CAPÍTULO 13

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O desafio não rolou, mas gostei do engajamento de vocês.

BOM CAPÍTULO MEUS AMORES!!!

NICOLAS

O que a gente faz quando tem uma companheira que você nem sabia que queria?

O que faz com a necessidade quase beirada a obsessão que você acaba tendo por uma mulher que você mal conhece? Uma mulher que você não sabe nada direito mas todo dia sente um fio puxando você em direção a ela? Como um maldito ímã?

Eu tentei ignorar porque essa situação tinha todos os alarmes, todas as bandeiras vermelhas viradas em minha direção. Eu sabia que isso daria errado.

Eu era um homem com uma filha e uma ex um pouco complicada.

Ela era uma mulher que queria sua independência acima de tudo e eu queria uma família.

O que eu faço com isso?

E foi por isso que eu consegui ficar dias afastado.

Mas agora, ver de perto o olhar do Romeu pra ela... eu não iria aguentar. Não iria aceitar! Ela era minha!

Toda a necessidade, toda vontade se uniu naquele rosnado que eu não conseguia controlar.

Outro macho rondando o que era meu. MEU!

Scarlet olhou para mim e choque e veio até mim.

Eu sabia que estava chocando a todos, mas não me importei, eu estava... precisando dela.

Dela perto de mim.

Sabia que era insano e irracional, mas os instintos mais básicos do lobo entraram em ação. A possessividade que todo tem.

Quando ela chega perto com o pescoço a mostra em submissão, eu rosno de novo e a puxo para mim. Sentindo o cheiro dela tão perto do meu, seu corpo colado ao meu, era intoxicante. Acaricio meu rosto no meu pescoço, me impregnando com o cheiro dela.

Não posso mordê-la.

Não posso marcá-la.

Eu lutava contra isso enquanto eu cheirava seu cheiro e deixava que ele me acalmasse. Ela fica parada no meu abraço até que eu consiga me acalmar por inteiro.

Minha. Minha. Minha.

Você está mais calmo? — Ela pergunta baixinho.

— Sim. — Mas não a solto. Não ainda.

Levanto a cabeça e vejo que todos tinham se afastado.

Ótimo.

Essa mulher... ela me tirava do eixo e eu precisava concertar isso.

— Precisamos conversar. — Eu digo sério para ela e ela levanta a cabeça para me olhar e balança a cabeça antes de se afastar.

Eu deixo, mas não muito.

Pego na sua mão e a levo até uma pedra mais afastada e que estava nas sombras. Costumava ir ali para pensar e gosto de saber que minha filha também gostava daquele pedaço de terra tanto quanto eu.

Nos sentamos um de frente para o outro, mas precisando da conexão, continuo segurando sua mão, fazendo carinho na sua mão com o polegar.

— Eu não sou de fazer rodeios, Scarlet. Você é minha companheira.

Ela me olha com os olhos castanhos claros com clara resignação. Ela sabia disso, mas não queria isso.

Eu tento conter a dor no meu peito ao saber disso, mas não podia julgá-la. Eu também não queria uma companheira tão cedo.

— Eu sei. — Ela suspira. — Acho que tentamos lutar contra isso o máximo possível, hein?

Aceno em concordância.

— Acho que ambos sabemos que isso não poderia ter acontecido em uma época mais turbulenta e confusa. — Tinha coisas que eu ainda não tinha contado a ela. Coisas que botavam tudo isso em risco. — Eu sabia que era provável que algum dia eu encontrasse minha companheira, mas as responsabilidades me fizeram esquecer disso e eu acabei aceitando que talvez fosse ficar sozinho e tudo bem. Sua chegada é... inesperada.

Ela bufa.

— E você acha que eu queria me amarrar pra sempre a um cara? Perder minha independência enquanto eu ainda estou me descobrindo? Eu perco o controle do meu corpo quando fico perto de você. O que eu faço com isso? — Ela direciona o olhar para as nossas mãos unidas. — Tudo o que eu quero agora é me arrastar pro seu colo e ficar aninhada ai e essa não sou eu.

Eu rosno com a fala dela.

— O que tem se permitir um pouco de carinho?

— Um pouco carinho vai me levar a dependência e eu não sou essa mulher, Nicolas. Eu ainda estou trabalhando em mim, em amadurecer e ser diferente. Eu não posso de repente assumir toda uma responsabilidade que eu nem estou pronta.

— As vezes as coisas acontecem sem que estejamos prontos. A gente nunca está pronto até estar. E o que aconteceu agora pouco é uma prova disso. Lutar contra isso não é o que a gente precisa mais.

— Então o que faremos? Se lutar contra não funciona, o que a gente faz?

— A gente tenta. — Assim que as palavras saem da minha boca eu percebo o quanto queria dizê-las. Eu queria isso. Queria tentar e nem sabia que queria até dizer.

Ela me desafiava, me irritava, me excitava e me deixava louco. Eu tinha que explorar isso, não tinha? Tínhamos que dar uma chance a essa coisa louca que aconteceu.

— E se não der certo? — Ela me olha tímida pela primeira vez. — Eu não sou fácil, Nicolas. Eu tenho meus próprios problemas e não quero trazê-los para sua família. E se eu não for boa para a sua filha?

Agora é a minha vez de bufar.

— Minha filha já te vê como a heroína dela. E outra coisa, é por isso que vamos descobrir tudo juntos, por isso que vamos tentar para saber, mas eu não posso tentar sozinho. Se lutamos tão arduamente contra, talvez seja a hora de tentar lutar a favor.

Ela me olha com aquele aquele fogo nos olhos que me faz querer puxar seu corpo contra o meu, mas tudo tinha que ser levado com calma.

Lutamos tanto contra isso, então podíamos tentar dar uma chance a favor disso.

— Eu topo.

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SCARLET (Sol da meia-noite #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora