013 || TEMPESTADE E CALMARIA...

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ANY GABRIELLY

Eu estava quente e fiquei ainda mais quando percebi a ereção de Josh se apertando contra calça.

Nossos beijos passaram a ser mais intensos e nossos toques ardentes a procura de um contrato maior, e eu podia jurar que ouvi as batidas descontroladas do meu coração.

Nós nunca havíamos passado desse limite. Só que nesse momento, de fato eu queria ultrapassar essa barreira, no entanto, sabia que não podíamos.

Fui me afastando aos poucos, enquanto tentava controlar minha respiração e tirar a íris daquele tanquinho escultural á minha frente - Deus, você não carecia tanto.

- Não podemos fazer isso... - digo, passando as mãos por meus cabelos - isso não vai dar certo.

- Por que você acha isso? - havia algo melodramático no tom de sua voz.

- Já tentamos uma vez, deu tudo errado e eu acabei me machucando e muito.

- Any, eu te peço só mais uma chance - Josh me olhava confuso - eu só quero te provar o quanto eu te quero e mostrar que eu t..

- Não diz. Por favor, eu te peço, não diga isso. - minha voz saiu não mais alta do que um sussurro. Eu estava estática.

- Eu te amo, eu nunca deixei de te amar Gabrielly. - ele respirou fundo - eu te amo loucamente, meu peito arde por você e a cada vez que eu ouço sua voz, meu coração parece que vai pular para fora. Quando você me toca, um arrepio percorre todo meu ser e sinto como se houvessem milhares de borboletas no estômago se debatendo.

- Sei que te magoei e eu me arrependo amargamente, todos os dias. Mas por favor, dê uma chance para mim, para nós.

Conservei-me ali, encarando suas íris celeste, me encontrava totalmente estática, uma onda de eletricidade acometia meu corpo e eu ofegava - já não conseguindo controlar.

Como ele poderia me falar aquelas coisas? Ele não tinha aquele direito!

Ele não tinha direito de me magoar e depois vir atrás de mim, dizendo que me ama, não tinha direito algum de ter o meu coração batendo descompassadamente por ele.

Sem conseguir pronunciar nenhuma palavra sequer, eu apenas peguei uma almofada, um travesseiro e minha roupa e me dirigi para o banheiro, me trancando lá dentro.

Se ele esperava uma resposta da minha parte - sinto muito em desaponta-lo - nesse momento eu mal consigo colocar meus pensamentos em ordem.

Talvez, você pudesse ceder totalmente Gabrielly, se permita!

Meu coração traiçoeiro gritava, tentado calar toda confusão da minha mente.

JOSH BEAUCHAMP

Aquelas palavras saíram da minha boca como um pulo, mas não me sinto arrependido por isso. Eu precisava que ela soubesse o quanto eu sou louco por ela.

E bem a única resposta que eu recebi foi um nada, talvez eu estivesse esperando demais.

Tentei falar com ela durante a noite e até pensei em arrombar a porta do banheiro, mas com certeza não seria uma boa ideia - só complicaria a situação.

Sem resposta, o silêncio ecoava no quarto. Uma sensação angustiante invade o meu peito e me permito chorar. Nesse cômodo vazio e escuro, meu único medo - era que aquela garota trancada naquele maldito banheiro - não me aceitasse de volta.

A noite passou. E eu fiquei na esperança de Any abrir a porta em algum momento, entretanto, isso não aconteceu. Embora, eu estivesse muito cansado, custei a pegar no sono. De todas as vezes que fechava os olhos, meus pensamentos se vinham contra mim.

REASONS || BEAUANYOnde histórias criam vida. Descubra agora