18.

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POV. Stiles.

Já fazem uns dias que Dory se entregou a Lúcifer e hoje finalmente encontrei o portal do interno.

Claro que não é uma coisa muito fácil de achar, mas nada que eu não consiga não é mesmo?

Suspiro fundo olhando a paisagem a minha frente.

Estou no meio de uma estrada deserta, e há árvores dos dois lados da estrada.

Suspiro fundo.

Claro que a estrada era bem acessível, pelo o que me falaram o movimento ali é frequente, mas para entrar no inferno temos que passar por algumas etapas... O que não vai ser nada fácil, é claro. Se fosse para outra pessoa.

Como sou filho de Lúcifer, eu sou o príncipe do inferno e tenho passagem livre para o local, então é só derramar um pouco de sangue no chão onde fica o portão invisível do inferno e então ele se abrirá e poderei passar.

É missão suicida? É, claro que é.

Mas a vida de Dory está em perigo e eu não vou permitir que ela morra.

Suspiro fundo e corto minha mão e deixo o sangue cair no lugar onde é pra ser o portal.

Sorrio ao ver que deu certo. Porém logo um demônio entra na minha frente.

- tenho ordens pra não te deix... - estralo os dedos e ele explode em minha frente.

- agora não tem mais - sorrio e atravesso o portal.

Por um momento tudo fica escuro, mas segundos depois o inferno aparece a minha frente.

Franzo o cenho.

Cadê todo o fogo? Os demônios? Pessoas sofrendo? Lúcifer...

Tudo o que vejo na verdade são terras vermelhas e o céu completamente negro.

Não parece haver nada em quilômetros.

- faz sentido o inferno ser um enorme vazio... Nem tanto, mas faz - falo alto e pego a adaga e começo a gira-la entre os dedos. - Lúcifer? Tá em casa? - pergunto com ironia.

- Na verdade, estou sim - o homem fala aparecendo a minha frente - e gostaria muito que você me chamasse de pai.

- como desejar, Lúcifer - debocho e vejo suas pupilas dilatarem um pouco. - Cadê a Dory?

- sua irmã? Tá onde deve estar, assim como você.

- então quer dizer que o grande sonho do diabo é ter a família reunida? - me aproximo dele, ficando a centímetros do mesmo - que pena que você não é minha família.

- meu sangue corre em suas veias.

- Grande coisa - corto a mão novamente e deixo meu sangue escorrer na terra seca, mas que era tão vermelha quanto meu sangue - isso não quer dizer que você realmente seja meu pai.

- e como não?

- Ah, por favor Lúcifer! Até o void seria um pai melhor do que você - reviro os olhos e vejo que o atingi em cheio.

- Não vai recuperar sua irmã, e não vai sair daqui.

- Sim, eu vou. Dory e eu vamos sair daqui e...

- Voltar pros Mikaelson? Pedir desculpas? Eles seguiram com a vida deles, Stiles. Você mesmo viu. Por que quer continuar atrás daquilo que te faz sofrer?

- Família não abandona família. - a risada de Lúcifer ecoa pelo lugar.

- Ora, faça-me um favor! Você os abandonou primeiro, e depois Dory te abandonou. - sinto meus olhos arderem pelas lágrimas contidas - Não tem volta, fi... - ele faz menção de tocar meu cabelo mas seguro seu pulso e meus olhos brilham na cor negra.

- Não toque em mim, seu verme nojento - Aperto seu braço com força e jogo ele pra longe, sem usar minha magia, é claro.

Volto a caminhar sem rumo.

- Você não conhece o inferno Stiles, e é humano! Vão te matar! - Lúcifer grita ao longe.

Fecho os olhos com a intenção de localizar Dory.

- Se tentarem ao menos de aproximar, vão ter o mesmo destino que aquele demônio lá fora teve - respondi sem nem olhar para o mesmo.

Eu sei onde Dory está, e agora isso é tudo o que me importa.

Um Amor Inesperado - stikolOnde histórias criam vida. Descubra agora