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— Se veio procurar seu filho, ele já foi embora. Espero que esteja satisfeita, Sra Kim, por conseguir afastar duas pessoas que se amam. – não hesitei em atacar aquela mulher e pela forma zombateira que sorriu, soube que nada do que tinha acabado de falar a afetara.

— Perfeito, sabia que o meu filho não me desapontaria. – me olhou dos pés à cabeça, arquejou os ombros e se inclinou para cima de mim, como uma serpente prestes a dar o bote. — Olha só para você  nem se compara àbminha futura nora, a mãe dos meus netos. então se tem algum afeto verdadeiro pelo meu filho, deixe que ele seja um “homem normal”, já que não tem a decência de ser um.

— Sabemos que o Taehyung é gay e não vai ser casando com uma mulher que ele vai deixar de ser. – não me importei em ser grosseiro, estava tão sobrecarregado emocionalmente que nada do que eu falava parecia ser o que ela merecia ouvir. — E mesmo que ele se case, ele vai continuar me amando e isso a senhora num vai poder mudar. — deixei que os meus pensamentos se manifestassem e sai caminhando em direção ao elevador.

— Não volte a se aproximar do Taehyung, seu petulante, eu o proíbo! – proferiu em tom de ameaça, mas eu nem levei em consideração e continuei caminhando em direção ao elevador.

Assim que cheguei na universidade, evitei ir em todos os lugares onde possivelmente Taehyung estaria, não por medo da mãe dele, mas sim do que eu sentia, medo de não conseguir fingir que estava bem quando na verdade eu estava péssimo, e pensar nele com outra construindo uma família me deixava mais avulso.

Era injusto.

Taehyung e e eu nos amávamos, disso eu não tinha dúvida. Entretanto, para ele, acho que o que tínhamos não era sólido o bastante para que abrisse mão da riquinha pra ficar comigo.

Me arrastei até a biblioteca da universidade, onde eu sabia que não tinha risco de Taehyung estar e me sentei no fundo, simulando ler um livro.

— Que loucura é essa do Taehyung se casar com a filha do prefeito, Yoongi? – Jimin perguntou, incrédulo e me entregou o jornal, onde na coluna social aparecia uma foto dos supostos noivos.

— Não sei de nada, pergunta pra ele. – sem dar chance dele insistir no assunto, sai dali o mais rápido que pude, esbarrando com Taehyung no corredor. — Me trocou muito rápido pra quem dizia me amar.

— Desculpa não ter me despedido e eu amo você, o fato de me casar não anula isso. – murmurou enfático, pressionando os dedos na minha cintura e me encurralou na parede. — Eu penso tanto em você que às vezes parece que eu vou ficar louco. – sussurrou em meu ouvido, passando a me fitar em seguida. — Quero te beijar, te abraçar, fazer amor... Mas eu sei que é errado.

— Agora me amar se tornou errado pra você? – questionei incrédulo, tentando me afastar dele, que me pressionou mais contra o próprio corpo. — Responde, Taehyung, é errado me amar?

— É errado querer trair minha noiva com você. – comecei a rir de tão absurdo que aquela frase soou para mim.

— Tudo bem, eu não vou mais insistir, até por que você já tomou sua decisão. – disse com tom de resignação. — Se vai mesmo me largar, mereço uma compensação, então esteja em nosso apartamento hoje à noite. – sem dar chances dele reagir, o empurrei da minha frente e caminhei o mais depressa que consegui para longe dele, com planos de uma noite inesquecível se formando na minha mente.

O Caipira ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora