Sempre Estarei Aqui Para Você

Capítulo 1

Treze anos antes.

Olho para todos os lados procurando por Alyce. Ela está atrasada dez minutos. Alyce nunca se atrasa a não ser quando a tia Amélia coloca ela para guardar os brinquedos.

- Desculpa, minha mãe me colocou para organizar todas as minhas bonecas.

Me virei para trás e os grandes olhos azuis brilham com o reflexo da luz do sol. Seus cabelos loiros longos, jogados por cima dos ombros dão um charme em seu visual verão. Alyce é a garota mais linda da escola.

- Não tem problema, sempre irei te esperar.

Ela deu um beijo na minha bochecha e senti o rosto esquentar. Alyce deu a volta em torno do banco e esticou a mão em minha direção.

- Vem, quero chegar no fim do arco-íris.

Ela já sabia que era impossível ir até o final do arco-íris, mas eu nunca negaria nada para ela. Me levantei e fomos andando em meios as árvores floridas do parque. Alyce parou na minha frente e bagunçou os fios longos do meu cabelo. Soprei uma mecha do meu cabelo que caiu sobre o rosto.

- Eu amo o seu cabelo. Ele é tão diferente.

Não soube o que responder ao seu elogio. Alyce saiu correndo e seu cabelo balançou de um lado para o outro. Corri atrás de Alyce pelo parque. Um carro preto parou e dois homens de terno desceram do carro.

- Alyce, cuidado! - gritei e fui corendo em direção a ela.

- Aaron, socorro! - os dois homens a pegarmos e a levaram para dentro do carro.

O carro começou a se mover. Corri atrás do carro gritando por ajuda, mas todos já estavam em suas casas assistindo a novela da trade. O carro pegou velocidade quando entrou na avenida principal e sumiu no horizonte, levando junto com eles minha garota.

Corri e corri o mais rápido que pude até chegar na casa dos Martinez. Bati na madeira da porta desesperadamente. A tia Amélia abriu a porta e me olhou com os grandes olhos verdes.

- Sequestraram a Alyce no parque. Levaram ela em um carro preto.

Lágrimas começaram a escorer pelo o meu rosto, então a tia Amélia percebeu que eu não estava brincado. Ela entrou para dentro de casa corendo e gritou pelo o tio Arthur.

- Filho o que está acontecendo? - Corri para a segurança dos braços da minha mãe e me agarrei a sua perna.

- Eles levaram a Alyce. Eu nunca mais vou ver ela.

O carro da família Martinez rugiu na garagem e saiu pelas portas do fundo virando na esquina e parando em frente a minha mãe e a mim.

- Aaron querido, para onde eles foram? - a voz da tia Amélia está calma, mas a aflição está em seu olhar.

- Na avenida principal - falei entre soluços.

O tio Arthur acelerou o carro e logo sumiu. Alyce era a minha única amiga na escola, as outras crianças da nossa idade, estão longe de serem iguais a minha Alyce.

- Quer ir lá para dentro esperar eles?

Apenas assenti e nós dois entramos para dentro de casa. Subi para o meu quarto e me sentei na cadeira do papai e fiquei olhando pela janela.

Segundos, minutos, horas se passaram e nada do tio Arthur e a tia Amélia chegarem com Alyce. Não quero sair de perto da janela até ver o carro da família Martinez aparecer trazendo a minha garota de volta.

Se passaram meses e nada da minha Alyce voltar para mim. Todos na escola me olham como o menino solitário e eu preferia assim. Eu só queria que ela voltasse para mim, mas se ela não voltar eu vou preferir ficar sozinho. Ninguém vai substituir o lugar da minha linda Alycie.