Ricky e EJ terão que superar os desentendimentos do passado para juntos construírem um novo e surpreendente futuro!!!
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🏅 1° lugar na #caswen (02/10/2021)
🏅 1° lugar na #rickybowen (07/09/2021)
🏅 1° lugar na #highschoolmusical (...
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No momento em que vi Ricky entrando pela porta, senti um enorme peso saindo das minhas costas, sem ele esses últimos meses se tornaram os piores da minha vida, meu pai não me deixou fazer nada de divertido nesse verão, o mais velho me fez ficar trancado todos esses dias no meu quarto, e a justificativa dele para isso foi a de que preciso começar repensar nas minhas atitudes, aquele velho preconceituoso me tratou como se eu tivesse cometido um crime.
Antes desse resgate surpresa chegar, já estava pensando em fugir, mas não sabia para onde ir depois de sair do campus, então acabei descartando essa ideia.
Após ouvir o rapaz dizer que precisamos ter uma conversa séria, não tenho ideia de qual rumo esse relacionamento irá tomar, mesmo que talvez tenhamos que terminar essa amizade colorida, ainda continuarei o amando como sempre.
Neste instante estamos sozinhos no meu dormitório, Ashylin nos deu espaço para dialogarmos. Abraço o garoto com mais força do que nunca, talvez o esteja esmagando, porém tenho medo de soltá-lo e nunca mais tê-lo de volta, mesmo estando todo esse tempo longe do menino, continuo lhe adorando mais do que nunca.
- Por que você não viu minhas mensagens? - o jovem de cabelos cacheados questiona iniciando o assunto.
- Aquele velho maldito não me deixou nem encostar no meu celular depois daquele dia - respondo com grande amargura no coração.
- Faz quanto tempo que se mudou de casa? - o moço questiona.
- Logo depois que sai da escola naquela tarde - indago lentamente enquanto ainda carrego lágrimas do choro que tive mais cedo.
- Ainda me ama? - o garoto interroga sem jeito com a voz manhosa.
- Claro que sim! - exclamo com um sorriso sincero.
Para quebrar o silêncio, me aproximo do mais novo e o beijo lentamente para tentar matar a saudade.
- É certo que nós ainda nos amamos - Ricky começa a argumentar - Mas o que fazemos daqui pra frente?
- Não faço a mínima ideia - afirmo enquanto seguro um possível futuro choro - Isso parece bem idiota, mas me sinto dividido, de um lado está você, e do outro está meu pai, independentemente de qual dos dois eu acatar, terei sérias consequências.
- Isto não é nada bobo Ej, quanto se trata de sentimentos, o assunto é muito sério - o menino esclarece enquanto começa a massagear o meu cabelo - Te aconselho a optar pela extremidade que mais te fizer feliz, mesmo que não me escolha, estarei contente por você estar alegre com sua preferência.
- Quero te escolher, mas é que...- tento explicar antes de ser interrompido.
- Não tente colocar um "porém" nisso, porque assim não irá conseguir se decidir no final - o jovem assente.
Ficamos nos encarando numa calmaria total, trocamos olhares, caricias e sensações, até que o adolescente interrompe tudo isto e pronuncia:
- Acho que você precisa de um tempo para se decidir melhor, nos vemos por aí, se o seu pai deixar.
Para às outras pessoas isso pode parecer uma escolha muito simples, entretanto ela não é, de qualquer jeito irei me dar mal, se aderir o lado de Ricky, posso correr o risco de ser agredido fisicamente, expulso de casa e no final não ter onde morar, se consentir com a face do meu pai, perderei o garoto que mais amei na minha vida, e passarei por outra decepção amorosa igual a que tive com Nini - só que pior - são pesos que não se equilibram na balança.
...
Todos do resto da escola já devem estar dormindo, porém nem consegui imaginar em tirar uma soneca em meio a tudo isso. Silenciosamente, me levanto da cama e começo a me arrumar, saio do colégio calmamente sem ser pego por ninguém.
Estou correndo em direção a minha casa, se for para sustentar a minha recente decisão, tenho que sustentá-la até o fim. Quando chego na residência, vou até o escritório do meu pai e entro gritando:
- Eu prefiro o Ricky!!!!!!!!
- Filho...você não deveria estar no internato? O que está fazendo aqui essa hora da noite? Como assim prefere aquele garoto? - o coroa tira suas dúvidas.
Ainda com o tom de voz acima do normal, exclamo debochadamente:
- Isso mesmo que o senhor ouviu! Optei o amor da minha vida!
Com fúria no olhar o homem se levanta de sua cadeira e berra:
- Como tem coragem de vir aqui de madrugada para me falar uma barbaridade dessas!?
Antes que consiga abrir a boca, o adulto me soca com força na boca, mesmo com o rosto sangrando, afirmo sem medo:
- Pode me bater o quanto quiser, ainda continuarei com a minha opinião em pé, firme e forte, opto por lutar pelo amor, e acho que é disso que o senhor precisa!
- Se quer que às coisas sejam desse jeito, vá em frente! - o opressor branda com chamas nos olhos - Mas nunca mais conte comigo para nada! Sua mãe estaria horrorizada se te visse com esse comportamento!
Ao ouvir isso, sinto minha adrenalina subir, como este ranzinza tem coragem de falar da mulher que mais amei na vida? Como forma de vingança, ergo a mesa do indivíduo a poucos centímetros do chão, e a viro com força no chão fazendo todos os documentos e objetos caírem, saio do local com passos fortes, porém me sentindo leve por ter tomado a decisão certa.
Não tenho mais onde morar e ninguém para me sustentar, mas pelo menos agora sou livre. Sigo em direção ao único lugar que se passa pela minha cabeça - a casa de Ricky - no caminho consigo me sentir mais leve.
Ao chegar no recinto, sem querer, bato com força na porta, o garoto abre a porta, se assusta ao me ver sangrando, porém é surpreendido por um longo abraço dado por mim.
- Eu escolhi você meu amor! Sempre te escolhi e escolherei!
- Isso é sério? - o menino interroga alegremente enquanto giramos presos no enlace.
- Acho que nem preciso te responder! - retruco esbanjando emoção no olhar.
Repentinamente, beijo o jovem com toda a felicidade que percorre meu corpo, nunca me senti tão correto por fazer algo. Após encerrar o momento de fofura, o mais novo pronuncia seriamente:
- Então isso quer dizer que confrontou o seu pai?
- Sim - respondo sem jeito.
- Mas onde você vai morar agora? - o jovem indaga.
- Também não sei - resmungo tristemente.
Não acredito que consegui finalmente me impor sobre a "ditadura" que o velho impôs sobre mim, não consigo imaginar como será o meu futuro, todavia, posso afirmar que desde que Ricky esteja nele, tudo irá se resolver.
