Capítulo | 1

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- nosso fim não é aqui, espere por mim.

O sangue escorria pelas minhas mãos, as lágrimas caiam pelo meu rosto e a dor no meu peito parecia mais real do que nunca. Não foi a primeira vez que tive um sonho assim, já havia acontecido algumas vezes. No começo eu não dei muita importância, mas eles começaram a se repetir com frequência, o que acabou se transformando em algo que me intrigou. Eu queria saber mais, eu precisava.

Mas não tinha muito tempo para pensar nisso, tive que me levantar. Como filho mais velho de uma família proprietária de uma agência de cineastas, não tive muitas opções além de herdar o negócio. Sempre me interessei muito por cinematografia, mas ainda não tinha muita certeza se ser ator era o que eu queria pro resto da vida.

Embora eu não gostasse de acordar cedo, acompanhar o movimento na Agência era interessante. Pessoas correndo com câmeras, salas de ensaio para suas próprias séries, pessoas assinando e quebrando contratos... Mas é só isso que faço, uma hora, parece que perde a magia. Eu não queria mais sair da cama apenas para observar outras vidas, queria ter a minha.

Minha vida.

Acho que não tive muito tempo para pensar no que queria ser. Como filho único, era a única opção da minha família. Mas eu realmente não quero pensar nisso agora, pelo menos por um tempo, minha vida está indo bem assim.

Depois de um tempo, fui cumprimentar meus pais. Meu pai não era o tipo de pessoa mais fácil de se conviver, mas ele foi gentil comigo durante toda a minha vida, do seu jeito, eu acho. Minha mãe é como um exemplo para mim, ela é tão forte, tão incrível. Pelo que tenho visto de suas histórias, sua vida nunca foi fácil, desde a morte de minha avó até um caso de abuso pelo seu próprio padrasto. Mas hoje ela está aqui, com a cabeça erguida, lutando para se tornar cada dia melhor.

O que acho interessante sobre o relacionamento deles é que, mesmo com mais de 3 décadas de casamento, ela ainda olha para o meu pai mesma forma. Costumo me perguntar se algo assim pode acontecer comigo, mas acho que a resposta é clara.

Não.

Apesar de ter testemunhado cenas como declarações para mim, não senti nada sincero, nunca. Muitas pessoas me acham muito tímido e fechado, mas eu apenas sinto que não encontrei ninguém com quem possa realmente me expressar.

Além disso, acho melhor ter poucas, mas verdadeiras amizades do que muitos "amigos" com quem posso nem me sentir confortável. E é por isso que eu tenho apenas 2 amigos próximos, Jun Woo e Dong Yeon. Porém, apesar da pequena quantidade, eles me fazem uma pessoa mais feliz. Pelo menos esqueço que meus pensamentos e conflitos internos estando ao lado deles.

A única conversa que eu e meus pais tivemos durante todo o café da manhã resumiu-se a um "bom dia" ou perguntas como "você dormiu bem?". Aparentemente, nada de novo havia acontecido em nosso negócio. Decidi que não tinha muito o que fazer a não ser seguir minha rotina. Coloquei a câmera no pescoço e deixei o celular no bolso. No ombro, carregava uma pequena mochila com algumas anotações, ideias e algo que considerava desenhos, mas qualquer um diria que eram apenas rabiscos aleatórios.

Pessoalmente, não gostava muito de andar de carro. Minha mãe até insistiu por um tempo me pedindo para ir com meu motorista para garantir minha segurança, mas eu recusei. Eu gostava de caminhar sozinho, ouvindo algum tipo de música ao longo do pequeno caminho que separava minha casa da sede do meu trabalho, se é assim que eu posso chamar.

- bom dia, sr song. - Alguns seguranças me disseram quando entrei no prédio. Apesar de já ter pedido para eles acabarem com essas formalidades, desisti depois de um tempo, não tinha como insistir. Eu apenas me curvei e os cumprimentei. Entrando no prédio, conversei com alguns funcionários até chegar ao escritório do Diretor Yang.

Sina - Jeonki Fanfiction [PT VER.]Onde histórias criam vida. Descubra agora