Haikyuu para Maiores Vol.2

OsaSuna em Primeiros Encontros

Agradecimento especial a /uchihaetc no twitter que fez essa encomenda!!! Ela me deixou livre pra criar com esse ship, e como eu sou a doida da gastronomia não podia deixar de explorar esse lado do nosso querido Osamu. ALERTA PARA: fofisse.

Sous chef = sub-chefe, braço direito do chefe de cozinha.

Inari = referente a divindade xintoista simbolizada pela raposa. 

Sashimi = lâminas/fatias de peixe cru

Niguiri = formato de sushi feito com arroz e fatia de peixe por cima. 

OUTRAS DÚVIDAS ME PERGUNTEM.

_________

Uma coisa que pouca gente percebe sobre restaurantes é como a meia luz e a música ambiente cria uma falsa sensação de privacidade. Quando Osamu abriu as portas do Inarizushi, restaurante especializado em sushis e bentos, ele fez questão que à noite o lugar tivesse uma aura mais íntima.

A clientela do jantar era bem diferente da gente apressada que vinha almoçar correndo qualquer que fosse o prato mais barato do dia. À noite a maioria dos clientes era mais tranquila, normalmente casais, dos mais variados perfis.

Inarizushi não era um lugar caro nem muito barato, era relativamente grande e espaçoso o suficiente para não ter filas, e a luz baixa garantia que os clientes se sentissem à vontade. Tão à vontade que muitas vezes esqueciam que estavam em um local público.

Como bom sushiman que era, Osamu sempre ficava no balcão atendendo os pedidos que chegavam via sistema com a ajuda de seu sous chef. Enquanto trabalhava ele podia observar a clientela ir, vir, comer e... conversar. Era incrível como as pessoas realmente não percebiam o quão alto falavam, ou que simplesmente não estavam sozinhas.

Osamu já tinha ouvido as histórias mais malucas, desde terríveis experiências de trabalho, viagens que deram errado, tragédias tristíssimas, celebrações e as fofocas das mais variadas. Mas, sem dúvidas, o que ele mais gostava de ouvir eram os primeiros encontros.

Era quase cômico pois quando a pessoa entrava no salão Osamu já sabia que ela tinha vindo pois tinha marcado um encontro através de algum aplicativo de namoro. E quando o outro chegava, Osamu já apostava consigo mesmo se o encontro seria bom ou não. Era o tipo de coisa que passava na cabeça dele enquanto cortava mecanicamente mais trinta fatias de sashimi.

Foi numa noite de quinta-feira que Osamu reparou num rapaz sentado numa das mesas, claramente esperando por seu encontro de aplicativo chegar. Osamu pensou estar tendo um deja-vú. O homem usava uma capinha de raposa no celular e ele já o tinha visto sentar naquela mesma mesa e esperar por outra pessoa daquela mesma maneira, e não fazia muito tempo. Ele tinha chamado sua atenção por, claro, ser muito bonito, mas também porque quando a outra pessoa chegou para o encontro, era um homem também.

Prestou bastante atenção nesse segundo encontro, vendo como ele conversava com o outro mantendo uma expressão fria. O sujeito falava do próprio trabalho tentando ostentar o cargo que tinha como líder da equipe ao mesmo tempo que não dava detalhes "para não entediá-lo". Ele parecia de fato bem entediado para Osamu, e teve certeza quando viu ele pegar o celular com a capinha de raposa do bolso e começou a mexer nele enquanto o outro falava. Apostou consigo mesmo que aquele encontro não iria muito bem.

Eles nem pediram sobremesa e o rapaz bonito, que aparentemente gostava muito de raposas pois Osamu reparou que a tela de bloqueio dele também era uma raposa, pediu a conta e pagou a parte dele, rapidamente chamando um carro por aplicativo. Osamu devia de fato apostar com alguém pois talvez ganhasse alguma coisa já que acertava sempre.

Foi na quarta-feira da semana seguinte que o rapaz das raposas apareceu novamente. Outro encontro. Ele nem esperou outra pessoa chegar, logo pediu uma entrada e uma bebida, parecia entediado de novo. O sujeito que chegou para jantar com ele era igualmente bonito, mas de poucas palavras. O das raposas até tentou fazer meia dúzia de perguntas mas não insistiu.