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Após dois segundos, no máximo, com os lábios do embuste pressionados sobre os meus, eu o empurrei para o mais longe que consegui e meu coração se apertou quando eu não vi Taehyung em meu campo de visão, apenas Kiara que me lançava seu sorriso sarcástico, os pais do Kim que conversavam com a vovó como se nada tivesse acontecido, e o Kook, que me encarava boquiaberto.

- Cadê ele? - perguntei a Kook.

- Saiu porta a fora. - informou comprimindo os lábios.

Ignorando tudo em volta, sair porta a fora, indo em busca do caipira e não demorou muito até que eu o encontrasse caminhando em direção a saída da fazenda.

- Taehyung... Taehyung, me espera por favor. - pedi num tom suplicante, correndo para tentar acompanhá-lo.

- Volta lá e continua com seu namoradinho, mas agora o de verdade, já que o outro era mesmo de mentira e você é ótimo em mentir. - não era preciso mais para saber que ele estava puto comigo, ainda assim, não desisti de tentar acompanhá-lo e me explicar.

- Me ouve, eu...

- Pode me explicar o que está acontecendo aqui, Yoongi? - Kim Jisung, meu ex-namorado, questionou enquanto me seguia.

- Por que diabos você veio aqui, Jisung? - gostaria de ter sido menos grosseiro, mas estava tão irritado com ele e com a situação que só pensava em mil formas de bater nele.

- Você me convidou, não lembra?

Ah, foi... Eu realmente o convidei, mas antes de voltar a ver o caipira, antes de me apaixonar por ele, que me fuzilava com os olhos.

- Taehyung, esse é o Jisung, ele...

- Não estou interessado em mais nada relacionado a você. - um tiro doeria menos do que ouvir isso. - Volte para a cidades grande, já se divertiu o bastante com caipira, não é mesmo?

- Está me magoando. - minha voz já estava embargada, chorar era questão de tempo.

- Foi muita burrice achar que um burguês esnobe como você se interessaria de verdade por mim. - dava para sentir pelo tom de sua voz que ele estava tão abalado quanto eu e isso me deixou pior.- Só não precisava fingir tão bem, Min Yoongi.

- Hey, não fala assim com ele. - Jisung me defendeu, se colocando em minha frente.

- Você cala a boca, ou te quebro a cara. - Taehyung o ameaçou com a voz assustadoramente alta e quando me olhou, congelou até minha alma. - Já você, esquece que eu existo. - após os tiros seguidos, saiu dali com pressa, deixando-me em farrapos.

- Quem é ele?

- Meu ex-futuro-namorado. - disse limpando uma lágrima. - Não deveria ter me beijado daquele jeito. - o repreendi assim que o caipira sumiu de nossas vistas.

- Como me convidou, achei que estivesse com vontade de voltar comigo. - argumentou em sua defesa e parecia confuso com a situação.

- Errou feio, e errou rude. - afirmei cruzando os braços. - Pode me deixar um pouco sozinho, por favor?

Resignado, Jisung se despediu de mim com um beijo na bochecha e entrou na casa. Já eu, mesmo sendo um filho da puta orgulhoso, decidir ir atrás do caipira e consertar aquela situação.

Ao chegar na casa dele, toquei a campainha várias vezes. Bati palmas, chamei... Eu quase fiquei sem voz de tanto que eu chamei pelo nome dele. Exausto, me sentei em frente à casa e apoiando a cabeça na porta, indeciso de me humilhar um pouco mais, ou ir embora.

- Taehyung, eu sei que você está aí, não saio daqui até você falar comigo e esclarecer tudo. - fiz uma última tentativa, que fez efeito, já que ele abriu a porta para mim e eu caí em cheio no chão.

- Só abri porque não quero que pegue um resfriado. - pronunciou sem me olhar nos olhos e estava fodidamente sexy com aquele roupão preto e o cabelo molhado.

- Ele é meu ex-namorado, só isso. - minha voz era só um sussurro enquanto me levantava sozinho do chão.

- Não vou cair nos seus joguinhos, Yoongi. - proferiu com um sorrisinho sarcástico e minha boca ficou seca.

- Não me chama assim... - me aproximei um pouco mais dele, perto o suficiente para poder tocá-lo. - Me chama de burgayzinho. - até hoje não acredito que pedi isso.

- Você odiava!

Realmente... O jogo virou, já que agora eu gostava e muito da apelido.

- Sou seu burgayzinho, seja meu caipira. - disse com a voz infantil e enlacei meus braços em volta do seu pescoço e beijei sua pele, que cheirava sabonete a masculino.

- Para... - sua advertência mais parecia um gemido e isso me deixou ainda mais animado. - Eu não sei lidar com esse seu sorriso safado. - meu sorriso safado era infalível. - Burgayzinho 'tá doido pra ser castigado, né?

- Yes, daddy!

O Caipira ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora