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— Alguém trouxe um remedinho? — Gabriela perguntou e se inclinou para frente em seu assento, chamando a atenção de todas nós para ela. — Um paracetamol, talvez... porque eu acho que hoje o infarto vem.
O ginásio estava lotado e era bom ver várias camisas amarelas por ali, mostrando a presença de vários brasileiros. Lá embaixo, na quadra, os times se posicionavam para que os hinos de ambos os países tocassem.
— E paracetamol evita infarto? — Brait perguntou confusa.
— Não faço a mínima ideia. — Gabi a respondeu. — Mas serve pra dor e infarto dói, pelo que eu sei. — Deu de ombros.
As duas ficaram se encarando completamente perdidas e eu neguei com a cabeça.
— Pelo amor de Deus. — Garay comentou baixo e então voltamos a atenção para a quadra.
Assim que o hino francês parou de soar, o brasileiro tomou todo o ambiente, junto com as vozes da torcida.
Podia sentir a pressão e o nervosismo como se eu estivesse na quadra junto a eles. Era um jogo extremamente importante, valendo o quarto ouro na história do vôlei masculino do Brasil nas Olimpíadas, e eu imaginava que aquilo não parava de passar na mente de cada um.
Confiava na capacidade de todos, mas estava com as mãos suadas de tamanha aflição.
O nervoso aumentou ainda mais quando o juiz autorizou o início da partida.
[...]
— Tie-break não, tie-break não... — Murmuro.
O francês conseguiu marcar o ponto e acabou por empatar com o Brasil novamente, me fazendo bufar ao ver que a decisão seria no tie-break.
Um jogo bem pegado, digno de final. Os brasileiros começaram melhor e logo ganharam o primeiro set, mas a equipe da França não deixou aquilo acontecer novamente no segundo set do jogo e empatou.
Brasil venceu o terceiro e no quarto, que havia acabado de terminar, os franceses empataram novamente.
— Eu vou pular disso aqui. — Carol falou, olhando para baixo.
— Não sei se eu tenho coração pra isso. — Digo, segurando na correntinha com um pingente pequeno em forma de cruz, pendurada em meu pescoço, e brincando com a mesma.
Mordo o lábio com certa força, olhando Renan conversar com todos os meninos. Estava louca para poder dar um beijinho em Bruno, o beijo de boa sorte, como dizíamos.
Pareceu que ele leu o meu pensamento, já que de repente seu olhar desviou do técnico e encontrou o meu. Sorrio leve e jogo um beijo para ele, que me respondeu com um sorrisinho de canto.
— Agora vai, família! — Gabriela falou, levantando os braços.
O jogo reiniciou e eu voltei à partida do Brasil x França na fase de grupos, onde o segundo set demorou para terminar. Aquele tie-break estava seguindo no mesmo caminho, já que toda vez que uma equipe marcava, a outra revidava e tudo ficava empatado mais uma vez.
O Brasil conseguiu novamente o set point e eu juntei as mãos, ficando mais nervosa.
Lucarelli sacou muito bem e isso atrapalhou um pouco a recepção dos franceses, que acabaram por devolver a bola de modo desajeitado. Thales a pegou no fundo da quadra, jogando na direção de Bruno.
Ao invés de levantar para algum dos seus companheiros, como fazia, ele deu apenas um toque, mandando a bola para o local vazio que os franceses deixaram no meio da quadra e marcando o ponto da vitória brasileira.
O ponto do ouro.
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fofocafamous É CAMPEÃOOOOOO!!!!!
Depois de quase nos matar do coração, a Seleção Brasileira de Voleibol Masculino conquistou mais um ouro e trouxe a alegria para o povo brasileiro.
O fofocafamous deseja os parabéns para todos os jogadores pela ótima campanha e pelo tetra nas Olimpíadas!
Lembramos que amanhã tem mais vôlei, com as meninas também lutando pelo ouro.
Eu tô passando mal até agora, pelo amor de Deus! É OUROOOOOOOOOO 🥇
♡ Curtido por milhares de pessoas.
username eles matam nervoso pra depois matar de felicidade
username TÔ GRITANDO
username OURO!!!
gabiguimaraes o paracetamol fez falta
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aqueles russos me pagam
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Caso Indefinido ━━ Bruninho e Rosamaria
Fanfiction✿*:・゚ ㅤ Usando um ao outro durante a marcante Olimpíadas 2016, ocorrida no Brasil, para aliviar o estresse que a competição causava em ambos, Bruninho e Rosamaria iniciaram um relacionamento secreto regado à sexo no decorrer daquela edição, até que...