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— Ela vai surtar, Min Yoongi! – Jun Jihyun falava, ajudando o jovem a dar um nó decente em sua gravata.

— Essa é a intenção. – sorriu malicioso, se olhando no espelho pela décima vez no último minuto. — Vai ficar bem?

— Claro que vou e eu não preciso de um marido para criar meu filho, posso fazer isso sozinha e desde já você e Taehyung estão convidados para serem os padrinhos. – puxou o loiro para um abraço, ambos rindo ao se olharem.

— Me sinto mal por um lado e extremamente bem pelo outro, porque eu sei que Taehyung ama você, e aquela mulher merece isso por ter mentido tão descaradamente. – se pronunciou o Sr. Kim, que acabava de entrar no quarto, encarando Yoongi. — Lhe desejo toda a sorte do mundo, Yoongi. Você é como um filho para mim. – foi sua vez de abraçá-lo.

— Obrigado, Sr. Kim. – sua voz já estava embargada devida a emoção do momento. O apoio do pai de Taehyung era essencial para si.

“Ao menos tinha alguma sensato naquela família”, pensou, sorrindo para o senhor em sua frente.

Como o planejado, ao invés de Jun Jihyun entrar no jardim e caminha até Taehyung para, só então, se casarem, quem fez o trajeto foi Yoongi, deixando todos os convidados boquiabertos, com excessão de Jimin e Jungkook, que já sabiam de todo o plano.

— Olá, Sra. Kim. Não vai cumprimentar o noivo do seu filho? – não perdeu a chance de cutucar a cobra, olhando de relance para Taehyung, que estava rindo de nervoso.

— Que palhaçada é essa, Yoongi? – quase avançou em direção ao Min, só não o fez porque seu marido a interceptou. — Faça algo, querido! – exigiu com os dentes semicerrados.

— Não deveria ter mentido. Dentro de alguns dias os papéis da separação vão chegar para você. – disparou contra ela, deixando a mulher mais branca que uma folha de papel.

— Separação? – indagou, sem conseguir acreditar no que ouvira.

— O que fez não tem perdão e nesse momento só consigo sentir nojo ao olhar para você. – nem se importou em parecer grosseiro, estava tão irritado com as atitudes impensadas da esposa que tudo que sentia por ela agora se resumia a raiva. — Não estou doente, Taehyung, muito menos falido. Você ama o Yoongi, então se vai se casar, que seja com ele. – murmurou para o filho, abraçando-o fortemente. — E não ouse a dizer que não vai casá-los. – se referiu ao juiz, que parecia não entender o que estava acontecendo, mais perdido do que cego em tiroteio.

Irritada, a mãe de Taehyung saiu caminhando com pressa para longe do jardim. Entretanto, para os que ficaram, ela não faria a mínima falta.

Todos que se importavam para o casal estavam bem ali, ao lado dos dois, dando o apoio que tanto precisavam.

— Estamos todos aqui, numa bela tarde de domingo, para oficializar definitivamente a união de duas pessoas que se amam e querem tornar público vossos sentimentos perante à sociedade. – Taehyung manteve seu olhar preso ao de Yoongi, enquanto o juiz discursava. Seu burgayzinho sorriu para ele e Taehyung retribuiu, até que ouviu seu nome sendo pronunciado pelo juiz: — Kim Taehyung, aceita Min Yoongi como seu legítimo marido?

— Sim. Sim, eu aceito. – ele respondeu instantaneamente, ainda desconcertado e de modo abrupto.

— Mim Yoongi, aceita Kim Taehyung como seu legítimo marido? – ele perguntou e, de repente, Taehyung estava apavorado pela sua resposta, embora estivesse totalmente seguro do seu amor por ele.

— Sim, eu aceito me casar com o Caipira. – Yoongi respondeu, deixando todos ao seu redor surpresos, até mesmo o juiz, que estava com os olhos crescidos em sua direção. — Digo, com Kim Taehyung. – Yoongi se corrigiu com seu maravilhoso humor instigante e, finalmente, ele respirou aliviado. — Não achou que eu fosse dizer “não”, achou? – sussurrou e ele deteve sua vontade quase incontrolável de beijá-lo.

— Taehyung, repita comigo enquanto coloca a aliança em Yoongi. – ele pegou a aliança da caixinha que seu pai segurava e segurou a mão esquerda do Min. — Eu, Kim Taehyung...

— Eu, Kim Taehyung, prometo te amar, te respeitar, ser sua âncora nos naufrágios da angústia, ser seu espelho quando já não se reconhecer mais, estar com você não só nas alegrias que estão por vir, mas também nas enfermidades que sempre chegam sem aviso, protegendo-te de todo e qualquer perigo, sendo sempre fiel a você e aos meus sentimentos por você, até nos últimos dias da minha vida. – repetiu Taehyung, finalmente colocando a aliança no anelar esquerdo do Min, beijando sua testa.

— Agora, você, Yoongi...

— Eu, Min Yoongi, prometo te amar, te respeitar, ser sua âncora nos naufrágios da angústia, ser seu espelho quando já não se reconhecer mais, estar com você não só nas alegrias que estão por vir, mas também nas enfermidades que sempre chegam sem aviso, protegendo-te de todo e qualquer perigo, sendo sempre fiel a você e aos meus sentimentos por você, até nos últimos dias da minha vida. – foi a vez dos votos de Yoongi, deixando Taehyung visivelmente emocionado, mas também a Jimin, que segurava a mão de Jungkook.

— Sendo assim, após o reconhecimento do matrimônio, diante a lei e...

— Já posso beijar meu marido? – ansioso, o caipira interrompeu o juiz da paz, que sorriu contidamente e assentiu com a cabeça, assinalando sua resposta. Com o consentimento para beijá-lo – como se isso fosse algo necessário –, ele se posicionou para o ato.

Pressionou as mãos em sua cintura e se aproximou ainda mais. Estalou os lábios brevemente sob os seus e logo ouviram o som frenético de aplausos. Foram ovacionados enquanto caminhavam pelos seus convidados sobre uma chuva de arroz.

— Isso parece um sonho depois de tudo. – sussurrou-lhe e o beijou na nuca brevemente. — Vamos construir uma vida juntos, meu amor. Eu prometo nunca te deixar, nem mesmo se você agir como um idiota.

— Nem acredito que estamos casados. – ele olhava fixamente para a aliança em seu anelar esquerdo. — No final, nosso amor foi mais forte até do que a mentira da minha mãe, burgayzinho. – o abraçou forte, beijando sua testa e depois sua boca. — Agora, vamos para o aeroporto, temos que viajar para o Caribe e aproveitar nossa lua de mel. – ergueu as sobrancelhas de forma graciosa e o outro começou a rir. — Um presente da minha mãe para os noivos.

— Do jeito que ela me ama, vai desejar que o avião cai no oceano. – murmurou sarcástico enquanto entravam no carro que os levariam até o Aeroporto Internacional de Daegu. — Acha que seus pais vão mesmo se separar?

— Acho sim. Também acho que meu pai está certo, dessa vez ela foi longe demais. – pronunciou com certa hesitação e puxou o menor para seus braços. — Não quero falar da minha mãe, só quero pensar que somos casados agora e vamos viver o resto das nossas vidas juntinhos.

— Mas isso é muito tempo! – sibilou, todo manhoso, descansando a cabeça em seu ombro.

— A eternidade é pouco tempo para viver ao seu lado, Min Yoongi. Meu marido! – fez questão de destacar as palavras finais, apertando Yoongi ainda mais entre seus braços.

— Te amo, Caipira! – disparou, de repente, arrancando um sorrisinho do rosto daquele que tanto amava.

— Te amo, burgayzinho! – disse em resposta, erguendo a cabeça para beijá-lo.

— Fim. —

Adaptação autorizada pela autora.
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O Caipira ★ TAEGIOnde histórias criam vida. Descubra agora