quatorze

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Mordo o cantinho do meu lábio inferior, balançando a cabeça minimamente para a entrevistadora e prestando atenção à pergunta sendo feita por ela

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Mordo o cantinho do meu lábio inferior, balançando a cabeça minimamente para a entrevistadora e prestando atenção à pergunta sendo feita por ela.

— Diz pra gente. — Pediu ao terminar.

— Bom, eu acho que a equipe toda jogou muito bem hoje e felizmente conseguimos passar para a semifinal. — Digo e passo a mão em minha barba. — Agora já estamos focados no próximo jogo, para conseguirmos chegar até a final e conquistar o ouro para o Brasil outra vez.

— O próximo adversário de vocês é a Rússia, o único time que ganhou do Brasil na fase de grupo. — Falou e eu quase revirei os olhos. — Você imagina que será um jogo difícil?

— A equipe russa é muito boa e assim como nós está em busca do ouro, então creio que será um jogo bem acirrado. — Falo. — Mas, como eu já disse, nosso time está focado e todos nós trabalhamos muito para chegar até aqui. Somos uma equipe muito boa também e estamos aí na luta.

— Toda a sorte do mundo para vocês, o Brasil inteiro está torcendo para que venha mais um ouro. — Disse e eu sorri simpático, acenando com a cabeça. — Agora mudando um pouco de assunto, Bruninho. Você está acompanhando o sucesso que está fazendo nas redes sociais?

Meu cenho se franziu devagar e eu neguei com a cabeça.

— Não costumo ser muito presente nas redes sociais nesses momentos. — Digo.

— As pessoas estão completamente apaixonadas por você. — Falou sorrindo. — E essas mesmas pessoas encheram os meus perfis pessoais de mensagens, pedindo para que eu fizesse uma pergunta pra você quando te entrevistasse.

Levanto as sobrancelhas curiosos e confirmo com a cabeça, esperando pelo que ela perguntaria.

— Você está solteiro, Bruninho?

Rio e levo as mãos até o rosto, pressionando meus olhos. Eu deveria ter imaginado que seria aquilo, já que aquela era uma das perguntas que mais me faziam.

Volto a olhar para a jornalista, que esperava por uma resposta.

Olho para a câmera na minha frente e respondo:

— Não, eu não estou.

*

Me encosto na parede do corredor e brinco com a correntinha em meu pescoço, olhando para a porta à minha frente e esperando alguém atender após eu bater na mesma.

Caso Indefinido ━━ Bruninho e RosamariaOnde histórias criam vida. Descubra agora