— Terminou com ele?
Me imaginei tacando um livro na cabeça daquela vadia cínica ao ouvir aquela pergunta.
— Sim, como me pediu. Também menti sobre transar com você. – disse aos sussuros, me deixando completamente confuso.
Afinal, o que diabos estava acontecendo de verdade?
— Ele me odeia, acha que voltei a gostar de você. Mal sabe que fiz isso para protegê-lo. – sua voz estava embargada e ouvir isso começou a clarear meus pensamentos: tudo começou a fazer sentido.
Meus instintos estavam certos, ele não me traiu. Ele realmente não me traiu e isso era o que realmente importava. E prevendo que aquela conversa tomaria um rumo diferente, tirei o celular do bolso e comecei a gravar tudo, tomando o devido cuidado de não ser visto.
— Fez o certo. Seu namoradinho, ou melhor, ex-namoradinho, não duraria um dia na prisão, porque eu estava disposta mesmo a denunciá-lo por agressão física. E com o apoio do idiota do Jimin, que acredita em tudo que eu falo, ele iria fácil em cana. – murmurou com tranquilidade, tentando tocá-lo, entretanto, Taehyung se esquivou da mão dela e isso me animou consideravelmente.
— Sabemos que ele não bateu em você, Yoongi seria incapaz de algo assim. – ele contrapôs para me defender, apoiando o corpo na prateleira de livros, e pela forma que olhava a ex, não tinha dúvidas que a detestava.
— É, ele realmente não encostou em mim. Mas em quem você acha que todos acreditariam: na pobre garota traída, ou no amante do namorado dela, e...
Após salvar a gravação, me levantei do chão e me aproximei dos dois, encarando aquela víbora de frente. E mesmo sendo contra violência, senti vontade de realmente dar uns tapas naquela cara cínica daquela estúpida.
— Eu vou matar essa garota! – a ameacei, mas antes que eu pudesse me aproximar, Taehyung segurou meu braço, me impedindo de chegar até ela e cometer um homicídio.
— Você ouviu tudo? – perguntou incrédula, crescendo os olhos em minha direção.
— Gravei também, sua idiota. – e tentei avançar contra ela, e mais uma vez Taehyung me impediu de fazê-lo, agora segurando meus dois braços. — Supera que ele não te quer, Kiara. Deixa a gente em paz e some das nossas vidas, garota.
— Isso não vai ficar assim. – frase típica dos perdedores. — Eu juro que vou me vingar de você, Min Yoongi. – fez a ameaça e saiu pisando forte para fora da biblioteca, sobre os olhares curiosos dos que ali estavam.
— Eu...
— Vem, a gente conversa em casa. – segurei sua mão e também saímos da biblioteca.
Ao chegarmos em casa, coloquei a mochila em cima do sofá e fiquei observando ele parado perto da porta, me encarando assutado, como se fosse sua primeira vez ali. Caminhei até ele e o trouxe até o sofá, então o empurrei contra o móvel e me sentei em seu colo, ficando defronte a ele, enlaçando meus braços em volta do seu pescoço, observando ele por um instante e meu coração voltou a bater com a mesma intensidade de quando estamos juntos e todas as dúvidas se transformam em certezas. E a maior delas era que eu o amava.
— Não transou com ela? – embora soubesse a resposta, queria ouvir da boca dele e só então, sossegaria de vez.
— Eu não suporto a Kiara, só nos deitamos juntos porque ela ameaçou te mandar para a prisão, e prefiro você me odiando do que preso por minha culpa. – murmurou sem conseguir me encarar e seus ombros caíram, o bastante para que eu o abraçasse com força, o acalmando, mostrando que estávamos bem mais uma vez.
— Então gosta mesmo de mim?
Eu realmente não poderia dispensar essa resposta depois de todas as idas e vindas no nosso relacionamento, e seu sorriso quadrado safado alcançou até a minha alma.
— Sim, eu...
Sabendo que ele não conseguiria falar, decidir seguir os conselhos da minha mãe.
— Eu te amo, Taehyung. E tudo bem se você não consegue dizer que me ama, porque eu sei que me ama e isso é tudo que importa. – falei tudo sem preâmbulos e o beijei, um beijo saudoso, selando um momento único na minha vida. — Pensar que não gostava mais de mim foi a pior sensação que eu já senti, e eu não quero te perder nunca.
— Doeu machucar você, doeu muito. – estava contido, mas aos poucos começou a se soltar, me apertando em seus braços e ficando minimamente perto. E dava para sentir angústia emanando através dos seus poros e o coração acelerado.
— Não quero mais pensar nisso, só quero passar o resto do dia com você, aproveitando cada segundo como se fosse o último, meu amor. – me inclinei todo para beijá-lo, mas ele se esquivou, me deixando confuso.
— Sabe porque eu não consigo dizer “eu te amo”? – mandei a cabeça negativamente. — A primeira vez que eu falei isso para alguém, a pessoa riu de mim e desde então eu fiquei traumatizado. – me contou, e ver ele falando sobre algo tão íntimo me deixou feliz. Estávamos nos tornando confidentes, melhores amigos, além de namorados.
— Bem idiota essa pessoa. – não conseguia evitar externar o pensamento. — Eu sei que me ama, e isso basta. – comecei a beijá-lo por todo o rosto, parando em sua boquinha linda, onde dei uma atenção maior. — Passa a noite aqui? Só para eu ter certeza de que estamos bem mesmo e isso não é um sonho. – falei todo manhoso, me inclinando para cima dele, que se deitou no sofá e eu me deitei por cima do seu corpo, o observando de perto. — Fica comigo, caipira.
— Passo o resto da minha vida com você se quiser, burgayzinho. – respondeu, e foi sua vez de tomar iniciativa para me beijar e o fez da melhor forma: bem safado, como sempre. Nunca me cansaria dele.
Impressão minha, ou era quase um pedido de casamento?
×××
Taehyung e eu já estávamos na portaria do prédio quando me toquei de que havia deixado o celular carregando em cima da cômoda. Pedi que ele fosse na frente e voltei para buscá-lo. Já estava fazendo o caminho inverso, bem próximo do elevador, quando senti uma pancada forte na cabeça. E, com o impacto, acabei desmaiando no mesmo instante.
×××
Uma treta atrás da outra :p
Me desculpem pelos erros >.<
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O Caipira ★ TAEGI
Fanfiction▸ Esta história é uma ADAPTAÇÃO; a obra original pertence a GaoShiDe, que concedeu autorização. ≛ ָ࣪ ❝Onde Min Yoongi, um 'burgayzinho', vai ter que aturar Kim Taehyung, vulgo 'o caipira', durante um feriado inteiro e, se não se matarem, já será luc...