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PATÉTICO, WHEELER

O ROSTO BONITO DE MORGAN CARTER, NÃO FAZIA SUA VIDA SER PERFEITA COMO O MESMO

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O ROSTO BONITO DE MORGAN CARTER, NÃO FAZIA SUA VIDA SER PERFEITA COMO O MESMO. Seu passado assustava seu presente, seu passado destruiria amizades e seu passado, destruía a si mesma. Óbvio que a menina fazia questão de dizer para todos que a perguntassem sobre sua vida, que tal era perfeita, muito bem, obrigada, mas claro, mentir sempre é mais fácil quando se trata de um passado destruidor.

- Estamos chegando, mãe? - Perguntava a pequena Morgan de apenas 13 anos de idade.

- Estamos sim Morg, acho que em cerca de trinta minutos estaremos colocando nossos pés na nossa nova casa. - respondia sua mãe sorrindo - Finalmente estaremos em um lugar seguro, hm?

Morgan, portanto, não respondeu a mãe, nem se quer sorriu, apenas apoiou sua cabeça na janela do carro, e como estava fazendo calor, a menina puxou a manga de sua camiseta, deixando possível ver a marca de seu passado, seu passado sombrio. Acredite em mim, Morgan não gostava nem um pouco da ideia de precisar levar consigo a marca de algo que a machucava, isso era até um tanto quanto perturbador. Se Morgan pudesse tirar aqueles números de seu braço e aqueles poderes de sua mente, ela tiraria.

Porém, agora que menina estava em um lugar novo, o que poderia acontecer? Morgan não sabia, mas a palavra "novo" assustava um pouco a jovem. Não que ela não estivesse gostando da ideia de deixar aquele lugar para trás, e ir para um novo, mas apenas por ser um lugar diferente, com pessoas diferentes, acabava por ser algo assustador.

A menina queria poder chorar. Ficar sem fazer nada, era sinônimo de pensar, e, pensar muito sempre fazia com que Morgan chorasse. Como ela odiava ser assim. Contudo, Morgan já havia chorado o suficiente na frente de sua mãe, não faria isso de novo. Bem, não agora, afinal Emily estava contente e a jovem Carter não queria estragar a alegria de sua mãe.

- Morgan? - Sua mãe chamava olhando para a Carter mais nova, ao perceber que a garota parecia alheia a situação- O que houve? Pensamentos ruins novamente?

- Eu não sei. - Murmura Morgan em resposta. Mas é claro, ela sabia, sabia exatamente o que estava acontecendo com sua cabeça naquele momento, mas, o laboratório não era lá aquele lugar que Morgan gostava de ficar falando. Ainda mais quando a culpa ainda a preenchia por ter colocado fogo no lugar.

Alguns minutos depois, as duas chegaram na tão esperada cidade de Hawkins, localizada em Indiana. O carro passou por um escola, por um mercado e logo depois por uma delegacia. Morg pôde ver um homem que parecia ser alto, com barba e uma roupa de policial, contendo um crachá escrito algo que terminava com Hopper. O carro continuou entrando pela cidade, passando por um fliperama e seguindo por algumas ruas. Bem, talvez essa cidade não fosse um lugar muito ruim.

Logo após passarem por grande parte da cidade, chegaram em uma rua sem saída, onde sua nova casa estava localizada. A casa ficava em uma localização boa, perto de uma outra casa grande e próxima de bons estabelecimentos. A nova moradia das Carter tinha dois andares e já estava toda cheia de móveis, já que Emily comprara a estadia com a decoração já feita. As paredes da casa traziam um ar aconchegante, afinal não eram brancas (morg agradecia profundamente por isso).

- Bem vinda a nossa nova casa. - Fala a mais velha.

Morgan, assim que entra na casa, começa a olhar por todos os cantos que passava, era uma casa bonita. A menina passava suas mãos pelas paredes sentindo suas texturas diferentes. Bem, essa casa pelo menos não continha as paredes sujas de sangue. Era um lugar tranquilo, era um lugar bom, aquele sim poderia ser seu novo lar. A Carter então, pegou sua mala e levou o objeto até seu mais novo quarto.

A menina começou a desfazer sua mala e a guardar seus pertences no seu novo armário marrom, que ficava ao lado de uma pequena escrivaninha branca. As paredes de seu quarto eram bonitas, combinavam com todo o ambiente e traziam um ar de aconchego, um ar bom. Seu quarto era um lugar bonito, era iluminado e repleto de pequenos detalhes que chamavam a atenção da menina, como o pequeno rádio que ficava ao lado de sua cama. Bem, talvez Morg já tivesse seu lugar favorito em seu novo lar.

O que Morgan não sabia, ou melhor demorou um pouco para descobrir, foi que alguém estava a observando, alguém tão quebrado quanto a menina, mas Morgan não fazia ideia do quão quebrado esse alguém estava, e também não fazia ideia de que esse alguém seria sua melhor companhia pelo resto de sua estadia na nova cidade.

Um menino, aparentemente alto, de cabelos pretos a observava pela janela de seu quarto, que dava de frente para o quarto de Morgan. A única coisa que dividia as duas janelas, além da distância, era um árvore, mas a planta era inútil para espionagem, já que era possível ver qualquer coisa dos dois lados, sem ter onde se esconder.

Quando Morgan se virou para pegar um vestido e pendura-lo em seu armário, viu o estranho menino olhando para ela. O que ele queria? Ou melhor, quem ele era?

- Só pode estar de brincadeira. - Murmurou indo até sua janela - Perdeu alguma coisa? - Falou alto o suficiente para que o menino pudesse ouvi-la.

O garoto, claramente constrangido por ter sido pego bisbilhotando, abriu a janela de seu quarto para responder a pergunta de Morgan, mas o que ele responderia? Qualquer coisa entregaria que ele estava apenas olhando para Morgan pois achou ela bonita, ou então poderia fazer com que a menina achasse que o mesmo era algum tipo de psicopata, planejando seu próximo massacre.

- Desculpe, é... eu me distrai. - falou coçando sua nuca e buscando pelas palavras certas. - Você é nova na cidade?

- Sim. - Respondeu Morgan - Me mudei hoje, a propósito, me chamo Morgan, Morgan Carter, e... você é?

- Michael, Michael Wheeler.

- Certo, Wheeler, e qual seria o motivo de você estar olhando para minha janela?

Na mosca. Wheeler estava sem saída, pensou Morgan. Não que a menina achasse que o tal de Michael Wheeler seria capaz de acha-la bonita ou então de matar uma pessoa, na verdade, ela nem sabia muito bem como seguir uma conversa, ou o que pensar sobre o garoto, mas a menina era curiosa, queria uma resposta para sua pergunta.

- Bem hum... acho... acho que eu vou indo, até mais, Morgan. - Disse o Wheeler fechando a janela de seu quarto e sumindo do campo de visão de Morg, que, confusa, fechou sua janela.

- "Acho que vou indo, até mais, Morgan". - Falou imitando a voz do menino, e, revirando os olhos, acabou dando um pequeno sorriso de canto. Por mais que a conversa não tivesse sido uma das melhores, Morgan por um lado, achara o Wheeler engraçado e um tanto quanto atrapalhado. - Patético, Wheeler.

O dia de Morgan tinha sido longo, e a Carter iria pra escola no dia seguinte, seu primeiro dia de aula em Hawkins e seu primeiro dia de aula em um escola de verdade. Morgan nunca havia frequentado uma escola, no laboratório a menina não tinha nenhum tipo de aula, e quando conseguira fugir do lugar, sua mãe a ensinava o que sabia, além de chamar professores de confiança para ensinarem à sua filha. Mas Morgan, nunca saia de sua casa, não no Missouri.

JUST STAY HERE - mike wheelerOnde histórias criam vida. Descubra agora