07 || NADAR CONTRA A MARÉ...

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ANY GABRIELLY


Eu acordei com uma dor de cabeça horrível, minha mente estava confusa, lembro de lapsos, das mãos daquele homem tentando me agarrar, e eu batendo nele, e de Joshua também...ele me ajudou.

Acho que ele ficou aqui depois que chegamos, meu quarto estava com seu cheiro.

Eu me levantei vagarosamente e percebi que minha mãe estava na porta, me observando, com uma cara de confusa, como se estivesse tentando decifrar meus pensamentos, foi quando eu entendi. Josh contou a ela, eu vou esganar ele.

— Mãee! — eu me levantei, e fui ao seu encontro.

— Oh minha filha! — minha mãe me abraça fortemente.

— Eu juro que não foi minha culpa — minhas lágrimas estavam novamente escorrendo copiosamente.

Depois de um longo tempo, minha mãe conseguiu me acalmar. Eu contei tudo que havia acontecido e foi aí que ela quem entrou em desespero, e ativou no modo mãe/superprotetora/advogada.

Nós fomos na delegacia fazer um boletim de ocorrência, por mais que eu dissesse que não queria, ela disse que era necessário.

E eu fiquei pensando em todas aquelas meninas que não tem uma proteção, que não tiveran a sorte que eu tive de ter Josh ao meu lado naquele momento e que não tiveram uma pessoa que ajudassem a elas, para que não se calarem perante esse ato cruel e criminoso.

Depois de voltarmos da delegacia, minha mãe não saiu do meu lado, ou seja, não me deixou ir a escola, eu perderia tanta coisa em somente um dia, mas ela disse que a escola não ia se destruir se eu não estivesse lá, o que eu duvidava muito.

Passei a manhã toda entediada, mas por um lado eu fiquei grata por não ter que encarar o mundo hoje.

Eu fui à casa de minha madrinha dá uma volta com Daisy que sempre foi uma ótima companhia e apesar de não ser sua dona oficialmente, ela não deixava de ser minha filha. Desde pequenos eu e Josh dizíamos que éramos os pais dela e que compartilharíamos a sua guarda, o que era muito engraçado, mas era algo verdadeiro.

Depois do meu passeio com Dai, eu voltei para casa para tirar um cochilo, era bom ter um tempo só para mim, geralmente eu me preocupo com o que as pessoas vão pensar como eu dirijo as coisas de minha autoria, o que é totalmente desgastante.

🤍


Eu não sei quanto tempo eu dormir, olhei pela fresta da janela e já estava de noite. Eu estava sozinha em casa, já que todas as luzes estão apagadas.

Desci para o primeiro andar, eu ia cozinhar, mas preferi ficar longe do fogão e pedi uma pizza, e assisti a um filme, já que minha mãe tomou meu celular hoje, não tinha muitas opções.

Coloquei um filme qualquer e me joguei no sofá, não demorou muito para o pedido tocar, assim que a campainha tocou eu fui correndo para abrir a porta em um só tempo, foi quando dei de cara com ele.

O que ele estava fazendo aqui, ainda mais com flores? Eu só podia estar delirando.

— O que está fazendo aqui? — perguntei incrédula.

— Boa noite! Como está? Eu estou bem. — ele se encostou na porta — Não vai me convidar para entrar?

— É claro que pode entrar — eu deixei a passagem livre — Mas não me respondeu o que está fazendo aqui?

— Primeiro, são para você — ele me entregou um buquê de margaridas — Segundo, como não foi para escola, eu resolvi vir aqui para ver se estava bem.

REASONS || BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora