- Agora sim estou pronto.
Coloquei uma fileira de camisinha no bolso e me virei para o Kairos, que está deitado na cama mordendo um dos seus brinquedos de borracha. Ele me olhou tombando a cabeça para o lado.
- Eu não vou trazer ninguém para casa hoje não garotão - passei a minha mão na sua cabeça - Então você pode ocupar esse lugar na cama.
Ele deu um latido alto que fez meus ouvidos doerem. Abri a gaveta da minha estante suspensa e peguei um petisco. Kairos olhou para mim e se sentou na cama, dei o biscoito para ele e fui para a sala.
Ao chegar na festa nunca tinha visto tantas pessoas na casa do Felype. Aquela mansão sempre foi um retiro para nos aliviarmos, já que os pais do Felype sempre estão viajando, portanto, todas as nossas festas de pegação eram nessa mansão.
- Aaron, estava te esperando. O que seria dessa festa se não tivesse o maior pegador.
- Não exagera Felype.
Mesmo não sendo amigos dos garotos que eu dividia dormitório, me enturmar com eles foi a melhor alternativa, assim eu não precisei me esforçar muito para conseguir ser popular e pegar qualquer garota que eu quisesse.
- Aaron, quanto tempo, você mal fala naquele grupo - Jeff apareceu do meio da multidão, pulando nas costas do Felype.
- Meu chefe me mataria se eu deixasse alguma ponta solta.
Os dois fizeram uma careta e saíram andando. Segui pelo lado ao contrário deles e fui para a piscina. Como estou de carro, não posso beber muito. Peguei um copo e coloquei um shot de gin e um shot de vodka. Virei o líquido todo, queimando a minha garganta.
Olhei ao redor procurando alguma garota nova para eu me divertir um pouco. Todos presentes na área da piscina se direcionaram para a porta principal, me virei para a direção da porta e... e... e ali está ela, minha garota, minha Alyce.
Ela está muito, muito mais linda. Seus olhos azuis brilham com a luz da varanda. Os cabelos longos loiros agora estão ondulados. Felype se aproximou e eu olhei para ele. Com uma careta ele se afastou. Me aproximei e senti o seu perfume doce.
- Oi, sou Aaron - melhor ver até onde ela se lembra antes de me aprofundar no sequestro.
- Oi, sou a Alyce - seu rosto mostra que não se lembra do meu nome.
- Você não é daqui, nunca vi você por aqui.
- Meu pai não é de me deixar sair muito.
PAI. Mais que merda é essa. Fazer ela se lembrar de mim vai ser muito difícil. Se ela nem se lembra do tio Arthur, quem derá lembrar do garoto que nem conseguiu dizer que a amava.
- Quer sair deste lugar? Para podermos conversar melhor - espero que ela aceite.
- Claro, não estou acostumada com um monte de gente.
Estendi a mão e ela a segurou. A sua pele quente e macia em contato com a minha fez meu corpo começar a criar vida. Fui para o meu carro e abri a porta para ela entrar. Sem hesitar Alyce entrou, fechei a porta, dei a volta e adentrei no carro.
- Para onde vamos? - ela cruzou as pernas, revelando-as belas e longas. Não tinha percebido que ela estava de saia.
- Tem algum lugar que você queira ir? - tentei manter o meu corpo em controle.
- Sempre vivi dentro de casa, então não conheço nenhum lugar.
- Durante a semana é meio difícil de achar algum lugar aberto.
Eu estou sem ideia para onde levar ela. Não posso levar ela para CornorWood, muitas pessoas reconheceriam ela lá, mesmo não parecendo a garotinha de treze anos atrás.
- Que tal a sua casa- a sua mão pousou na minha coxa.
Não é isso que eu quero. Ok. Eu quero, mas preciso fazer ela se lembrar de mim. Minha casa é o melhor lugar para conseguir descobrir sobre os sequestradores da Alyce.
- Acho que essa é uma ótima ideia!
Segurei a sua mão e passei a macha, nos tirando do condomínio de luxo onde está a mansão do Felype. Com a minha mão sobre a dela, permanecemos na minha coxa.
- Você fez faculdade onde?
- Eu fiz faculdade de marketing em Harvard. Meu pai quis que eu estudasse o mais longe possível deste país, e você?
- Eu fiz faculdade de administração na faculdade local. Então você é rica?
- Infelizmente sim.
- Por que infelizmente?
- Todo esse dinheiro que o meu pai joga em cima de mim é exaustivo. Não tive tempo para fazer nada que eu queria - aquele olhar de tristeza que sempre me deixava triste.
- Alyce o que você não está me contando?
- Eu não estou escondendo nada - Ela tentou manter a postura descruzando e cruzando as pernas.
- Você não sabe esconder as suas tristezas e mentiras. Desde pequena, nunca conseguiu esconder as coisas de mim - quando percebi que falei de mais acelerei o carro pela avenida local.
- Você me conhecia quando criança? - ela tirou as mãos da minha coxa e se virou para mim - Meu pai nunca fala comigo sobre a minha infância.
Digitei o código de liberação da garagem e estacionei na minha vaga. Olhei para Alyce e seus olhos brilham de curiosidade.
- Podemos entrar antes. Isso não é tão fácil de se discutir - ter que me lembrar do garoto ingênuo que não conseguiu salvar o sua garota, que agora está no elevador comigo, subindo para o meu apartamento que é repleto de fotos nossas na infância. Por sorte eu deixo o meu apartamento sempre limpo e a Alyce não tem alergia de pelo.
- Não repare a simplicidade. E cuidado com o cachorro. Ele é fofo, mas as brincadeiras são meias brutas.
Seu rosto ficou corado, trazendo uma vida a maquiagem básica em seu rosto. Segurei a sua mão e a coloquei atrás do meu corpo e abri a porta. Kairos esta sentado olhando para trás de mim. Ele saiu pela porta e a cheirou.
- Ei garotão, qual é seu nome? - Kairos ficou todo bobo com os carinhos das mãos macias de Alyce.
- Kairos. Vamos entrar.
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Sempre Estarei Aqui Para Você
RomanceAlyce cresceu em uma mansão, sendo mimada pelo seu pai. Quando voltou da sua graduação em Harvard, ela conseguiu escapar dos seus seguranças para ir a uma festa, a procura de um pouco de diversão na sua vida caótica. Sem acreditar mais no amor, aaro...