Pedido do meu querido oikawxt! Obrigada por me apoiar tanto.
Capa é um edit da arte de Zumi-kun (twitter/ZumiIwa) feita pela Isa Weber (instagram/isa_weber_art).
Sol, areia, mar, brisa refrescante. Coisas mundanas que Hajime apreciava e o faziam se sentir tranquilo e relaxado. Sentar embaixo da guarita dos salva vidas, pés na areia, olhar pro mar e curtir o movimento e o som das ondas. Era isso que ele imaginava fazer nas suas férias, nada muito mais do que isso.
Mas é claro que não poderia ser assim, tão simples.
A família Iwaizumi tinha uma casa na praia que era usada de maneira coletiva por ele, seus irmãos, pais, tios e primos. Quase sempre era uma zoeira boa, muita gente pra poucos quartos, mas muito amor e comidas deliciosas.
Naquele final de semana específico a previsão era de chuva, algo que facilmente espantava boa parte da família. Hajime gostava assim, amava sua família mas também amava o sossego de quando tinha a casa só para ele.
As chuvas de verão não o tirariam do seu objetivo de curtir a praia, e ele não era o único que pensava assim. Se tinha um grupo de pessoas que não se abalava, fizesse frio, chuva ou até um maremoto, eram os surfistas.
Hajime conhecia alguns deles, muito por frequentar a mesma casa na praia desde criança. Eram convivências muito específicas, daquelas que você se apega e se doa pelo infinito período de um verão, até que ele acaba bem mais cedo do que você imaginava e não fala com a pessoa até o ano seguinte.
O mais engraçado era pensar como as pessoas mudavam de um ano para o outro. Uns surgiam de cabelos compridos, alguns sumiam e nunca mais voltavam para aquela praia, outros simplesmente se tornavam babacas e Hajime os desprezava. Mas tinha uma pessoa em especial que parecia insistir em se fazer presente todos os verões.
Oikawa Tooru, o moleque mais desgraçado que Hajime conheceu naquela praia.
Conheceu ele ainda muito criança, quando estava andando de bicicleta pela rua de trás e ele literalmente o atacou demandando que entrasse numa partida de vôlei no quintal da casa dele, pois faltava uma pessoa. Dali em diante, Hajime se viu obrigado a participar de tudo que Oikawa inventava, e por mais que ele reclamasse e o xingasse dizendo que não ia fazer tudo que ele queria, ele sempre acabava fazendo e se divertindo no processo.
O surf veio mais tarde, na adolescência.
Oikawa botou na cabeça que ia comprar uma prancha, obrigou Hajime a ajudá-lo a fazer pulseiras com as miçangas abandonadas pela irmã mais velha dele, e depois de vender e acumular a enorme quantia de 37 reais e 35 centavos, a mãe dele comprou a prancha pra ele. Ele ainda teve a cara de pau de dizer que o plano tinha sido um sucesso.
O tempo passou, o surf continuou sendo importante para Oikawa, e Hajime continuou atendendo os caprichos dele, mas praticamente todo o resto mudou.
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Haikyuu para Maiores Vol.2
FanfictionCada capítulo um shipp diferente em contos curtos, independentes e definitivamente voltados para maiores de idade. Ships são descritos no título de cada capítulo e podem ser lidos em qualquer ordem.