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— Mesmo se eu morrer, ele não vai ficar com você, sua loca.

Afirmei, sentindo o corpo todo ficar dormente, mas a dormência deu lugar a uma dor alucinante no meu estômago, tanta que eu não conseguia ficar de pé, acabei caindo de joelhos na frente de Kiara.

— Claro que vai, você vai ver. – zombou, se curvando para a frente e soltou uma gargalhada alta. — Ah, você não vai ver, porque já vai estar morto, Min. – ouvir isso me fez lembrar que estava vivendo os últimos minutos da minha vida. — Acordou bem a tempo de ver seu namoradinho morrendo, Taetae. – pronunciou bem-humorada ao vê-lo acordando.

— O que fez com ele, Kiara? – rosnou pra ela e ainda cambaleando veio até mim, me puxando para seu colo e me observando assutado.

— Dei veneno, e em menos de uma hora ele já vai estar morto, a menos que eu dê o antídoto. – a palavra “antídoto” me deixou apreensivo, e talvez aquela coisa de “a esperança é a última que morre” não fosse uma completa idiotice.

— Yoongi? Fala comigo, meu amor! Por favor, fala comigo... – ouvia sua voz distante, como alguém que fala enquanto caminha. Mal conseguia manter os olhos abertos, a dor era insuportável.

— Eu sino muito que... As coisas... Tenham ficado tão ruins. – consegui pronunciar, mas com longos espaços de tempo. — Mas, Taehyung... Nunca duvide que eu amo você, caipira... Amo muito você... E...

— Não fale nada, por favor. – suplicou, me envolvendo com um pouco mais de força em seus braços. — Me dê a porra do antídoto, Kiara! – exigiu, entretanto, seu tom era de total desespero.

— Te dou o antídoto com uma condição. – impôs, sorrindo ao me ver completamente derrotado, bem perto de estar morto.

— Eu faço o que você quiser... – alternou a atenção entre ele e eu e tirou algo da bolsa, segurando o revólver com uma das mãos e com a outra um pequeno recipiente de vidro. — Qualquer coisa, só me dê a porra do antídoto.

— Você realmente ama ele, não é?

Ah, ela tinha mesmo que perguntar aquilo?

Ver a louca chorando me deixou mais assustado, temendo o que ela faria com o meu caipira dependendo de sua resposta. E, se não estava enganado, estava ouvindo barulho de sirenes ou só estava alucinando devido ao veneno que se espalhava pelo meu corpo.

— Sim. – é agora que ele vai dizer, ao meno vou ouvir antes de morrer. — Eu amo Min Yoongi. – pronto, agora eu posso morrer em paz. Meu caipira conseguiu dizer que me ama, caralho!

— Então nada mais importa. – Kiara pronunciou resignada.

Como já não suportava mais ficar com os olhos abertos, eu os fechei. Mas voltei a abri-los ao ouvir dois disparos e no mesmo instante, a polícia chegou onde estávamos, acompanhada de Berg, Jimin e Hoseok, mas talvez fosse tarde demais.

[...]

Acordei e logo percebi que estava deitado numa cama de hospital. Minha mãe estava do meu lado, segurava minha mão, e ao notar que eu estava despertando um sorriso largo se formou em seu rosto bonito.

— Mãe... Meu caipira... Cadê ele?

×××

Pois é, eu disse “até amanhã” no capítulo anterior e voltei meses depois. Hipocrisia, não? Mas o importante é que voltei, não é mesmo?

Enfim, estamos a passos de encerrar a história. Espero que me desculpem pelos atrasos :)

O Caipira ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora