dezesseis

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Balanço minha perna sem parar, deixando evidente o meu nervosismo e ansiedade por conta daquele jogo

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Balanço minha perna sem parar, deixando evidente o meu nervosismo e ansiedade por conta daquele jogo.

Os russos venciam até aquele momento, com 2 sets a 1. Além disso, estavam na frente no número de pontos e mais perto de conquistar o terceiro set do que os meninos empatarem.

— Daqui a pouco o lado Bernardinho do Bruninho dá as caras. — Gattaz comentou e eu olhei para ele, o vendo se preparar para sacar e batendo na bola como se quisesse a estourar com um daqueles tapas.

— Que bom. — Digo. — Tudo funciona quando estamos movidos a ódio.

— Que horror. — Brait murmurou ao meu lado e eu ri, a olhando. — Mas é verdade. Ele bem que podia acertar na cara de um desses russos, eles estão me irritando.

— Calma, hein, pinscher. — Gabriela falou e nós rimos, enquanto Camila revirava os olhos.

— Calma nada. Vai morder a canela deles, Brait! — Disse Garay.

— Para, gente. — Carol pediu e abraçou Camila de lado. — Deixem o meu toquinho de amarrar jegue quietinha.

— Acabou? — Brait resmungou e elas riram, confirmando com a cabeça.

O apito do juiz soou e nós voltamos a atenção para a quadra, vendo Bruno jogar a bola para o alto e saltar, mandando uma pancada para o outro lado. O líbero russo não conseguiu pegar do jeito certo e acabou mandando a bola para a torcida.

— Essa eu pegava.

— Brait. — Falamos em uníssono e ela riu baixo.

— Tô só dizendo.

Sorrio observando Bruno comemorar da intensidade que só ele fazia e mordo o lábio em seguida.

— Ele é tão lindinho comemorando. — Digo.

— Ai, lá vem Rosamaria com essa boiolice dela. — Carol resmungou e eu ri.

— Estou curiosa para saber quando que vocês dois vão assumir logo esse namoro. — Falou Gattaz. — Bruninho já disse pro Brasil e pro mundo que não está solteiro, só falta revelar que é com você que ele tá.

— Não é exatamente um namoro. — Digo baixo, ignorando todo o resto.

— Se isso que vocês têm não é um namoro, então estou por fora do que signifique namoro nos dias atuais. — Disse.

— Eita, Gattaz, falou igual velha agora. — Fe falou.

— E ela é nova? — Gabriela riu e recebeu um tapa da loira.

Enquanto isso, a torcida brasileira gritava por mais um ponto conquistado pelos meninos.

— Vocês estão caidinhos um pelo outro, não entendo a enrolação. — Camila disse, batendo palmas junto aos demais torcedores. — Não é como se tivessem a obrigação de falar para todos que estão juntos, mas acho que seria legal.

— Não fica esperando a manga ficar madura, porque vem outra pessoa e come com sal. — Carol falou e nós viramos nossos rostos para ela. — PONTO NOSSO! — Gritou, levantando os braços e nos ignorando.

Voltamos nossa atenção para o jogo, o qual os meninos conseguiram virar nos pontos do set e acabaram o vencendo, fazendo a partida ir para o tie-break.

— Eu não tenho coração pra torcer não, só pra jogar. — Fe Garay falou, apertando uma mão na outra e olhando ansiosa para a quadra.

— Odeio tie-break. — Resmungo.

Estava bem disputado, como sempre. Um ponto do Brasil, outro da Rússia, e assim seguiu até os brasileiros chegarem ao set point.

Com um levantamento de Bruno, Lucão atingiu a bola, que acabou indo para fora, mas no mesmo segundo ele afirmou que havia tocado no bloqueio. O ponto havia sido marcado a favor da Rússia, então Renan pediu pelo desafio.

— Se o Lucão tiver mandado essa bola pra fora, ele vai ficar sem as duas dele. — Gabriela ameaçou e eu até riria da maneira que ela falou, se não estivesse a um passo de morrer de ansiedade.

O telão foi tomado pela imagem do ataque do Brasil, mostrando claramente que a bola havia tocado no bloqueio formado pelos jogadores da Rússia antes de ir para fora.

Antes mesmo do juiz confirmar que o ponto havia sido do Brasil, os meninos e todos os brasileiros presentes já estavam comemorando.

*

Rio pelas cócegas que a barba de Bruno me causavam enquanto ele distribuía beijos pelo meu rosto. Parecia que era eu quem tinha acabado de me tornar finalista.

— Estou tão feliz! — Falou.

— Estou ainda mais feliz por você, meu amor. — Digo sorrindo e seguro em seu rosto, o enchendo de selinhos. — Quase morri do coração, hein.

— Ainda bem que não morreu. Imagina viver em um mundo sem você? Que horror. — Disse e eu ri.

— Parabéns. — Sussurro e Bruno sorri.

— Obrigado, meu amor. — Falou no mesmo tom e segurou em minha nuca, me beijando.

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perder p rússia é o meu pau

Caso Indefinido ━━ Bruninho e RosamariaOnde histórias criam vida. Descubra agora