou a focar no rosto dos jogadores.

O hino nacional soou ao mesmo tempo em que as meninas iniciavam uma discussão sobre quem elas achavam que era o mais bonito. Continuei focada na TV, mordendo um pouco o lábio quando a câmera focou em Bruno.

— Quem você acha, Rosa? — Roberta perguntou e eu pisquei, desviando a atenção da televisão e percebendo que todas me encaravam, esperando por uma resposta.

Bruno, obviamente. Achava outros do time muito bonitos também, mas na minha opinião, nenhum ganhava do Rezende.

— Ah, não sei. — Digo, dando de ombros. — Cada um tem a sua beleza.

— Que bosta de resposta. — Gabriela resmungou e eu ri, vendo ela me encarar um pouco pensativa. — Eu acho que o Bruninho é o que mais faz o seu tipo.

— Hummm, verdade! — Macris concordou e então outra discussão se iniciou no quarto, e o assunto principal era Bruno e eu.

Gabriela não estava errada, mas eu não diria aquilo em voz alta.

Nenhuma delas sabia do que nós dois tínhamos e, mesmo que eu confiasse em todas de olhos fechados, não quis contar sobre aquele caso. Uma das minhas partes favoritas em estar com Bruno era exatamente aquele sigilo.

Seguindo a velha e clichê frase "o que ninguém sabe, ninguém estraga", eu ignorei todos os comentários e soltei um:

— Eu não acho não.

*

Assim que a primeira partida da Seleção Brasileira de Voleibol Masculino acabou, firmando a vitória dos meninos de 3 sets a 0 sobre a Tunísia, todas nós nos dispersamos, indo para nossos quartos.

O silêncio tomava todo o cômodo em que eu estava, tirando os suspiros repentinos que Carol soltava durante o sono.

Tinha um pouco de inveja da facilidade dela para dormir. Eu ainda não havia me acostumado com o fuso horário e acabava perdendo boas horas de sono, o que fazia falta depois.

Aquilo estava me preocupando, até porque tinha jogo no dia seguinte e eu queria estar inteira.

Puxo o cobertor até o meu rosto, o cobrindo e bufando.

O toque de notificação vindo do meu celular me chamou a atenção e eu tirei a cabeça debaixo da coberta, me esticando e pegando o aparelho na mesa de cabeceira logo ao lado.

*
Bruno Rezende
Sai do quarto rapidinho

Rosamaria
Tô dormindo

Bruno Rezende
Vai logo, palhaça
*

Sorrio e me levanto da cama devagar, tentando fazer o mínimo de barulho possível e não acordar Carol. Provavelmente eu nem precisava me preocupar tanto com aquilo, ela parecia estar dormindo bem profundamente.

Abro a porta lentamente e saio do quarto, a fechando atrás de mim e encontrando Bruno parado do outro lado do corredor.

— Você sabe que horas são? — Pergunto baixo. — Não deveria estar dormindo?

— Não sou eu que vou ter jogo amanhã. — Retrucou e eu revirei os olhos, o vendo sorrir. — Queria te dar um beijo.

Rio e me aproximo dele, segurando em seu rosto e juntando nossos lábios em um selinho rápido.

— Ótima partida hoje, parabéns pelo resultado. — Falo.

— Obrigado. — Sorriu. — Tudo graças ao seu "boa sorte". — Disse.

— Você só viu minha mensagem depois do jogo, Bruno. — Afirmo rindo.

— Deu sorte mesmo assim. — Falou, levantando e abaixando os ombros e apertando um pouco mais as mãos em minha cintura. — E, como você joga amanhã, eu vim te desejar boa sorte também.

— Hummm, pessoalmente, ainda por cima. — Digo. — Estou muito importante. — Brinco.

Nhé, não se acha muito não. — Fez careta.

Dou um tapinha leve em seu rosto e Bruno ri baixo, me puxando para um beijo logo em seguida. Sua língua pediu passagem e eu a cedi no mesmo segundo, quase suspirando ao senti-lá na minha.

Minha mão fez um carinho na barba de Bruno e eu a desci para sua nuca em seguida, o puxando ainda mais para mim.

O ar começou a faltar instantes depois e ele nos separou, deixando selinhos em meus lábios e descendo para o meu pescoço logo depois.

— Faz isso não. — Peço manhosa, mas tombo a cabeça para o lado, dando mais espaço para ele.

Suspiro fundo quando ele dá uma mordidinha leve.

— Boa sorte amanhã, está bem? — Sussurrou.

— Um pouquinho mais e eu te trazia o ouro amanhã mesmo. — Falo. Sua risada adentrou meus ouvidos e eu sorri, o olhando quando ele afastou o rosto da curva do meu pescoço. — Obrigada.

— De nada. — Disse. — Boa noite.

— Boa noite.

Bruno juntou nossos lábios novamente e mesmo que eu quisesse muito ir adiante com aquilo, me lembrei que eu precisava dormir. Nos afasto com selinhos, como ele fez anteriormente, e caminho até a porta.

— Tchau. — Sussurro, acenando.

Recebo uma piscadinha como resposta e sorrio, entrando no quarto e fechando a porta antes que eu desse a louca e o chamasse para irmos até o hotel da última vez.

— Foco, Rosamaria. — Digo sozinha e baixo, voltando para a minha cama. — Foco no ouro, não no gostos... digo, não em homem.

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foco no ouro e no gostoso também
😎👍

Caso Indefinido ━━ Bruninho e RosamariaOnde histórias criam vida. Descubra agora