Four - Mama we all go to hell

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Capítulo revisado por @Elenbren que facilitou minha vida. Mas mesmo revisado, algumas coisas podem passar abatido e tá tudo bem!

História oficialmente (e também) postada no Spirit!

Conta:@Nayomiwa


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"Mama we all go to hell

Mama we all go to hell

I'm writing this letter and wishing you well

Mama we all go to hell"

Mama - My Chemical Romance

As coisas simplesmente só aconteceram rápido demais. Bakugou pegou apenas Midoriya do colo, saindo do bar sem dar uma despedida sequer para Kirishima. Se conheciam há anos, e a última coisa que deveria lhe dever eram explicações. 

Não demorou para atravessar a rua já deserta pelo horário, ainda com um pouco de dificuldade, tirando a chave de sua jaqueta para abrir a porta de casa. Não era seu forte lidar com pessoas tão sensíveis, ainda mais após descobrir um trauma tão recente.

 — Dói tanto. Por favor, não me machuque — repetiu Izuku chorando, abraçando o próprio corpo, enquanto via a porta da casa desconhecida ser aberta. Não conseguia ter forças para nada, era como se a crise de choro sugasse todas as suas forças e, fazendo assim, a cabeça trabalhar sem parar em uma ressonância que não seria capaz de controlar.

Os pensamentos gatilhos, e tudo que poderia surgir de mais tenebroso surgia. As vozes de gritos que era obrigado a escutar durante a infância, cada tapa que recebia, dizendo que era apenas para lhe transformar em alguém mais forte. 

As imagens de tempos atrás voltaram com tudo, lembrando do olhar de nojo que era lhe direcionado por Toshinori, e de como teria realmente desmaiado se Bakugou não tivesse lhe dado um soco no estômago.

 — Deku, sou eu, o Bakugou. — A voz de Katsuki tinha um pouco de mais calma agora, apesar do claro desespero, ele precisa manter Izuku de onde estava.

Os passos foram velozes ao adentrar na casa, ligando as luzes e pondo o garoto antes de seus braços em cima do sofá. Precisava de uma solução, e nada ajudava com a dor latejante que sentia na cabeça. O remédio que antes fazia efeito, parecia nunca ter sequer existido.

 — K-kacchan? — Deku só foi capaz de responder isso, ainda com a voz tremida. 

— Isso, sou eu — respondeu afobado, sentando ao lado do esverdeado trêmulo. Não queria se aproximar demais, pois tinha receio de a imensa proximidade o assustar.

 — Kacchan, e-ele vai me m-machucar! — dizia tenebroso, como se realmente pudesse ver o pai à sua frente. Os olhos verdes arregalados pelo medo, faziam Bakugou sentir um certo incômodo. O que aquele menino havia passado?

 — Não vai, Deku, eu tô aqui.

 — K-Kacchan, eu-

Midoriya respirou com certa dificuldade, tocando no próprio pescoço para sentir ainda mais a dormência que lhe afligia. As lágrimas transbordaram com mais força, e a falta de ar foi ficando cada vez mais constante. 

Katsuki já transtornado com a situação, notou que aquilo só iria poder conseguir manter algum controle com algum remédio. Não era tão próximo o suficiente para trazer algum sentimento de conforto para Izuku. Mas precisava acalmá-lo, pelo menos um pouco.

List of Eighteen - (Katsudeku - Bakudeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora