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Eu sabia que não deveria ir encontrar o caipira no estábulo, mas eu estava curioso para saber o quê de tão importante ele tinha para me falar para não podia esperar o dia amanhecer.

Na pontinha dos pés, para não acordar Jungkook, que dormia como um anjinho, peguei um sobretudo e uma echarpe de algodão e dispensando as pantufas, calcei uma sandália e com a lanterna do iOS ligada, saí perambulando pela casa como um fantasma, rumando o estábulo da vovó, mas não vi ninguém quando cheguei lá, só alguns cavalos. Tudo no mais completo silêncio.

Praguejei mentalmente.

Já estava prontinho para sair quando senti duas mãos me pegaram por trás, e só pelo cheiro embriagante eu sabia que se tratava do caipira.

- Não podia esperar até amanhã?! - esbravejei, tentando em vão me desvencilhar de suas mãos.

- Não consegui dormir e a culpa é sua. - retrucou, virando meu corpo para frente e segurou meu rosto entre as mãos. - Não parava de pensar em você e só me via vindo para cá. - se inclinou para me beijar, mas virei o rosto na direção contrária. - Porra, Yoongi, eu 'tô' falando sério!

- O que você realmente quer, Taehyung? - perguntei, lutando para continuar ignorando ele, mas seu semblante devastada acabava comigo. - Estou com sono, está fazendo frio aqui fora e...

- Eu quero você.

Sem me dar chance de reação, invadiu minha boca de forma abrupta, vasculhando tudo com sua língua habilidosa. Enquanto uma das mãos pressionava meu quadril, a outra foi escorregando e escorregando, e quando me dei conta ele já estava com a mão no meu membro.

Revirei os olhos.

Estava todo molinho, quase inconsciente, mas lembrei dele beijando a corna e o empurrei com força para o mais longe que consegui de mim.

- De novo com isso? Não vou trair meu...

Ele me interrompeu com um sorrisinho malicioso e voltou a me abraçar por trás.

- Me quer tanto quanto eu quero você. - trilhou uma série de beijos, que começaram na minha nuca, e pararam no meu pescoço logo após tirar minha echarpe, onde senti uma queimação gostosa. Enlaçou os braços em volta da minha cintura e apoiou o queixo na minha clavícula. - Sinto sua falta.

- Pra você, eu não passo de diversão. - apertei os olhos quando ele me pressionou mais contra seu corpo e sentir aquele membro enorme contra a minha coluna fez meus pelos pubianos se eriçarem. - Me foder quando quer, mas é a Kiara que você apresentou para seus pais, é com ela que você vai se casar. - a cada palavra pronunciada minha garganta doía, e o aperto no peito se tornava maior.

- Achei que quisesse isso também. - murmurou baixinho e meu sangue ferveu.

- Está errado. - tentei, mas não tive forças o suficiente para me lembrar dos seus braços. - Me larga. - exigi bracejando. - Taehyung...

- Me escuta. - me virou defronte e continuou a pressionar suas mãos na minha cintura. Seus olhos estavam faiscando em meio a penumbra das suas orbes escuras.

- Não vou escutar coisa nenhuma. - protestei, batendo em seu abdômen durinho. - Você só quer se divertir comigo e eu tenho namorado. - apertei os olhos ao ver o caipira rindo.

- Não sou idiota, burgayzinho, 'tá' na cara que aquele tal de Jungkook é só seu amiguinho e fez isso para me deixar com ciúmes. - E eu achando que ele tinha caído na farsa. Meu queixo caiu. - Merece ser castigado por me deixar puto e com ciúmes. - balbuciou ao pé do meu ouvido e mordeu meu lábio inferior com força, dabdo um forte tapa no meu bumbum.

Gemi sem querer.

- Ficou com ciúmes? - provoquei com um sorriso malicioso.

- Fiquei. - ouvir aquilo da boca dele teve um gostinho todo especial.

- Não me importo. - Ah, tá! Quem eu estava tentando enganar? - Volta lá pra sua namoradinha, se casem e tenham dez filhos.

Lógico que não era o que eu queria, mas estava puto com as contradições dele. Me mantendo forte e sensato, me afastei e comecei a caminhar em direção à casa, ouvindo os passos dele atrás de mim.

- É o que realmente quer? - questionou e meu sangue congelou como lanças de gelo e minhas pernas fraquejaram.

- Vai pra o inferno, caipira! - disparei e acabei escorregando na grama, mas antes que eu caísse no chão, ele amorteceu minha queda.

- Eu menti... Eu menti pra você. - sibilou pausadamente, se sentou no chão e me aninhou em seu colo.

- Do que você está falando? - perguntei confuso, só então me tocando acerca do que ele falava e meu coração disparou.

Não estava preparado para ouvir aquilo... Mas eu queria mais que tudo que ele dissesse.

- Eu me apaixonei por você, burgayzinho.

O Caipira ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora