nove

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Mordo o meu lábio preocupada, enquanto observava Bruno andar por todo o quarto do hotel, gesticulando e falando sem parar sobre o jogo que ele e os meninos haviam perdido para os russos horas atrás

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Mordo o meu lábio preocupada, enquanto observava Bruno andar por todo o quarto do hotel, gesticulando e falando sem parar sobre o jogo que ele e os meninos haviam perdido para os russos horas atrás.

Entendia toda aquela angústia dele, sabia exatamente a sensação de perder mesmo tendo capacidade o suficiente para ganhar, mas Rezende parecia viver aquilo muito mais intensamente do que qualquer outra pessoa que eu conhecia.

— Culpa minha. — Murmurou e se sentou na ponta da cama, se inclinando para frente.

Apoiou os cotovelos nas próprias pernas e escondeu o rosto nas mãos, negando repetidamente com a cabeça.

Me ajeito na cama, me aproximando dele e o abraçando por trás.

— Não foi culpa sua, meu amor. — Sussurro. — Tem dia que não é para ser e hoje foi um deles. Vocês ainda estão na fase de grupos, terão mais jogos pela frente e vão se sair muito bem, assim como vinham se saindo. Um jogo ruim não apaga os bons.

— "Meu amor". — Me imitou.

— Bruno, não acredito que você só prestou atenção nisso. — Bufo. Ele riu e se virou, encontrando o olhar com o meu. — É sério o que estou dizendo. Você tem que parar de se colocar como culpado sobre tudo que se diz respeito a seleção de vôlei.

O jogador mordeu o lábio e eu fiz carinho em sua barba, sem desviar nossos olhares.

— Está bem. — Murmurou.

Dou um meio sorriso e selo nossos lábios com delicadeza, logo me afastando.

— Agora vamos parar de falar disso. — Digo. — O que você quer fazer hoje?

— Hummm... — Fingiu pensar e se aproximou mais, fazendo com que eu fosse um pouco para trás e me deitasse em seguida, sentindo seu corpo sobre o meu. — Posso pensar em várias coisas.

— Que não seja sexual. — Pontuo.

— Posso pensar em umas três coisas, então. — Mudou e eu ri, o puxando para um beijo em seguida.

*

Acordo sentindo um peso sobre mim, logo me lembrando e vendo o porquê.

Bruno estava com a cabeça deitada sobre os meus peitos, agarrado à minha cintura e dormindo profundamente. Uma das minhas mãos ainda se encontrava em meio ao seu cabelo, onde eu fazia carinho antes de acabar pegando no sono.

Não deveria estar dormindo ali aquela noite. Eu tinha jogo no dia seguinte e precisava focar naquilo, mas dividir a cama com Bruno era muito melhor do que dormir agarrada a um travesseiro em uma cama de solteiro.

Além do mais, eu parecia bem melhor descansada e tranquila em dia de jogo quando dormíamos juntos na noite anterior.

Inclino a cabeça para o lado, tentando ver o seu rosto.

Levo a minha outra mão para sua face e faço um carinho leve na mesma, o ouvindo suspirar em resposta.

Me estico na cama, tentando alcançar o meu celular sobre a mesa de cabeceira sem me mover muito para não acordar Bruno ou o afastar de cima de mim. Consigo pegar o aparelho e vejo a hora.

Ainda era madrugada. Mudo o horário que eu havia colocado o meu celular para despertar, deixando para uma hora mais cedo, e então volto a posicionar o celular na mesa de cabeceira.

— Bruno. — Chamo baixo e cutuco sua bochecha. — Bruno. — Insisto.

— Hum? — Resmungou se movendo, mas não saiu de cima de mim.

— Podemos fazer conchinha? — Pergunto manhosa.

— Posso ser a menor? — Pediu no mesmo tom e eu ri.

— Está bem, mas depois vamos mudar. — Falo.

Ele saiu de cima de mim e virou as costas. Me aproximo do seu corpo e o abraço por trás, o desejando boa noite e deixando um beijo em seu pescoço.

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ai, gente
eu queria tá assim

Caso Indefinido ━━ Bruninho e RosamariaOnde histórias criam vida. Descubra agora