REASONS || BEAUANY

010 || TENTATIVAS FALHAS...

ANY GABRIELLY

Meu peito doía muito, eu estava em um estado que eu não me encontrava a muito tempo — a ponto de ter uma crise —  desde quando eu e Josh rompemos, eu prometi a mim mesma que jamais choraria por ele novamente.

Ou me deixaria ser levada por esse caminho — isso só mostra o quão idiota eu fui — e olha só eu aqui novamente, encolhida em cima da minha cama deixando que as lágrimas tomassem conta de tudo, torcendo para que apenas elas não me sufocassem.

Minha vontade era de berrar e bater naquele imbecil, mas eu não devo culpa-lo. Ele só estava fazendo o que faz com todas e eu permiti que ele se aproximasse, desde aquele dia daquela maldita festa.

De lá para cá eu não consigo mais me manter afastada. Minha única solução é reconstruir a muralha que eu mesma coloquei a baixo.

Na tentativa — falha— de me acalmar, eu voltei para o banho, era como uma escape para que eu não começasse tudo de novo. Droga! Eu odeio tanto me sentir assim. E me odeio ainda mais por conceder que a merda desses sentimentos tomassem conta de mim.

Por que tem que ser assim? Tudo não poderia ser mais fácil, — eu só queria matar esses sentimentos — mas talvez o "fácil" não se aplique a mim.

🤍

Sério? Já era a hora de levantar para ir a escola, juro que se eu não tivesse tanta coisa para resolver eu nem colocaria meus pés naquele colégio hoje. Primeiro, por eu estar mal e segundo, por eu não querer olhar para cara do Beauchamp pelo o máximo de tempo que eu conseguir evitar.

Meu rosto estava inchado, meu cabelo parecia que não havia sido lavado há duas semanas — sendo que lavei ele ontem — e meu peito ardia. De todos esses estados — sem hesitação alguma — o último era o mais estorvo e inconveniente.

Sem muito o que fazer, para evitar ir a escola hoje — a não ser que me jogasse da escada e fosse parar no hospital — eu desci para tomar o café da manhã, não encontrava-me com muita fome, então, meramente peguei um sanduíche para quando ela viesse.

Eu cheguei na escola e estacionei, perto das vagas dos professores que era uma área muito movimentada, já que os alunos usavam o estacionamento como se fosse um motel e ninguém iria querer ser flagrado por seu professor.

Eu dei a volta e entrei pela sala dos professores, um dos privilégios de ser a presidente do grêmio da escola é que você tem vários passes livres.

Como já estava pelo andar da direção, aproveitei e passei na sala de Yonta queria ver se não teria como eu faltar nessa viagem e mandar Heyoon, ou qualquer outra pessoa, mas — infelizmente — ela negou o meu pedido.

E convienitemente, eu tenho que ser profissional, até porque o meu cargo é muito mais importante do que meus problemas amorosos, se é que eu posso defini-los dessa maneira.

Saí da sala de Yonta e fui direto para o grêmio, pedi para que um dos meninos fosse no meu armário pegar meus livros do dia.

A última coisa que eu queria era encontrar uma certa pessoa — aquela que não deverá ser nomeada tão cedo — mas, todas as minhas tentativas falhariam já que recebi uma mensagem de minha mãe avisando que amanhã vai ter um jantar geral de família, o que significa que Josh vai está na minha presença amanhã e eu não poderia evitar.

Passei um tempinho organizando minhas atividades do dia e pensei em até ir na quadra, mas como era caminho do vestiário masculino, eu preferir permanecer na sala do grêmio.

Meu celular tocava desesperadamente e era o grupo das meninas — Savannah e Sabina — que estavam me procurando, decidi não ignora-las.