Osamu&Atsumu em Outro Tipo de Amor

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GENTE essa história estava vivendo sem pagar aluguel na minha mente, então eu precisei expulsar ela jogar pra cá. Não é encomenda de ninguém, mas eu singelamente quero dedicar ela a Liv_Carter_ que me aguenta sempre. 

Obrigada patypotter pela betagem maravilhosa de sempre <3 

AVISOS IMPORTANTES:

- Universo OMEGAVERSE diferenciado, bem do jeito que eu gosto. 

- NÃO é uma história de incesto  mas se você tem muita aversão ao conceito, melhor não ler. 

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Desde que me conheço por gente, Atsumu sempre esteve comigo. Acho que talvez seja assim para qualquer pessoa que tenha um irmão gêmeo, mas não importa. Essa é a minha história, então vamos falar sobre como eu a vejo.

Se você não tem um irmão, talvez você não saiba o que é ter, em todas as suas memórias da infância, boas e ruins, a presença mais que constante de alguém. Ele estava sempre comigo.

Muito mais que um amigo qualquer, mais que meus pais, ele era uma presença constante ao meu lado em absolutamente qualquer momento. Eu nasci e cresci rodeado de muitas coisas, mas a principal delas era com certeza Atsumu.

Além de ser essa pessoa que fazia eu perder a paciência mais vezes do que eu achava possível, Atsumu tinha um cheiro só dele. E sim, eu sei, todo mundo tem um cheiro e isso não devia ser nada de especial. A questão é que como nós vivíamos juntos, o cheiro dele impregnava tudo que era nosso, ao ponto de eu confundir com o meu próprio.

Nosso quarto tinha o nosso cheiro, assim como nossos brinquedos.

Foi só na escola que eu realmente aprendi a diferenciar e separar o cheiro dele do meu e do resto do mundo. Foi na escola, convivendo com outras pessoas, que comecei a perceber que certas nuances no cheiro dele passavam despercebidas para as outras pessoas, mas pra mim eram tão óbvias.

As pessoas no geral atribuíam aquilo ao fato de sermos gêmeos idênticos. Não era nada surpreendente que eu soubesse o que ele sentia, afinal ele era "uma cópia" de mim e vice-versa. Esperavam que a gente tivesse os mesmos gostos, as mesmas opiniões, a mesma personalidade.

Nunca estiveram tão errados.

Atsumu e eu somos tão diferentes quanto água e vinho, mesmo estando totalmente unidos como os dois lados de uma moeda. Diferentes, opostos, mas dependentes um do outro.

Atsumu estava constantemente me empurrando pra frente. Às vezes eu olhava para os meus amigos que não tinham irmãos e pensava o que eu faria se não fosse aquela presença constante aporrinhando minha vida. Certamente eu seria um preguiçoso, estagnado, sei lá. Eu com certeza comeria o dobro da comida por não ter que dividir com ele, no mínimo.

Mas além de me obrigar a dividir todas as minhas refeições com ele, Atsumu não permitia que eu ficasse parado, fosse no sentido físico ou no psicológico. Ele constantemente me desafia e me motiva a basicamente tudo. Vôlei, estudos, pintar o cabelo, qualquer coisa. Se ele fazia algo, eu queria fazer melhor. Se eu conseguisse, ele tentava me superar de novo.

Nossa relação foi sempre assim desde que a gente aprendeu a falar, e era tão natural pra nós quanto a presença um do outro.

Foi só na puberdade que, para quem via de fora, nossas diferenças ficaram acentuadas. Com uns 12 ou 13 anos, as pessoas no geral já não nos confundiam mais e pararam com aquele costume chato de nos tratar como um único ser indivisível. Se antes tudo que um fazia, o outro deveria fazer também, agora já reconheciam que tínhamos interesses, vontades e habilidades diferentes.

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